H) DESDOBRANDO A FILHA DO PIONEIRO DE IBICABA MARTIN HILSDORF: SOPHIA HILSDORF HEBLING E SUA FAMÍLIA
Temos agora a identificação da filha SOPHIA HILSDORF, descoberta por meio do apadrinhamento de suas sobrinhas:
–O primeiro data de 1858, quando batizou Sophia Witzel, filha da irmã Catharina Hilsdorf casada com Conrado Witzel (em RCL, Livro de Batismos, abril 1857 a maio 1865, imagem 21): batismo em 7-2-1858, na Matriz de RCL, de Sophia, de doze dias, filha de Conrado Witsel e Catharina Hilsdorf sendo padrinhos João Hilsdorf e Sophia Hilsdorf, fregueses da vila de RCL [os dois padrinhos sendo irmãos entre si e de Catharina, mãe da bebê];
–O segundo de 1862, quando batizou Sophia, a primogênita da irmã Izabel Hilsdorf casada com Konrad Hebling (em Piracicaba, Livro de batismos de janeiro 1842 a junho 1874, na verdade 30-12-1865, imagem 108): aos 22-11-1862 registro do batizado de Sufia (sic) de 6 dias, filha de Konrad Hebling e de Elizabeth, sendo padrinhos Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf [ou seja, pai e filha], fregueses desta cidade;
–Enfim, o terceiro apadrinhamento no ano seguinte, 1863, quando foi madrinha de outra Sofia (sic), filha do irmão João Hilsdorf e Margarida Frey (em RCL, Livro de Batismos de abril 1857 a maio 1865, imagem 154): em 10-7-1863, batizado de Sofia, com 10 dias, filha de João Hilsdorf e Margarida Frei, sendo padrinhos Jorge Hilstorf e Sophia Hilstorf (sempre sic), todos da paróquia [os dois padrinhos sendo irmãos entre si e de João, pai da bebê].
Pensamos que esses dados faziam referência à mesma pessoa, talvez nascida c. 1840-42, pois por ocasião do apadrinhamento de 1858 já deveria ter alcançado os 16-18 anos para assumir um encargo sócio religioso de tamanha responsabilidade. Poderíamos também concluir que a “tia Sophia” seria mais uma das crianças Pioneiras de Ibicaba, filhos de Martin Hilsdorf e de mãe agora identificada como Christina Hümmel? Sim, confirmado mediante a busca sistemática dos casamentos nos registros da Igreja católica do familysearch.org, pois localizamos (em Piracicaba, Livro de Matrimônios de maio de 1859 a março 1866, imagem 72), o registro de casamento da própria madrinha Sophia: na Matriz de Santo Antonio, em Piracicaba em 30-4-1864, sendo testemunhas Martinho Fixer (sic, mas é Fischer) e João Hilsdorf, de Sophia Hulsdorf, filha legítima de Martinho Hulsdorf e de Christina Hümmel, “natural e batizada em Biblis digo batizada em Wolfsheim”, com Phelippe Hebling, filho legítimo de João Hebling e [Ana] Maria Kunz, “natural e batizado em Biblis”; ambos alemães, católicos e fregueses da cidade, ou seja, moradores de Piracicaba e paroquianos da matriz. Assinado pelo vigário padre Joaquim Cypriano de Camargo. O noivo Felipe é um dos irmãos de Konrad Hebling e Valentim Hebling, casados respectivamente em 1862 e em 1855 com as irmãs de Sophia: Yzabel Hilsdorf e Konegundes Hilsdorf. João Hebling é a versão do escrevente/padre para Justino ou Justus ou Judokus Hebling. O registro do casamento da filha confirmou mais uma vez, o nome da mãe. Enfim, pelo documento, fomos informados que Sophia nasceu em Biblis, mas foi batizada na vizinha vila de Wolfsheim, sempre na Alemanha, mas vilas localizadas em regiões que se defrontam, separadas pelo rio Reno: a vila de Biblis no Hessen, e a de Wolfsheim, no Reno-Palatinado.
Quanto ao noivo Phelippe José Hebling, relatos familiares apontam a data de nascimento como 14-9-1840, na vila de Bensheim (divergindo do que diz o registro de casamento: em Biblis, na Alemanha), e dão 1871 como o ano da sua morte em Piracicaba, mas não conseguimos localizar o registro no concernente Livro de óbitos (nem no de Rio Claro). Se corretas, as datas indicam que faleceu muito moço, o que justifica a ausência de informações sobre a participação dele em atos de apadrinhamento, e de outro lado, sua descendência restrita a duas crianças: as filhas Isabel (nascida em 1865 e batizada em Piracicaba) e Maria (nascida em 1868 e batizada em Rio Claro); há documentação sobre uma 3ª. filha, de nome Elisa, porém sem indicação da data de nascimento, e como Isabel era um nome intercambiável com Elisabeth e Elisa, talvez sejam ambas a mesma pessoa.
As identidades de Sophia e do noivo Phelippe foram finalmente corroboradas, mas com importantes ajustes de correção, quando recebemos por gentileza do professor Luís Augusto Schmidt Totti, descendente do casal, cópia dos seus registros de batismo, localizados por ele na Alemanha, e aqui transcritos segundo a sua tradução e adaptação do latim e do alemão para o português:
“No dia 30-3-1842 nasceu e no 31-3-1842 foi batizada SOPHIA fil. legí. Martino Hilsdorf civis in Wolfsheim, et Christina n[atae] Hummel ex Wolfsheim, conj.[uges]. Lev.[ante] Sophia Gesellohen ex Wallertheim”. Na lateral: “Hilsdorf in Wolfsheim” (Imagem 3 AAT do livro Baptizati 1841-1842, pg.17, registro 3). Ou seja: “No dia 30-3-1842 nasceu e no 31-3-1842 foi batizada SOPHIA filha legítima de Martin Hilsdorf civis/cidadão de Wolfsheim, e de sua mulher Christina nascida Hummel, de Wolfsheim, sendo madrinha Sophia Gesellohen, de Wallertheim”. Na lateral: “Hilsdorf em Wolfsheim” (Imagem AAT 3, Livro de Batismos de 1841 e 1842, página 17, registro 3). Ou seja, o assento acima diz que Sophia Hilsdorf nasceu em 30-3-1842 e foi batizada em 31-3-1842 na mesma localidade: Wolfsheim.
“[Em Bensheim] No ano de 1840, dia 19 de setembro, ao meio-dia, às duas horas de acordo com o anúncio feito, nasceu aqui o quinto filho e o quinto menino do fabricante de tijolos Jost Hebling, de sua esposa Anna Maria Kunz, e recebeu no batismo no dia seguinte o nome de PHELIPPE JOSEPH. Os padrinhos são Philip e Joseph, filhos do cidadão local e carter Franz Borgenheimer e de Dorothea, nascida Kraus, que com o pai da criança e com o clérigo assinou o presente protocolo. Jost Hebling. Em vez dos sinais dos padrinhos assinou a mãe Dorothea Borgenheimer. (BENSHEIM, Livro de registro de Batismos, sem indicação dos números de página e de registro). Registro notável [original em alemão] pelas suas especificidades: pelo teor da linguagem, diferente de outros que foram localizados, talvez por se tratar de outra paróquia, com outro escrivão; pelo inusual nome duplo do bebê, doado pelos 2 padrinhos; pelo documento ter sido assinado pela mãe no lugar do pai destes (que não assinam, por conta da minoridade deles?), indicando que ela sabia escrever; e pela menção ao ofício do pai Jost Hebling, que ele passou depois para o filho mais velho Adam, que teve olaria em Rio Claro, no bairro da Santa Cruz (Almanaque do Molina para 1873, ed; 1872), e mais à frente para um neto, Jacob Hebling, como conta a família. Enfim, Phelippe nasceu em 19-9-1840 e foi batizado em 20-9-1840 em Bensheim, e não como consta no assento de casamento, em Biblis, confusão compreensível pela proximidade das duas vilas.
Recentemente apareceu na internet a indicação da data de 16-8-1926 como do falecimento em Piracicaba, de Sophia Hilsdorf Hebling (*30-3-1842), mas não foi comprovada: fizemos consulta (telefônica) ao 2º. Cartório de Registro Civil de Piracicaba e nada foi encontrado nos livros de registros de óbitos dos anos 1924 a 1927.
O ano de 1842 orienta nossa tentativa de dar outras qualificações à Sophia: ela era uma criança ainda pequena, com c. de 4 ou 5 anos quando a família completou a viagem de emigração em 1847; depois dela, nasceram Martinho de 1846 e o caçula Jorge (não contando com Clara, nascida e falecida em 1848, já no Brasil). É provável que pela pouca idade dessas crianças, todas tenham viajado com a família, e por isso devem ser consideradas Pioneiras de Ibicaba (a alternativa chocaria nossa sensibilidade do século XXI: só vieram os filhos mais velhos e os pequenos ficaram na Alemanha e chegaram depois, como diz aliás a memória familiar sobre Jorge!). Devem ter crescido entre a colônia e Piracicaba, cidade onde Sophia se casou aos 22 anos, com o cunhado Phelippe Hebling e formou sua própria família, mas mantendo ligações fortes com o irmão menor Jorge, morador de Rio Claro, evidenciadas pelos mútuos apadrinhamentos. Sabemos até que Felipe e Sophia batizaram a primogênita Isabel em Piracicaba, em 1865, mas a segunda filha, Maria, foi batizada em Rio Claro em 1868, não sei se por mudança de cidade ou deferência aos padrinhos, que aí residiam: Jorge, o irmão de Sophia, e sua mulher Maria Baungartner, que deu o nome à sobrinha-afilhada.
Ao que parece, todos moravam em Piracicaba c. meados dos anos 1850: Martin Hilsdorf, sua mulher Christina Hummel Hilsdorf, os filhos ainda solteiros, e os casados: Maria Magdalena e seu marido Martinho Fischer, desde 1851, Isabel Hilsdorf e seu marido Konrad Hebling, casados em 1862, os recém-casados Felipe e Sophia, e o terceiro par de irmãos, Valentim Hebling e Conegundes Hilsdorf, casados em 1855. Um inédito registro de apadrinhamento por uma dupla genro e sogra corrobora essa nossa hipótese: em Piracicaba, Livro de Batismos de jan 1842 a junho 1874, na verdade 30-12-1865, imagem 141, lemos que Felippe Hebling foi padrinho em companhia de Christina [Hümmel] Ilsdorf em 15-12-1863, do batismo de Felippe, de 8 dias, filho de André Saaks (= Sachs) e Maria Shimit (= Schmitd), ass. pelo coadjutor Francisco de Assis Pinto de Castro. Sabemos que Christina era mãe de Sophia, com quem Felippe se casaria no ano seguinte, poucos meses depois desse batizado.
Esse apadrinhamento estaria assinalando que: a) o casal Hilsdorf e seus filhos, exceto João e Jorge, estabelecidos em Rio Claro, moravam em Piracicaba? E b), solteiro, aos 23 anos, Phelippe fazia o ato de benemerência de assumir um afilhado como ritual demarcatório do ingresso numa nova etapa de vida, cheia de responsabilidades sócio religiosas: o casamento, que aconteceria poucos meses depois? Provavelmente sim, para as 2 hipóteses!
Filhos de Felippe José Hebling e Sophia Hilsdorf localizados:
1.5.5.1. FILHA Isabel [Hilsdorf] Hebling (1865) –A primogênita Isabel foi localizada em Piracicaba, Livro de Batismos de jan 1842 a junho 1874 (na verdade 30-12-1865), imagem 192: em 6-4-1865 batizado de Isabel, filha de Felipe Helbalmk e Sophia Isdolf, sendo padrinhos Conrado Heblinck e sua mulher Isabel Isdolf, sendo que Helbalmk e Heblinck devem ser lidos como Hebling e Ilsdolf e Isdolf como Hilsdorf. Os nomes estão quase ilegíveis, mas aproximei para Hebling e Hilsdorf uma vez que
a) esse Felipe e essa Sophia eram casados, segundo outros documentos descobertos previamente, e
b) o conjunto de dados fazia sentido, isto é, os sobrenomes não diziam nada, eram realmente incompreensíveis, até que fixando a atenção nos nomes foi possível perceber o padrão nosso conhecido de duplas de irmãos e de padrinhos: as mulheres eram irmãs Hilsdorf e os dois maridos, idem, irmãos Hebling, casados entre si. Só para fixar nosso raciocínio, vamos repercutir um assento de batismo com essas mesmas características que acabamos de apontar, envolvendo a nossa Sophia em pauta, agora como madrinha e não como mãe (assento esse com o qual, aliás, abrimos este texto), e que deciframos usando o mesmo procedimento: em RCL, Livro de Batismos, abril 1857 a maio 1865, imagem 21, encontramos registrado o batismo em 7-2-1858, na Matriz de RCL, de Sophia, de doze dias, filha de Conrado Betils ou Biscolf?? e Catharina Bich ou Bischolf??, sendo padrinhos João Eststsdorf ou Ehlsdorf ou Hilsdorf?? e Sophia AIIstolfl, fregueses da vila de RCL, assinado pelo Padre Ant. Leonardo d’Andrade, na verdade o casal Conrado Witsel e Catharina Hilsdorf Witsel, que batizavam a filha Sophia, e a dupla de irmãos, também irmãos de Catharina, João e Sophia Hilsdorf, que apadrinhavam a bebê.
1.5.5.1. FILHA Elisa [Hilsdorf] Hebling (? – +antes de 21-3-1908): –Aparentemente, estamos cometendo um equívoco, mas há uma justificativa: Elisa, Elisabeth e Isabel eram nomes/apelidos comumente intercambiáveis na época, e tendo localizado esta filha Elisa pelo casamento (em 1883), e a filha Isabel acima apenas pelo nascimento (em 1865), elas poderiam ser uma só pessoa, por essa razão vou manter a mesma numeração para ambas, aguardando novos esclarecimentos para fazer a necessária alteração, ou seja, desmembrar as suas identidades em 2 números e ordená-los! Casamento de Elisa em Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan 1883 a fever de 1885, imagem 20: em 9-6-1883, sendo testemunhas Miguel Manchini ou Manchisi e Jorge Hebling, casamento de Vicente Montera, italiano, filho de Luiz Montera e Rosário Gagliardi ??, com Eliza [Hilsdorf] Hebling, filha de Felippe Hebling e Sophia [Hilsdorf] Hebling, natural de Piracicaba, onde ambos são fregueses. Se Isabel = Eliza, esta teria se casado com c. 18 anos. Não sabemos se o pai dela Felippe [José] estava vivo ou não: é mais comum estar grafado “já falecido” após o nome, o que não ocorreu aqui.
Localizamos 7 filhos para o casal Vicente e Elisa ordenados pelo suposto ano de nascimento:
1) –- localizada pelo seu assento de casamento, em: Piracicaba Livro de Matrimônios de jan de 1909 a maio de 1912, imagem 96, sendo testemunhas Fermino Franco Filho e Guilherme Gerlembuck sic Filho, deu-se em oratório particular, em 11-11-1910 o casamento de William Wilson Coelho de Souza com Sophia Monteira sic; ele de 23 anos, filho de Dr. Antonio Wilson Coelho de Souza (+) e Lucília Coelho de Souza, natural do Rio de Janeiro, e ela de 24 anos, filha de Vicente Montera e Eliza Montera (+), natural de Piracicaba, sendo ambos fregueses desta paróquia de Piracicaba. Se os dados estão corretos, Sophia teria nascido c. 1886, homenageando com seu nome a avó materna. As testemunhas Fermino e Guilherme eram casados com 2 irmãs de Sophia.
2) — em Piracicaba, Livro de Batismos de julho de 1886 a fev de 1888, imagem 55: Julieta (*2-3-1887), filha de Vicente Montera e Eliza [Hebling] Montera, batizada em 20-3-1887, sendo padrinhos João Nicosi e Maria Hebling, esta provavelmente a irmã de Eliza que, aliás, também foi mãe de uma filha chamada Julieta, como veremos abaixo;
3) — em Piracicaba, Livro de batismos de fev a dezembro de 1888, imagem 45: batismo na Matriz, em 20-7-1888, de Angelina (*2-7-1888), filha de Vicente Montera e Eliza Hebling, sendo padrinhos José Montera e Isabel Hebling, todos desta. O padrinho representa a família paterna e a madrinha Izabel a materna, encarnada na figura de sua suposta irmã mais velha Isabel, mas alternativamente, na da tia Izabel Hilsdorf Hebling, irmã da sua mãe Sophia e casada com Conrado, outro dos irmãos de seu pai Phelippe. Confirmamos essa filha pelo registro de seu posterior casamento em Piracicaba, Livro de Matrimônios de janeiro de 1909 a
maio de 1912, imagem 184, aos 3-2-1912, em oratório particular, sendo testemunhas 2 brasileiros, Antonio Flório A. Ferraz e Guilherme Correa de Mattos; casamento de Angela Montera com Fermino Franco Filho; ela de 22 anos [portanto *c. 1890], filha de Vicente Montera e Elisa Montera(+), natural de Piracicaba, ele de 23 anos, filho de Fermino Franco e Maria Franco, natural de Franca; ambos fregueses desta paróquia; há divergência no nome (Angela/Angelina) e no ano de nascimento (1888/1890) considerando-se o registro de batismo. O assento é repetido igualzinho na imagem 188, não sabemos a razão.
4) — acrescentamos aqui o registro por hipótese, absolutamente sob caução, de mais um filho para o casal Vicente e Elisa, pois ele foi redigido com um equívoco felizmente apontado pelo próprio escrevente, e outro ignorado por este, mas também perceptível: em Piracicaba, Livro de Batismos de out de 1893 a abril de 1895, imagem 23-4, temos em 14-1-1894 batizado de Theodoro, *1-1-1894, “sendo pais Martinho Helisdolpho e Sophia [Hebling] Helisdolpho em tempo Vicente Monteiro e Sophia Montera mas os padrinhos são os primeiros, todos desta”. Ou seja, foi feita a correção do nome dos padrinhos, mas talvez na confusão, a mãe foi nomeada Sophia Montera quando o correto é Eliza Montera;
5) — este e o seguinte têm texto mais convencional: em Piracicaba, Livro de batismos de abril de 1895 a out de 1896, imagem 27, batizado em 29-2-1896 de José, * 2-2-1896, filho de Vicente Montera e Eliza Montera, sendo padrinhos Jacob Wagner e Paulina Wagner;
6) — em Piracicaba, Livro de Batismos de junho de 1898 a out de 1899, imagem 43, em 17-9-1898 batizado de Lucila, *7-8-1898, filha de Vicente Montera e Eliza Montera, sendo padrinhos Álvaro de Azevedo e Maria Isabel de Azevedo.
7) – também esta filha foi localizada a partir de seu casamento, que lhe dá o ano de nascimento como c. 1888, o mesmo da irmã Angelica, e por esse motivo, até melhor definição vai para o final da lista: em Piracicaba, Livro de Matrimônios de out de 1907 a dez de 1908, imagem 26, em oratório particular, sendo testemunhas o Dr. Alfredo José Cardoso e João Domingues Sampaio, se casaram em 21-3-1908 Guilherme Galembeck e Rosa Montera, ele de 21 anos, filho de Guilherme Galembeck e Amélia Galembeck, e ela de 20 anos, filha de Vicente Montera e Eliza Montera; ambos eram naturais e residentes na paróquia.
Mas ainda não esclarecemos a questão Elisa = Isabel!!??
1.5.5.2. FILHA Maria [Hilsdorf] Hebling (1868): –Se Elisa for apelido de Elisabeth ou Isabel, como dissemos acima, são duas as filhas do casal: Isabel e Maria, se for Elisa mesmo, com ela são 3 as filhas do casal Phelippe e Sophia: Isabel, Elisa e Maria. Essa Maria foi localizada em RCL, Livro de Batismos de junho 1865 a jan 1869, imagem 140: na capela da Boa Morte local servindo de Matriz, ocorreu o batizado em 11-6-1868, de Maria de 8 dias, nascida. portanto em c. 3 ou 4-6-1868, filha de Felipp Heblin e de Soffia Heblin tudo sic, sendo padrinhos o tio materno Jorge Ilsdolf, ferreiro local, e sua mulher Maria Baungarten, que deu o nome à sobrinha-afilhada. Não temos condição de saber se na ocasião do nascimento e batismo os pais estavam residindo em Rio Claro, ou se foi uma deferência aos padrinhos, moradores da cidade.
De qualquer modo, pudemos perceber que assim como no caso da irmã mais velha Isabel, Maria Hilsdorf Hebling e seus descendentes são sempre documentados em contextos piracicabanos. Sobre a filha Maria temos mais informações, por ter sido casada com o duas vezes primo Martinho Hilsdorf Hebling, filho de um irmão do seu pai Phelippe José Hebling e de uma irmã de sua mãe Sophia Hilsdorf, os tios Konrad Hebling e Ysabel Hilsdorf Hebling, casados entre si (e, aliás, também padrinhos de batismo de sua irmã Isabel). Não localizamos ainda o assento do casamento, mas temos os registros de batismo e os AO de ambos, que dão os seguintes marcos cronológicos ao casal: Martinho (*4-5-1866 – + 18-2-1948, sempre em Piracicaba) e Maria (*3 ou 4-6-1868, em Rio Claro e + 5-12-1966, em Piracicaba).
Martinho H. Hebling poderia ser o Martinho documentado em Piracicaba em 1893, morador do Bairro dos Alemães, que assina em 11-10-1893 com outros alemães um pedido de abertura de rua para o bairro. Há também um Martinho Hebling relacionado entre os alunos inscritos (seu número é 280) para exames finais de português no Curso Anexo da Academia de Direito de SP (matéria do jornal “Correio Paulistano”, de 7-12-1893). Poderia ser ele: nascido em 1866, teria na ocasião 27 anos de idade. Vale confirmar. Mas ele não frequentou a Academia, pelo menos não está na relação de formandos.
Foto de Martinho Hilsdorf Hebling, casado com a prima Maria Hilsdorf Hebling: na verdade Martinho Hilsdorf (da mãe Yzabel Hilsdorf) Hebling, (do pai Konrad Hebling); irmão de Sophia Hilsdorf Hebling Hilsdorf (pelo casamento com o primo Martinho Hilsdorf); e casado com a prima Maria Hilsdorf (da mãe Sophia Hilsdorf), Hebling (do pai Phelippe José), e Hilsdorf Hebling de novo (do marido Martinho)!!!.
Provavelmente, temos abaixo apadrinhamentos realizados pelo casal:
–em 20-8-1879, de Jorge (nasc 13-8-1879), filho de Carlos e Catharina Fischer, sendo padrinhos o casal de primos do pai do bebê Martinho Elisdoupho e Maria Hebringue sic (em Piracicaba, Livro de batismos de set de 1874 a abril de 1880, imagem 271).
OUTRO:—em 1-1-1889, batizado de Martinho, nascido em 18-11-1888, filho de ?? Morback e Maria Rack (não temos segurança sobre esses nomes), sendo padrinhos Martinho Hebling e Maria Hebling (em Piracicaba, Livro de Batismos de junho 1888 a out 1910, imagem 18-19).
OUTRO:—em 10-7-1892, o casal apadrinhará Paulina Fischer *28-6-1892, filha de João Fischer, primo ao mesmo tempo de Martinho e também de Maria, e de sua mulher Anna Fischer, por ser ele filho de outra das irmãs Hilsdorf, Maria Magdalena Hilsdorf Fischer (em Piracicaba, Livro de batismos de junho de 1891 a outubro de 1893, Piracicaba de fato, mas por erro da digitalização incluído na relação de Rio Claro, imagem 31).
OUTRO:—em 30-11-1901 batizado de Octávio, *20-11-1901, filho de João Hebbling e Maria Hebbling, tendo como padrinhos o casal Martinho e Maria Hebbling, sendo o pai e o padrinho irmãos e todos primos entre si (em Piracicaba, Livro de Batismos de out de 1900 a jan de 1902, imagem 173,registro repetido na imagem 176, mas sem o duplo b do Hebling).
OUTRO:—em 15-8-1906 batizado de Clementina, *9-1-1906, filha de pais de sobrenome Correa de Arruda, sendo padrinhos Martinho Hebling e Maria Hebling (em Piracicaba, Livro de Batismos de agosto de 1905 a fev de 1907, imagem 147).
FILHOS do casal Martinho e Maria:
Pelos AO de Martinho, de 18-2-1948 (Cartório do segundo ofício de Piracicaba – Cidade Alta, Livro C-2, fls 177v, no. 1496) e Maria, de 15-12-1966 (Cartório do 2º. Ofício de Piracicaba, registro civil, informação verbal), foram pais de Rita Isabel, Rosalina e Julieta. No entanto, graças a informações gentilmente cedidas pelo prof. Luís Augusto Schmidt Totti, um descendente do casal Martinho e Maria que pesquisa a vida de seus antepassados, sabemos que eles tiveram um total de 7 filhos, mas a pesquisa localizou um oitavo, o qual provavelmente não sobreviveu pois não há outros dados sobre ele! Apresentamos todos a seguir:
–Rita Isabel (1891-1975): casada com João Conrado Schmidt e pais de 7 filhos, dentre eles Luiz Gonzaga, avô do prof. Totti;
–Rozalina (1894 – ?): casada com Fortunato Bazanelli e pais de Geraldo, dentre outros filhos;
–Maria (1896 – ?):
–Julieta (1898 – ?): casada com ?? e pais de Cida e Inês, dentre outros filhos;
-Elisa (1901 – ?):
-Maria Júlia (1903 – ?): apresentada pela família como casada com Libório Goldschmidt e pais de José Maria, Bernardete,
Toni, Zélia e Celso;
–José Atílio (1905 – ?):
-Virgílio (1908 – ?):
Recentemente foram localizados os registro de batismo das filhas Rozalina, Maria, Julieta, Elisa e Maria Júlia, e dos filhos José Attílio e Virgílio, nos seguintes termos:
—em Piracicaba, Livro de Batismos de out de 1893 a abril de 1895, imagem 38, em 2-4-1894 batizado de Rozalina, *19-3-1894, filha de Martinho e Maria Hebling, sendo padrinhos Martinho Helisdolpho e Sophia [Hebling] Helisdolpho, sendo o pai Martinho irmão da madrinha Sophia;
—em Piracicaba, Livro de Batismos de abril de 1895 a out de 1896, imagem 92, em 12-9-1896 batizado de Maria, *29-8-1896, filha de Martinho e Maria Hebling, sendo padrinhos Vicente Monteiro e Eliza Monteiro, sic mas é Montera, sendo a madrinha Elisa irmã da mãe do bebê, como apresentamos acima.
— em Piracicaba, Livro de batismos de junho de 1898 a outubro de 1899, imagem 46, em 27-9-1898, batizado de Julieta, *23-9-1898, filha de Martinho Hebling e Maria Hebling sendo padrinhos João Hebling e Maria Hebling, sendo o pai e o padrinho irmãos e cada casal primos entre si e entre os casais.
— em Piracicaba, Livro de batismos de out de 1900 a jan de 1902, imagem 92, em 23-6-1901 batizado de Elisa, *8-5-1901, filha de Martinho Hebling e Maria Hebling sendo padrinhos Conrado Hebling Filho e [sua mulher] Maria Hebling, sendo o pai e o padrinho irmãos e todos primos entre si. Em registro sucessivo do mesmo Livro, na mesma imagem 92, no mesmo dia e talvez na mesma cerimônia, os citados padrinhos Conrado Hebling Filho e Maria Hebling batizaram sua filha Maria, *com 21 dias de nascida, sendo padrinhos desta feita os avós paternos Conrado Hebling e Isabel [Hilsdorf] Hebling.
— em Piracicaba, Livro de batismos de abril a nov de 1903, imagem 8, em 10-5-1903 batizado de Maria Júlia, *22-4-1903, filha de Martinho Hebling e Maria Hebling sendo padrinhos José Hebling e [sua mulher] Isabel [Fischer] Hebling, sendo o pai e o padrinho irmãos e cada casal primos entre si e entre os casais.
— em Piracicaba, Livro de batismos de agosto de 1905 a fev de 1907, imagem 12, em 10-9-1905 batizado de José Attílio, *16-8-1905, filho de Martinho Hebling e Maria Hebling, sendo padrinhos Vitalino Bissi e Bárbara Bissi.
— em Piracicaba, Livro de batismos de maio a julho de 1908, imagem 30, em 12-7-1908 batizado de Virgílio, *de 1 mês, filho de Martinho Hebling e Maria Hebling, sendo padrinhos Valentim Hebling e Julieta Montera, esta sendo a prima apresentada acima, e Valentim talvez um irmão de Martinho ou um dos primos desse nome.
Já sobre a filha Rita Isabel temos mais informações, pois além do registro de batismo reproduzido mais abaixo, temos as contribuições do prof. Totti, biógrafo da família que é também bisneto dela; e também há informações genealógicas que reuni sobre o ramo Schmidt, do seu marido João Conrado Schmidt. Este foi um dos filhos de Jorge Henrique Chemitt e sua segunda esposa Maria Källau ou Källan, ele natural de Piracicaba e ela de Rio Claro, casados em 6-3-1886, na matriz local (em Piracicaba, Livro de Matrimônios de fev 1885 a dez de 1891, imagem 32). Jorge Henrique Schmidt por sua vez foi um dos 4 filhos de Verônica Volkart e Henrique Schmidt, colonos suíços que vieram para Ibicaba nos anos 1850, sendo que ele ganhou notoriedade porque era administrador da colônia quando dos acontecimentos da “revolta dos parceiros”, c. 1856-57, e é citado no livro de Davatz. Afastado do cargo, mudou-se com a família para Piracicaba, onde nasceu Jorge, o filho caçula. É interessante que este e seus irmãos se casaram com famílias da cidade aparentadas com os Hilsdorf: Hebling, Fischer e Vollet.
[Para os interessados, temos documentos pormenorizados:
1.CATHARINA: Em Limeira, Livro de Batizados de dez de 1851 a maio 1856, imagem 32, em 23-10-1852, batizado de Catharina, de 16 dias, filha de Henrique Schimidt e Veren/Verônica Tolhart? Volkart?, confirmado para Verônica Volkart, sendo padrinhos Nicolau Hains e Catharina Küfer, colonos de Ibicaba. Catharina V.S.teria se casado com Henrique Walder. Sim, comprovado, pois “Henrique Walder e sua mulher Catharina Schmidt” foram padrinhos de batismo em 1879 da sobrinha Josephina (filha de Antonio Fischer e Josephina Schmidt, irmã de Catharina) em Piracicaba, segundo o Livro de batismos de set de 1874 a abril de 1880, imagem 242, em 18-1-1879, registro do batizado de Josephina (nasc 5-1-1879), filha de Antonio Fischer e Josephina Cheimit (sic), sendo padrinhos Henrique Valhde? Vagner? Walder? e Catharina Chimit.
2.BENTO: Em Limeira, Livro de Batizados de dez de 1851 a maio 1856, imagem 101, em 6-8-1854 batizado de Bento de 1 mês, *c. 5-7-1854, filho de Henrique Schimidt e Verena Volkardt (sic), sendo padrinhos Bento e Maria Vollet (por hipótese irmãos, filhos de João Vollet, colonos do Ibicaba que depois foram para Pìracicaba e posteriormente para Rio Claro). Em Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan 1874 a set de 1885, imagem 51, em 9-12-1876 sendo testemunhas Martinho Fischer e Jacob Brumer (acho que é Blumer), do casamento de Bento Schimite (sic), filho de Henrique Schimite e Verônica Schimite, com Anna Fischer, filha de Frederico Fischer e Bárbara [Himion ou Himmelsjohn (1833-73)] Fischer, ele por hipótese irmão de Martinho Fischer c/c Maria Magdalena Hilsdorf em 1851 e moradores em Pira; ele nat. de Limeira e ela nat. de Pira, mas fregueses de Pira. Anna era nascida em Pira *24-10-1858 e batizada em 31-10-1858, em Piracicaba, sendo padrinhos um casal brasileiro. Bento e Anna foram pais pelo menos de: Catharina e Antonio. 2.1.CATHARINA Fischer Schmidt * 14-12-1877 e bat. em 25-12-1877, sendo padrinhos Frederico Fischer (avô materno) e Catharina Fischer (talvez uma tia ou prima materna pois a avó Bárbara já era falecida desde 73). 2.2.ANTONIO Fischer Schmidt *23-9-1879 e bat em 24-11-1879, sendo padrinhos Antonio Fischer e Josephina Schmidt Fischer (o casal de tios paternos a seguir).
3.JOSEPHINA: Em Limeira, Livro de Batizados de maio de 1856 a nov 1861, imagem 20, em 10-12-1856, batizado de Josefina de 20 dias, *c.20-11-1856, filha de Henrique Schimidt e Verena Volkart sendo padrinhos o diretor da colônia Ibicaba João Adolpho Jonas e seu filho José Adolpho Jonas [é o tempo da Revolta dos Parceiros, c. 1855-57]. Temos o casamento dela: em Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan 1874 a set de 1885, imagem 49, em 14-10-1876 sendo testemunhas Bento Vollet e Berthold Graner, casamento de Antonio Fischer, filho de Antonio Fischer e Isabel Barth Fischer [ele suposto irmão de Frederico Fischer acima]; com Josefina Schimidts (sic), filha de Henrique Schimidts (+) e Verônica Volkart, ele nat. de Pira e ela nat. de Limeira. Ela ia fazer 20 anos.
4.JORGE: Em Piracicaba, Livro de Batizados de set de 1856 a out 1859, imagem 71, batizado de Jorge de 20 dias, filho de Henrique Shemit ou Shmit e Verônica Shemit ou Shmit, sendo padrinhos George Ilsdorf e sua filha Isabel Ilsdorf, todos alemães católicos e fregueses desta, em 19-12-1858. [Teria nasc então c. 30-11-1858, mas no túmulo dele em Pira está escrito que nasceu em 14-12-1858, então teria sido batizado com 5 dias, ou uma das datas foi registrada com erro].
Na internet, Jorge Henrique é apresentado com as balizas cronológicas (*1856-+1912), mas revisei o livro de 1856 de Piracicaba e não achei nada, assim endosso o seu nascimento em 1858, de acordo com o seu registro de batismo; por outro lado, a partir da data 1912, localizei em Piracicaba, Livro de Óbitos de janeiro 1905 a junho 1914, imagem 80, o assento de óbito que diz que “em de 2 de janeiro de 1912, digo em 2 de janeiro de 1913 foi encomendado Luiz Henrique Chimith, de 56 anos, casado com Maria Calan Chemith, falecido no dia um do referido mês, na sua casa de morada à rua Santa Cruz, vitimado por cirrhose”. Era ut supra. Coadj. José Martins”. Falecido, portanto, em 1-1-1913; e encomendado e sepultado em 2-1-1913. Mas, na lateral, foi claramente grafado: Jorge Henrique Chimith. A idade informada de 56 anos não confere, pois ele só completaria 55 anos em dezembro de 1913! Esse registro mostra como ocorriam costumeiramente enganos nos assentos de óbito, apoiados muitas vezes em informações verbais de amigos e conhecidos ou mesmo parentes que não sabiam dos eventos mais pessoais do falecido/a.
A citada esposa de Jorge também merece um destaque: vinha de uma família luterana, filha de Pedro Källau ou Källan (1832-1886), que foi colono Pioneiro de Ibicaba da leva de 1847 e que aparece relacionado no Documento 1 como um dos poucos emigrantes provenientes do Holstein. Maria nasceu em Rio Claro, em 1868, da segunda esposa de Pedro, Isabel Eichenberger, família que veio na leva de suíços de 1856 e passou por Ibicaba, mas que aparece no registro de casamento de Maria e Jorge como Isabel Henfesn ou Henfem: o registro está em Piracicaba, Livro de Matrimônios de fev de 1885 a dez de 1891, imagem 32, sendo testemunhas Conrado Hebringue e Cotelole Michit (sic, mas sabemos que são Conrado Hebling e Gottlob Mütschele), casamento em 6-3-1886 de Jorge Henrique Chemitt e Maria Källan (mas também grafado Källau e Calao, variação que se repetiu em toda a documentação consultada), ele viúvo de Isabel Sememam e ela filha de Pedro Källau e Isabel Henfesn/Henfem, natural de Rio Claro, ambos moradores de Piracicaba. O casal Jorge e Maria é confirmado por este registro de apadrinhamento: em Piracicaba, Livro de Batismos de abril de 1891 a março de 1893, imagem 7, em 17-5-1891 temos o batismo de Magdalena, *8-5-1891, filha de Adorpho e Amélia Hetteschauner SIC, sendo padrinhos Jorge Chemith e Maria Callau. [Neste passo, queremos deixar aqui para futuro aproveitamento 2 registros localizados, apresentados aqui para adensar a identificação da família Schimidt-Callau; um assento de casamento em Rio Claro, Livro de Matrimônios de maio de 1876 a jan de 1882, imagem 44, em 2-10-1880 casamento de Fideli Maiola e Anna Callan; ele natural da Áustria, filho de Isaac Maiola e Angela Maiola; e ela natural de Limeira, filha de Pedro Callan e Maria Hellmeister(+); sendo testemunhas Felício Caetano (mas seria o mais conhecido Castellani??) e Eichenperger, tudo sic; e o assento de batismo de Verônica, filha de um casal Walder-Callau, lembrando que Verônica era o nome da mãe dos irmãos Schmidt acima, entre eles o nosso Jorge casado pela segunda vez na família Callan, ou seja, pensamos que possam ser familiares: em Piracicaba, Livro de Batismos de abril a dez de 1895, imagem 3, batismo em 20-4-1895 de Verônica, *21-3-1895, filha de Henrique Callan/Callon e Helena Walder, sendo padrinhos Jorge Escher e Catharina Callan/Callon].
Se o casal Jorge Henrique Schmidt e Maria Källau/Källan teve 14 filhos, já identificamos todos:
1) – Jorge Schimitt sic Filho (c.1887 – ?): começamos pelo assento de casamento (do qual deduzimos o ano de nascimento) localizado em: Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan de 1909 a maio de 1912, imagem 33, em 18-9-1909 deu-se o casamento de Jorge Schimitt sic Filho e Maria Palma; ele de 22 anos, filho de Jorge Schimitt e Maria Schimitt Calau, e ela de 20 anos, filha de Vicente Palma e Carmela Palma; ambos naturais e residentes nesta paróquia de Piracicaba. Foram padrinhos Jorge Escher e Antonio Furlan. Corroborados pelo apadrinhamento de batismo em 25-12-1910 de Carlos, 82-8-1910, filho de Carlos Masiero e Luíza Saciloto, sendo padrinhos Jorge Schemidt Filho e Maria Palma Schemidt sic (em Piracicaba, Livro de Batismos de dez de 1910 a abril de 1911, imagem 14).
2) – Maria Schmitt sic (c.1890 – ?): começamos pelo assento de casamento (do qual deduzimos o ano de nascimento) localizado em: Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan de 1909 a maio de 1912, imagem 27, em 24-7-1909 deu-se o casamento de Maria Schmitt com Alexandre Zabisky; ele de 22 anos, filho de Marianno e Leonor Zabisky, natural de Vassalva, na Polônia; e ela de 19 anos, filha de Jorge Henrique Schimidt e Maria Schimidt, natural de Piracicaba; ambos residentes nesta paróquia de Piracicaba. Foram padrinhos Jorge Schimidt Filho e Alberto Wey. Todos os nomes e sobrenomes sic.
3) – João Conrado Schmidt (1891-1968), justamente casado com Rita Isabel Hebling (1891-1975), e pais entre outros, de Luiz Gonzaga [Hebling] Schmidt, futuro avô do prof. Totti. Deixamos aqui, para posterior aproveitamento numa genealogia do ramo Hilsdorf Hebling-Schmidt, a documentação referente ao casal João Conrado e Rita Isabel que pudemos localizar:
a)–assento de batismo de João (o segundo nome, Conrado, está ausente do registro): em Piracicaba, livro de Batismos de abril 1891 a março de 1893, imagem 64, em 22-11-1891, Conrado Hebling e Isabel Hebling apadrinham João (*27-11-1891) [certamente as datas de nascimento e batismo estão trocadas), sendo filho de Jorge Henrique Schemith e Maria [Cällau] Schemith, todos desta. Na lateral do registro, abaixo do nome João está a nota: “23-12-1911 casou-se com Rita Yzabel Hebling”. Tudo sic.
b)–assento de batismo de Rita: em Piracicaba, Livro de Batismos de abril de 1891 a março de 1893, imagem 11, em 31-5-1891 batismo de Rita (*22-5-1891), filha do casal Martinho Hebling e Maria Hebling, sendo padrinhos os avós paternos Conrado e Isabel Hebling, também tios maternos da bebê (o segundo nome, Isabel, também está ausente];
c)–registro de casamento deles: em Piracicaba, Livro de Matrimônios de janeiro de 1909 a maio de 1912, imagem 176, “aos 23-12-1911 na matriz local, perante as testemunhas Alexandre Zabiski ou Zabisks e Jorge Schimidt Kül, receberam-se em matrimônio João Conrado Schmidt, com 20 anos, e Rita Yzabel Hebling, com 19 anos, filhos legítimos ele de Jorge Henrique Schimidt e Maria Calao sic Schmidt e ela de Martinho Hebling e Maria Hebling; ambos naturais e fregueses desta paróquia”.
4) – Antonio (1893): encontrado em Piracicaba, Livro de batizados de junho de 1891 a outubro de 1893, o qual, por equívoco de digitalização, foi incluído dentre os livros de Rio Claro, mas pertence aos livros de Piracicaba e assim será citado, imagem 98, registro do batizado em 1-4-1893 de Antonio (*9-3-1893), filho de Jorge Henrique Schemitts (sic, o correto é Schmidt) e Maria [em solteira Källan ou Källau aportuguesado para Callan ou Callao] Schemitts, sendo padrinhos Antonio Fischer e Josefina Schmitts Fischer.
5) – Frena (1894), uma recente localização em Piracicaba, Livro de Batismos de abril a dez de 1895, imagem 118, trouxe o batismo de Frena, indecifrável se menino/a, *18-12-1893 e batizado/a em 6-1-1894, filho/a de Jorge Schmitts e Maria Schmitts, por hipótese o casal em pauta Jorge e sua segunda esposa Maria Callau, sendo padrinhos Ambrózio Blumer e Maria Blumer.
6) – Veronica (c. 1895), em Piracicaba, Livro de Óbitos de junho de 1914 a jan de 1918, imagem 19, localizamos o assento de falecimento de Veronica Schimidt, encomendada em 7-8-1915, com 20 anos, filha de Jorge Henrique Schmidt (+) e Maria Caláo Schmidt sic (de tuberculose pulmonar), portanto *c. 1895.
7) – Margarida (1896), num registro com confusão de datas: “batizada em 6-6-1896 e nascida a 10 do corrente”, filha de Jorge Henrique Schimits e Maria Schimits, ou seja Maria Callau/Callan, sendo padrinhos familiares desta: Jorge Ernesto Escher e Severina Callan.
8) – Jacob (1897), em Piracicaba, Livro de Batismos de junho a nov de 1897, imagem 98, em 7-11-1897 batizado de Jacob, *15-10-1897, filho de Jorge Henrique Schmidt e Maria Schmidt, sendo padrinhos Jacob Walder e Josephina Walder, o padrinho dando seu nome ao bebê, conforme a tradição.
9) – Alberto (1899), em Piracicaba, Livro de Batismos de junho de 1898 a out de 1899, imagem 178, em 20-8-1899 batizado de Alberto, *1-8-1899, filho de Jorge Henrique Schimidt e Maria Schimidt, sendo padrinhos Alberto Way e Catharina Way, mas sabemos que é Weÿ.
10) – Pedro (1901), em Piracicaba, Livro de Batismos de out e 1900 a jan de 1902, imagem 139, batizado em 29-9-1901 de Pedro, *6-9-1901, filho de Jorge Henrique Schimidt e Maria Schimidt, sendo padrinhos João Travitzki e Catharina Travitzki. Estes possivelmente eram membros de uma família de Rio Claro, familiar dos Hebling e a partir destes dos Hilsdorf, moradores locais no tempo em que Maria Callau Schimidt também era residente na cidade.
11) – Júlia (1903), em Piracicaba, Livro de Batismos de abril a nov de 1903, imagem 42, batizado em 3-8-1903 de Júlia, *1-7-1903, filha de Jorge Henrique Schemitd e Da. Maria Schemitd sic, sendo padrinhos Pedro Ferraz de Arruda Campos e Júlia Ferraz de Campos, ela dando o nome à afilhada.
12) – José (1905), em Piracicaba, Livro de Batismos de julho de 1904 a agosto de 1905, imagem 148, batizado em 29-4-1905 de José, *9-3-1905, filho de Jorge H. Schmit e Maria Smhmit tudo sic, sendo padrinhos Vicente Palma e Carmela Palma.
13) – Rodolpho (c. 1907), em Piracicaba, Livro de Batismo de fev de 1907 a maio de 1908, imagem 19, localizamos o assento de batismo de Rodolpho em 30-3-1907, *25-2-1907, filho de Jorge Henrique Schmidt e Maria Schmidt, sendo padrinhos Jorge Schimidt Filho e Maria Schmidt, o irmão mais velho do bebê e sua esposa, Maria Palma Schimidt.
14) – Isabel (1910), em Piracicaba, Livro de Batismo de jan a agosto de 1910, imagem 73, localizamos o assento de batismo em 18-6-1910 de Isabel, *14-2-1910, filha de Jorge Henrique Schemidt e Maria Schemidt, sendo padrinhos os primos Antonio Fischer Filho e Isabel Walder Fischer.
O prof. Luís Augusto Schmidt Totti também contou um pouco sobre a vida em Piracicaba desses seus antepassados, a partir de conversas com a mãe, que é bisneta do casal Martinho [Hilsdorf] Hebling e Maria [Hilsdorf] Hebling. Martinho e Maria e suas filhas Rosalina, Julieta e Rita Isabel tiveram casa na Rua Santa Cruz, no Bairro Alto ou Bairro dos Alemães, no quarteirão entre as atuais ruas Regente Feijó e Marechal Deodoro, e a filha Maria Júlia teve casa na esquina da Marechal com a rua José Pinto de Almeida, uma paralela da Santa Cruz, conforme mapa abaixo. O trecho é bem conhecido, pois além da Santa Cruz ser a via de acesso à Escola de Agronomia de Piracicaba, nele, na calçada par, se localizam hodiernamente o Açougue da Lua e a Sorveteria Paris, tradicionais casas comerciais do bairro. O casal morava entre estes dois estabelecimentos, numa casa “baixa e com acabamento rústico”, substituída hoje por um grande sobrado com terreno anexo, justamente ao lado da sorveteria. Olhando o sobrado de frente, à esquerda ficava a casa de Julieta e pegada, em direção ao açougue, a de Rosalina, atualmente reformadas, a desta pintada de laranja e a da irmã de vinho, mas ainda preservando o conhecido padrão “das casas térreas com porão alto e entrada lateral” do final do século XIX. Quando do falecimento do pai em 1948, Julieta alugou a sua própria casa e foi morar com a mãe, ao lado; hoje em dia no sobrado mora uma neta de Maria e Martinho, nonagenária, viúva de Joaquim Ribeiro (que está enterrado no cemitério local, no mesmo túmulo do casal Elisa Hebling Montera e Vicente Montera, sendo esta como vimos acima, irmã de Maria Hebling Hilsdorf). Na calçada ímpar da Santa Cruz, defronte ao conjunto das casas dos pais e irmãs ficava a casa de Rita Isabel, hoje também demolida, grande o bastante para dar lugar a outro sobrado comercial ladeado por 2 terrenos, de maneira que no lugar ocupado atualmente pelo restaurante e o portão lateral à esquerda estava a casa de Rita Isabel e João Conrado Schmidt, bisavós do prof. Totti, e à direta do restaurante, onde está o portão de um estacionamento do açougue, a casa construída para filho deles, avós maternos do prof. Totti, também demolida posteriormente. Contornando o prédio da sorveteria e descendo a Marechal Deodoro pela calçada fronteira encontramos na esquina com a rua José Pinto de Almeida a casa da filha Maria Júlia, ainda preservada, mas reformada. Segundo o prof. Totti, o casal construiu as casas para as filhas ainda solteiras, que nelas criaram as suas famílias. Faltam formações sobre o filho José Atílio e as outras 2 filhas.
Um apanhado delineia com mais clareza essa micro-genealogia do ramo Sophia Hilsdorf Hebling e Phelippe José Hebling:
Martin Hilsdorf (1805–1889) e Christina Hummel Hilsdorf (1802-1889), Pioneiros de Ibicaba tiveram na Alemanha entre outros filhos, Isabel, Konegundes e Sophia, casadas em Piracicaba respectivamente com os irmãos Konrad Hebling, em 1862, Valentim Hebling em 1855, e Felipe José Hebling, em 1864, eles filhos de Justo Hebling e Anna Maria Kunz, todos emigrados da Alemanha, mas não Pioneiros de Ibicaba. Phelippe Joseph Hebling era nascido em 19-9-1840 em Bensheim e ai batizado no dia seguinte, e Sophia Hümmel Hilsdorf era nascida em 30-3-1842 em Wolfsheim e ai batizada em dia sucessivo. Bensheim (perto de Biblis) e Wolfsheim ficavam respectivamente no Hessen e no Reno-Palatinado, duas regiões fronteiriças, separadas pelo rio Reno.
Uma das filhas de Sophia Hilsdorf e Phelippe José Hebling de nome Maria Hilsdorf Hebling (1868-1966) se casou com um dos filhos do casal Konrad Hebling e Ysabel Hilsdorf, de nome Martinho Hilsdorf Hebling (1866-1948), seu primo duplo, tanto pelo lado materno como paterno, mas ainda não sabemos a data. Martinho e Maria tiveram 7 filhos, um deles Rita Isabel (1891-1975) que se casou em 1911 com João Conrado Schmidt (1891-1968), um dos 14 filhos do casal Jorge Henrique Schmidt (1858-1913) e sua segunda esposa Maria Källau/Kallan/Calao (1868 – ?), casados em 1886. Jorge Henrique por sua vez era o filho mais novo de Henrique Schmidt e Verona Volkart, também colonos de Ibicaba, mas não-Pioneiros.
Todos moravam em Piracicaba a partir de meados dos anos 1850, após a passagem por Ibicaba.