B) DESDOBRANDO O FILHO JOÃO HILSDORF (I.1.) E FAMÍLIA e o neto Jorge Hilsdorf (I.1.3) e família

I. PIONEIRO MARTIN HILSDOR(*12-2-1805 em Wallertheim/Alemanha – +? e sepultado em 6-7-1889, em Piracicaba/SP) c/Christina Hümmel (*5-4-1802 em Wolfsheim, Alemanha e +28-6-1889 e sepultada em 29-6-1889, em Piracicaba, SP).

I.1. – FILHO PIONEIRO JOÃO HILSDORF (*12-8-1831 em Wolfsheim, Alemanha e +6-1-1897, em Leme, SP, na casa do filho e nora, Jorge e Christina). Dados confirmados pelo seu AO e pela placa tumular encontrada na capela da fazenda do Sobrado, onde tinha terras e foi sepultado por traslado dos despojos da sepultura original em Leme. Filho de Martin Hilsdorf e Maria? Hilsdorf, segundo relatos tradicionais, mas esta pesquisa no familysearch mais documentação SPT revelou o nome de Christina Hümmel (*5-4-1802 em Wolfsheim, Alemanha e +28-6-1889 e sepultada em 29-6-1889, em Piracicaba, SP), como sua mãe, e de outros irmãos: já documentamos aqueles nascidos após 1836, e aguardamos por dados comprobatórios para os nascidos anteriormente a essa data, entre eles o próprio João.

Seguramente PIONEIRO DE IBICABA, integrante da leva de 1847 como um adolescente de c.16 anos. mas só é mencionado na lista de 1858, e mesmo assim entrando como “ausente”, ou seja, citado porque já tinha saído de Ibicaba. Essa informação já prova a sua passagem por Ibicaba. O registro mais antigo que temos dele é, presentemente, o do seu casamento com Margarida Freÿ, em 30-8-1853, em Limeira. Citado como fazendeiro de algodão e dono de loja e de outras propriedades em RCL nas ruas São Joaquim e Formosa (1872), agricultor de café no “Sítio do Sobrado” (1895) e lavrador de algodão no Ribeirão/Rio das Cabeças ou Ribeirão dos Roques, zona rural de Rio Claro segundo indicações familiares mais “Almanaque do T.A. Molina para 1873”, ed. 1872.

Recentemente foi localizado um documento que abre uma brecha para a questão da posse de escravos pelos imigrantes alemães: nos c. 40 anos entre a vinda e a abolição, é mais provável que fosse um fato para os moradores da zona rural, plantadores de café, ainda que não haja memória familiar a respeito. Mas, não sei ainda qual o significado do assento a seguir: em Piracicaba, no Livro de Batismos de junho de 1888 a out de 1910, imagem 2 [trata-se de um livro de 62 páginas aberto em 1907 para repassar lançamentos, subentende-se de livres, “do ano de 1888, feitos no livro dos escravos”], temos o registro de “batismo em 15-10-1888, de Cecília, nascida em 15-9-1888, filha natural de Benedita, ex-escrava de João Helsdorf, sendo padrinhos Balthazar de Morais e Theodora Maria das Dores”; assinatura do vigário Francisco Galvão Paes de Barros. Esse assento diz que João Hilsdorf teve essa escrava, mas não sabemos se de casa ou do eito, se era algo do passado mais remoto ou vigente no ano de 1888, se caso isolado ou um entre outros, em Piracicaba ou outra localidade. Intriga a menção feita ao ex-dono, que já não morava na cidade, há muitos anos, mas, de qualquer modo, era uma informação que qualificava mãe e filha. Ora, ao ampliar a pesquisa para a cidade de Santa Cruz da Conceição, onde eram registrados os atos realizados em Leme antes da ereção desta a paróquia autônoma, encontrei outra referência a essa Benedita, e pelas circunstâncias é possível pensar que ela era uma escrava doméstica da família: em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de outubro de 1876 a julho de 1884, imagem 51, registra-se em 10-2-1882, o batizado de Antonio, de 40 dias, filho natural de Benedicta, escrava, sendo padrinhos Jorge Helisdorf e Christina Helisdorf sic. Para estes, temos duas possibilidades de identificação: a matriarca Christina Hümmel Hilsdorf, mulher de Martinho Hilsdorf, já idosa, acompanhada do filho Jorge Hilsdorf (o ferreiro), morador em Rio Claro, ou do neto de mesmo nome, Jorge, filho de João e Margarida, ainda solteiro, aos 21 anos de idade. Esta é minha opção, pois pela tradição do grupo imigrante alemão ter um afilhado parece ter sido entendido como sinal de ingresso na vida adulta.

Pelos relatos familiares seu nome era João Conrado, casado em primeiras núpcias com Anna ? e pais de 3 filhos nascidos na Alemanha, respectivamente Marta e Gertrudes que vieram ao Brasil (?), e Klaus que permaneceu na Alemanha pois estava adoentado, e um 4º. filho, Martinho, que levou o nome do avô por ser provavelmente o primeiro neto, nascido “logo que chegaram a Ibicaba” (c. 1850). Mas como conciliar essa versão que faz de João, primeiramente, um não Pioneiro, e em segundo lugar, um rapaz de 19 anos (*1831) já pai de 4 filhos? Não encontramos nenhuma corroboração documental dessa memória. Pelo contrário, a narrativa sobre João e Anna é confrontada pelos dados obtidos acerca do segundo casamento de João Hilsdorf, que parece ser, de fato, o primeiro e único, com Margarida Frey, outra PIONEIRA DE IBICABA. Também, nada de Conrado nos registros lidos e, enfim, nada de Maria como a mãe de João!

A primeira prova documental que acrescentou solidez à hipótese de que não houve um primeiro casamento de João Hilsdorf veio justamente do registro de casamento do filho Martinho com a prima Sophia, em 1878, onde se declara explicitamente que ele era “filho legítimo” de João e Margarida. Trata-se do registro no. 394, em Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan 1874 a set de 1885, imagem 89, em 28-12-1878, declarando o casamento de MARTINHO ELIZDORFE (sic), natural de Limeira, filho legítimo de João Elizdorfe e Margarida Fray (sic), com SUPHIA (sic) HEBLING, natural de Piracicaba, filha de Conrado Hebling e Isabel [Hilsdorf] Hebling, sendo testemunhas Jacob Diehl e Valentim Hebling (grafados Dil e Hebringue pelo vigário padre Francisco Galvão de Barros/escrevente da paróquia). Ou o relato familiar precisa ser revisto para incluir Martinho como filho de João e Margarida, ou (pela hipótese mais humana) Martinho, filho de outra mãe, foi criado de fato pela madrasta, apresentada como sua mãe legítima quando do casamento, muitos anos depois!

Em seguida localizei o próprio registro de casamento de João e Margarida, em 1853, em Limeira no qual:

-a) nenhuma menção é feita a Conrado no nome dele;

-b) não há uso da expressão corrente à época sobre a condição de João como “viúvo de…, sepultada em…”, empregada porque garantia para a Igreja Católica que não ocorressem casos de bigamia no segundo casamento de viúvos; pelo contrário, João é referido explicitamente como “filho de fulano e fulana….”, fórmula empregada para identificar a origem familiar dos nubentes solteiros, o que corrobora o questionamento da versão de Anna como uma primeira esposa de João;

-c) é dito com todas as letras que João Hilsdorf é filho de “Martin Hilsdorf e Christina Humel”, a qual como vimos acima, já foi documentada como mãe de Magdalena (*1831/32) e outros filhos nascidos na Alemanha. O registro é o seguinte: Em Limeira, Livro de Matrimônios de abril de 1833 a out de 1854, imagem 188, temos o registro do casamento em 30-8-1853, às 11 hs da manhã, sendo testemunhas Ambrósio Strobant e Jacob Schmidt, de JOÃO HILSDORF natural de Wolfsheim, filho de Martim Hilsdorf e Christina Humel (sic) e MARGARIDA FREY, natural de Gundersheim/Gunderheim, filha de João Frey e Sidônia Gratwchl (+). Um João Freÿ/Fraÿ (a grafia varia muito, mas a família sempre pronunciou Frai) também era PIONEIRO, citado dentre os colonos vindos em 1846-7 para Ibicaba. Podemos calcular que João Hilsdorf se casou com c. de 22-23 anos.

Não termina aí esse para nós revelador assento paroquial, pois se seguem:

-d) a declaração – única, em todos os livros consultados – de que “o noivo era batizado e católico e a noiva tinha feito a sua confissão solene na Igreja Católica por ocasião de sua desobriga [pascal] no corrente ano”;

-e) a assinatura de todos os envolvidos, noiva inclusa, o que escapa do procedimento usual da assinatura apenas do vigário oficiante;

-f) a constatação de que a cerimônia teve 3 testemunhas, que eram exigidas pela legislação eclesiástica apenas no caso de casamento misto (duas religiões diferentes = cultus disparatis); sendo que essa testemunha extra era o próprio diretor da Colônia de Ibicaba, à época, João Adolfo Jonas; e enfim,

-g) que o vigário de Limeira à época e oficiante da cerimônia era nada mais nada menos que o famoso “padre protestante” José Manoel da Conceição.

Ver cópia do original, anexa, com a assinatura de todos: padre José Maria da Conceição, Ambrosio Strobriet/Strobandt??, Jacob Schmitt, João Hilsdorf, Margawita Fraÿ, e João Adolfo Jonas.

O fato de os noivos terem assinado pode ser demonstração de domínio da cultura letrada por parte de João Hilsdorf e sua noiva, mas penso que há algo mais nesse gesto. Do registro não consta a obrigatória promessa da parte do nubente não católico de educar os filhos havidos na doutrina da Igreja, o que configuraria inequivocamente um casamento misto. Mas a existência de 3 testemunhas e a inusitada declaração sobre o cumprimento das obrigações religiosas pela noiva faz pensar que havia algum questionamento envolvendo a religião desta, da qual João certamente se precavia ao trazer para a cerimônia a autoridade do diretor Jonas como testemunha e o valor das justificativas grafadas por escrito no registro (por orientação do padre Conceição? Por pacto de amizade com os Hilsdorf?).

Não temos como saber nos detalhes se Margarida era suspeita de protestantismo, ou se de fato era uma convertida ao catolicismo, mas minha percepção de que havia algum problema foi confirmada quando encontrei outro registro de casamento envolvendo alguns dos personagens acima: em Limeira, Livro de Matrimônios de abril 1833 a out 1854, imagem 180, registra-se em 20-1-1853, na Matriz da vila de Limeira, perante testemunhas Guilherme Wytacher Jr, João Pereira de Lima Jr, e Antonio Eustáchio Largacha/Largatha (tudo sic) que se receberam em matrimônio por meio de contrato PEDRO FREI, protestante, natural de Darmstart, com MARIA JONAS DE JESUS, natural de Cabreúva, filha de João Adolfo Jonas e de Mécia Maria de Jesus, ato realizado na casa da fazenda do Exmo. Senador Vergueiro, segundo instruções do bispo de 3-12-1852 [pouco anteriores à cerimônia, portanto], obrigando a batizar e educar os filhos na religião católica. Vigário oficiante: J.M. da Conceição. Wytacher é Whitacker e Largacha/Largatha é Langaard, figuras de proa na província paulista, à época.

Isso quer dizer que c. de 6 meses antes da cerimônia de João e Margarida, o protestante Pedro FREI se casara com a filha do diretor Jonas, e se Margarida FREI era sua irmã, o casamento dela com João Hilsdorf foi cuidadosamente preparado para evitar questionamentos (fundados ou não), não posso sequer imaginar em que esfera: na familiar, na religiosa… É perceptível também que o casamento de Pedro e Maria foi realizado nos moldes de um contrato, fórmula padrão para esses casos, na época, ao passo que o de João e Margarida seguiu o ritual canônico dos católicos.

Não encontrei casos de importunação envolvendo os casais João-Margarida e Pedro-Maria Jonas, os quais, aliás, parece que tomaram diferentes rumos. A proximidade das famílias Jonas e Hilsdorf foi mantida e reforçada mesmo depois da migração delas para Piracicaba e Rio Claro, e fica evidenciada nas cerimônias em que houve participação conjunta de seus membros. Ao que parece, os Freÿ se distanciaram: o Pioneiro João morreu logo e Peter Freÿ seu filho é referido na lista de 1858 como diretor de outra colônia, a “7 Quedas”, na região de Campinas. Não sabemos se saiu voluntariamente ou foi afastado de Ibicaba pelas suas ligações como o diretor da colônia, Jonas, que era seu sogro, depois das agitações dos anos 1856-57 que aconteceram entre os colonos de parceria; depois perdemos seus traços. Mas, há um Peter Frey que é contratado em 1867 para trabalhar na colônia “São Lourenço”, nas imediações de Piracicaba, e poderia ser o Pedro em pauta, mas ao que parece João e Margarida já tinham se mudado da cidade.

João e Margarida continuaram a participar de práticas sócio religiosas na Igreja Católica, como é mostrado a seguir, pelos apadrinhamentos localizados na documentação do casal João Hilsdorf e Margarida Freÿ Hilsdorf (descontados os estritamente familiares):

–em RCL, Livro de Batismos, abril 1857 a maio 1865, imagem 82, em 28-10-1860 na Matriz de RCL batismo de João de 7 dias (filho de Antonio Gaspar e Ana Gaspar), sendo padrinhos João Hilsdorf e Tereza Chemitt/Chomitt/Schormitt/Schimitt, fregueses da paróquia;

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos, abril 1857 a maio 1865, imagem 97, em 28-7-1861 na Matriz de RCL batismo de Jorge de 40 dias (filho de João Portz/Pott?? e Isabel Boch), sendo padrinhos João Hilsdolf sic e sua mulher Margarida Frai sic;

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos, junho 1865 a jan 1869, imagem 58, batizado em 30-6-1866, de Margarida, de 18 dias (filha de Manoel Lopes de Azevedo e Joaquina Maria da Conceição), sendo padrinhos João Hillsdorf sic e sua mulher dona Margarida Frei;

OUTRO:–em RCL, Livro de Matrimônios, nov 1872 a maio 1876, imagem 64, em 26-12-1870, na Matriz de RCL, casamento de Jacob Vollet, alemão (filho de Jacob Vollet e Catharina Gabrich??) com Bertha Kunz, alemã (filha de Thomaz Kunz e Maria Schantembach?), sendo testemunhas José Adolpho Jonas e João Hilostaf/Hilsdaf sic mas certamente Hilsdorf;

OUTRO:–em RCL, Livro de Matrimônios, nov de 1872 a maio 1876, imagem 85, casamento na Igreja Matriz local, às 4 hs da tarde, em 12-8-1871, de Jacob Helbig/Hebling?? (filho de Christovão Heboi ? e Maria Carolina Helboig/Helhoig /Hebling ?), com Bárbara Lebeis (filha de João Lebeis e Rosa Lebeis), com assinaturas dos noivos Jacob Holbig sic muito tremida, como se fosse de velho, e de Bárbara Lebeis, bem desenhada, com as letras separadas, e idem das testemunhas Guilherme Lebeis Filho e João Hilsdorf;

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos, jan de 1869 a março 1873, imagem 123, batizado em 24-12-1871 de Josephina, de 8 dias (filha de José Adolpho Jonnas sic e sua mulher Ana Maria [Vollet] Jonnas), sendo padrinhos João Helisdorf e sua mulher Margarida [Frei] Helisdorf sic, esta a irmã de Pedro Frei, casado com Maria Jonas, irmã de José Adolfo. Ou seja, João e Margarida enfim se tornaram compadres de José Adolfo Jonas, um dos filhos do antigo diretor Jonas, de quem eram amigos e aparentados há mais de 20 anos. OUTRO: –em RCL, Livro de Matrimônios, jan 1883 a maio 1885, imagem 71, registro de casamento em 3-9-1884 de casal de alemães, sendo uma das testemunhas João Hilsdolprf sic.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de batismos de jan 1887 a dez de 1892, imagem 129, ocorre o batizado aos 8-12-1891, de Emílio, nascido a 8-9-1891, filho de Pedro de Oliveira e Benedicta da Conceição, “sendo padrinhos Joaquim Hilsdorf e Margarida Hilsdorf, liberta”, evidentemente um equívoco do escrivão, apesar da escrita muito limpa. A mãe, pelo nome de Benedicta e pela condição de ex-escrava, remete à aquela citada acima em conexão com a família Hilsdorf, por duas vezes, em 1882 e 1888, e bem pode ser a mesma pessoa! Margarida Freÿ Hilsdorf, a dona da casa, era acompanhada pelo filho Joaquim. Ao que tudo indica, todos moradores da Estação do Leme, à época.

Antes de passar à descendência do casal JOÂO HILSDORF e MARGARIDA FREY, reunimos aqui algumas informações sobre a família de origem de Margarida, além daquelas envolvendo o irmão Peter/Pedro Freÿ já citadas:

JOÃO FRAY/FREY, suposto pai de Margarida e Pedro Frey também era PIONEIRO, citado dentre os colonos vindos em 1846-7 para Ibicaba (Documento 1) e é corroborado pelo apadrinhamento que realizou do neto localizado em: Limeira, Livro de Batismos de dez de 1851 a maio na verdade jan de 1856, imagem 85, batizado em 6-3-de 1854 de João, filho de João Hilsdorf e ]da filha] MARGARIDA Freÿ, sendo padrinhos João Freÿ e  Christina Hilsdorlf, ou seja, como mandava a tradição para um primogênito, o avô materno e a avó paterna. No evento citado a seguir, porém, não temos segurança se se trata do mesmo João Frey acompanhado de uma segunda esposa (Maria), em vista do falecimento da nomeada Sidônia, ou de um filho de mesmo nome (João), acompanhado da nora (Maria), da qual não sabemos o sobrenome de solteira; vai transcrito aqui, aguardando confirmação: em Limeira, Livro de Batismos de dez de 1851 a maio, na verdade jan de 1861, imagem 68, batizado em 9-10-1853 de João, de 11 dias, filho de Nicolau Laubenstein sic e sua mulher Felippina, sendo padrinhos JOÃO Fraÿ e sua mulher Maria Fraÿ, as. Vigário JMC. Já para o assento seguinte, identificado recentemente numa “repescagem”, parece razoável pensar que estamos mesmo diante de outro filho de João Freÿ, além dos já conhecidos Pedro, Margarida e o provável João: em Limeira, Livro de Batismos de dez de 1851 a maio (na verdade jan) de 1856, imagem 69, temos o batizado em 16-10-1853 de Anna Maria, de 8 dias, “filha de João Loenbenstein sic e sua mulher Izabel, sendo padrinhos MARTINHO Freÿ e Anna Maria Richter, mulher do mesmo senhor”, ass.  pelo vigário José Manoel da Conceição.

FILHOS DO CASAL João e Margarida localizados:

Pelas informações que correm na família, João e Margarida tiveram 10 filhos, não sabemos se nascidos na cidade ou na zona rural. Localizei todos, e outros ainda desconhecidos. Refiz a ordem dos nascimentos segundo a nova documentação pesquisada, importante porque desloca a posição de nosso avô Jorge, que deixa definitivamente de ser apontado como o 9º. filho do casal, como se vê pela seguinte relação que circula na família: Maria; Sophia; Helena; Valentim; Joaquim; Anna; Margarida; Eliza; Jorge; e João.  Mas, considerando as explicações acima, começo com Martinho, filho legitimado pela declaração que se lê na sua certidão de casamento, enumerando-o, porém, como filho I.1.[1] até um esclarecimento das questões em aberto:

I.1.[1]. Filho MARTINHO HILSDORF (*c. 1850? – ainda vivia em 1912). Familiarmente conhecido como sendo filho de uma propalada primeira esposa, Anna, foi declarado como filho “legítimo de João e Margarida Freÿ” por ocasião do casamento em 1878, e será tratado como tal nesta genealogia, ou seja, ocupando a mesma posição que os irmãos na rede de relações da família. Leva o nome do avô paterno, o Pioneiro Martin Hilsdorf.

Martinho Hilsdorf se casou em 28-12-1878 em Piracicaba com sua prima Sophia Hilsdorf Hebling (*16-11-1.862 em Piracicaba – +?), filha de [dos tios de Martinho] Konrad Hebling e Yzabel Hilsdorf, esta por ser irmã do pai dele, João. Como primogênita do casal, Sofia nasceu e foi logo batizada em 22-11 pelo avô e uma tia do lado materno, num intervalo de tempo curto, que combina com a residência de todos, pais e padrinhos, em Piracicaba. Martinho é citado subscrevendo ações da Cia. Ytuana na condição de morador de Piracicaba, antes mesmo de se casar com a prima em 1878. Levanto a hipótese de que ele conviveu amplamente com os familiares do lado paterno que eram radicados nessa cidade, avós, pais e tios, em especial os tios e futuros sogros Yzabel e Konrad, situação que explicaria o seu casamento, aos 28 anos, com a prima de 16 anos, do qual temos o registro: em Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan 1874 a set de 1885, imagem 89, em 28-12-1878 sendo testemunhas Jacob Diel e Valentim Hebringue, temos o assento do casamento na Matriz, de Martinho Elizdolfo, nat de Limeira, filho legítimo de João Elizdorfo e Margarida Fray; com Suphia Heblingue, nat desta cidade, filha de Conrado Hebringue e Isabel [Hilsdorf] Hebringue. Ambos fregueses desta. Sophia era neta paterna de Justino Hebling e Anna Maria Kunz e materna de Martin Hilsdorf e Christina Hummel. Era, então, Sophia Hilsdorf pela mãe, Hebling pelo pai e Hilsdorf de novo pelo marido!

Ao que parece, Konrad desenvolveu muitas atividades com Martinho, seu genro, marido da única filha, e também sobrinho, filho do irmão da sua mulher Yzabel. Por exemplo, sogro e genro (Konrad Hebling e Martinho Hilsdorf) aparecem em notícia do jornal “Germania”, edição de 7-8-1886, dizendo que no “National-Wein von den HH”, Martinho Hilsdorf e Conrado Hebling de Piracicaba, estavam apresentando vinho feito por eles, ou sejam eram produtores de vinho em Piracicaba entre outros alemães da cidade etc …

Martinho Hilsdorf é alvo de 2 processos judiciais em 1904 e 1905, no Primeiro ofício cívil de Piracicaba, onde morava, por cobrança de dívida da parte de Xavier Scefelder (??), segundo p. 41/B da relação do Arquivo da Unimep (internet). Faço a menção para indicar que ele estava vivo em 1905.

Mas ainda seria importante localizar seu atestado de óbito para corroborar que são eles o casal Martinho Hilsdorf e Sophia Hebling Hilsdorf que aparece (em Leme, Livro de Batismos fev 1910 a agosto 1912, imagem 111), apadrinhando o batismo em 4-8-1912, na Matriz local, do bebê Jorge Hilsdorf Júnior (*11-2-1912 e +2-8-1987, sempre em Leme), filho de Jorge Hilsdorf e Cristina Hümmel Hilsdorf, ele irmão de Martinho e também primo de Sophia, pois filha de Izabel Hilsdorf Hebling, irmã de seu pai João Hilsdorf. Martinho e Sophia tinham respectivamente, na ocasião, 62 e 50 anos de idade e moravam em Piracicaba; não sabemos a razão da demora incomum de 6 meses entre o nascimento e o batismo do bebê Jorge. Nas atas, pais e padrinhos são anotados como Hilisdofi (sic). [Outra possibilidade é que os padrinhos fossem o irmão mais velho do bebê e filho primogênito do casal Jorge e Christina, também de nome Martinho (*29-4-1893 e +23-9-1972), acompanhado de Sophia, uma tia paterna do bebê, irmã do pai Jorge Hilsdorf, da qual sabemos apenas as prováveis datas de seu nascimento em 1-7-1863, e do seu batizado em 10-7-1863, o que lhe dá c. de 50 anos de idade por ocasião do batismo de Jorge Júnior. Seu par, Martinho, pelo contrário, teria na ocasião c. 19 anos!]

A associação Martinho-Sophia e Piracicaba era mais ou menos “caso assentado” nas memórias familiares, mas esta pesquisa encontrou indícios de que o casal residiu também mais para o interior do território paulista, acompanhando as frentes pioneiras do café abertas ao norte ou noroeste da então província, depois estado de São Paulo. Não acredito que trabalhassem como colonos em fazendas da região, mas sempre ouvi que João Hilsdorf, seu pai, procurou e comprou terras além de Rio Claro, na zona banhada pelo Ribeirão do Roque, que atravessa as atuais cidades de Pirassununga, Leme e Santa Cruz da Conceição, e TALVEZ ele tenha chamado Martinho e outros familiares para viver na propriedade. Essa ideia precisa de uma pesquisa específica, que escapa ao nosso poder no momento, mas o fato é que apareceram evidências de que João Hilsdorf e vários de seus filhos extrapolaram as trajetórias a eles associadas pela memória familiar e mesmo pública. Encontramos, por exemplo, um Martinho Hilsdorf proprietário de Fábrica de Gelo em Pirassununga, no “Almanaque Administrativo… de 1936”, dado interessante para alguém sempre lembrado no contexto de Piracicaba. Também existe na vizinha cidade de Leme/SP, a rua Martinho Hilsdorf. Quem é o seu titular? A rua homenageia o Pioneiro Martin Hilsdorf, pai de João e avô do Martinho casado com Sophia, ou o próprio neto, por ter tido vínculos com a cidade? [E por que o avô Martinho seria lembrado em Leme se ele viveu e atuou na maior parte do tempo com prestígio em Piracicaba e Rio Claro, e não em Leme??]. No caso de Martinho, considero como as mais instigantes as provas ligadas ao nascimento dos filhos, que como vemos a seguir, aparentemente NÂO nasceram em Piracicaba!

Recentemente, localizamos o registro de óbito/sepultamento de Martinho, falecido em Rio Claro, mas sem declaração de idade. Este dado seria importante, visto que o ano apresentado pela família como do seu nascimento (1850) ainda não tem comprovação e o seu assento de batismo não foi localizado, nem em Limeira nem em Rio Claro. Mas o local do falecimento sendo Rio Claro, temos corroboração para a hipótese que apresentamos acima, de que a despeito dos comentários familiares, Martinho e Sophia viveram fora de Piracicaba! O Livro de Óbitos de junho de 1907 a maio de 1917, imagem 156, trouxe o seguinte registro: óbito em 2-5-1917 e sepultamento em 3-5-1917, de Martinho Helisdorf, casado com Sophia Hebling, natural desta cidade; “recebeu todos os Sacramentos”. Causa da morte: coração. Não há declaração de idade, mas se nascido em 1850 teria presumíveis 67 anos. Livro de leitura muito difícil, praticamente imprestável para a pesquisa, visto que a digitalização precária acabou por clarear em demasia cerca de 90% do texto, tornado assim ilegível. Até prova em contrário temos, portanto, as seguintes balizas para o casal: Martinho [Frey??] Hilsdorf (*1850-+2-5-1917, ambos em Rio Claro), em 28-12-1878 casado com Sophia [Hilsdorf] Hebling (*1862, em Piracicaba – ?).

FILHOS de Martinho e Sophia segundo informações familiares reorganizadas com dados do Familysearch:

==1.1.[1].1 – Maria Margarida Hebling Hilsdorf – (*c.30-11-1879 – ?). Sendo a primogênita, seu nome homenageia a avó paterna Margarida Freÿ, que era ao mesmo tempo tia de Sophia. Segundo informações familiares, casada com João Baptista Zinsly em 1901 e pais de 10 filhos, mas esse número não fecha: Maria Madalena (1903-03); Amazílio (*31-12-1909); Elisa; Maria de Mont Serrat (*30-8-1919); José Agenor ou Antenor; Alice; Abílio; Ulisses; Zelda Carmela; Edith; e M. de Lourdes (*7-6-1921 e +1-3 ou 3-1 -2003, em Piracicaba).

 

Há um João Batista Zinsly Sobrinho [pelo nome suposto ser sobrinho do João Batista Zinsly casado com Maria Margarida H. Hilsdorf], bem conhecido como chefe de carpintaria durante a construção da famosa Igreja de São Pedro, da Usina Monte Alegre, em Piracicaba, c. 1936-37, ilustrada por Volpi e recentemente restaurada. Foi casado com Ana Maria Urssi ou Ursi, pais da filha Lenny Zinsly (*? – +15-7-2004 em Bragança Paulista). Há um Martinho Zinsly, casado com Maria Amélia Urssi ou Ursi, pais de Antonio Zinsly (*c. 1935 – +18-9-2018) e de Milton Zinsly (*c. 1928 – +7-3-2016). Há também uma Maria Zinsly casada com Valentim Henrique Hellmeister, naturais da Alemanha, ambos PIONEIROS DE IBICABA, e pais de Amalia Z. Hellmeister c/c ? Gigliardi; de Martinho Z. Hellmeister; e de Jorge Hellmeister Sobrinho, cujo nome homenageia o tio Jorge Hellmeister (identificado, confere), ambos, Jorge e Valentim citados na “Relação de 1858” que apresentamos acima como Documento 3: nesse ano, Jorge já tinha saído de Ibicaba e “estava estabelecido como alfaiate” (onde? em RCL?) e Valentim ainda estava na colônia. Mas não sabemos onde se fixaram, nem qual o parentesco de todos esses outros Zinsly com Maria Margarida [Hebling Hilsdorf] Zinsly, filha de Martinho e Sophia.

Recentemente, foi localizado o registro de batismo de Margarida: em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos out de 1876 a julho de 1884, imagem 29, em 14-12-1879, batismo de Maria Margarida, de 15 dias, filha de Martinho Cristoflh e Sophia Hebling, sendo padrinhos João Cristoflh e Margarida Frahi, ou seja, os avós paternos. O escrevente do registro grafou o que ouviu, e temos ai o resultado: Cristoflh e Frahi para Hilsdorf e Freÿ! E foi afinal corroborada a informação do casamento de Maria Margarida com um João Zinsly, mas sem o Batista familiar, pela localização do registro em Piracicaba, Livro de Matrimônios de fev de 1900 a maio de 1902, imagem 112:  às 7 horas da manhã na matriz local, em 7-12-1901, sendo testemunhas Luiz Augusto Toledo e Álvaro de Azevedo, temos o casamento de João Zimsley sic e Maria Margarida Helisdolf sic; ele de 28 anos, filho de Crispim Zinsly e Maria Magdalena [Krättly] Zinsly, ela de 21 anos, filha de Martinho Helisdolf e Sophia Hebling, ambos naturais de Araras e frequentadores da paróquia de Piracicaba. Há a confusão sobre o local de nascimento de Margarida, que afinal poderia ser nem em Araras nem em Santa Cruz da Conceição, onde foi registrada, mas na pequena povoação de Leme, como já discutimos acima; mas as datas conferem. Uma singela apresentação da família Zinsly foi feita no Anexo Krattlÿ, ao qual remetemos.

Temos também pelo menos 2 apadrinhamentos localizados de João Batista [Zinsly] e Margarida [Hebling Hilsdorf]: em Piracicaba, Livro de Batismos de agosto de 1905 a fev de 1907, imagem 198, batizado em 20-1-1907 de Joanna, *15-1-1907, filha de pais brasileiros, sendo padrinhos João Batista Zinsly e Maria Margarida Zinsly.

OUTRO:– em Piracicaba, Livro de Batismos de fev de 1907 a maio de 1908, imagem 147, em 12-1-1908 batizado de José Maria, *28-11-1907, filho de Ernesto?Enestor?Nestor? Pires e Eliza Hilsdorf Pires, sendo padrinhos João Batista Zinsly e Maria Margarida Zinsly. Esse registro corrobora o casal de padrinhos, mas também o casal de pais, os quais, por hipótese, são a irmã de Margarida de nome Elisabeth (que sabemos é intercambiável com Eliza), nascida em 1881 e mãe aos 27 anos, e seu marido Nestor Pires, e o filho, José Maria, dado até agora como inexistente. Localizamos também outro filho do casal Nestor Pires e Elisa/Elisabeth Hilsdorf: em Piracicaba, Livro de Batismos de fev de 1909 a jan de 1910, imagem 92, em 1-12-1909 batizado de Nelson, *29-9-1909, filho de Nestor Pires e Elisa Helisdolph sic, sendo padrinhos Martinho Helisdolph e Sophia Hebling [Helisdolph = Hilsdorf], avós maternos do bebê.

O casal João Batista e Margarida foi corroborado ainda pelo registro de batismo do filho Amazílio: em Piracicaba, Livro de Batismos de jan a agosto de 1910, imagem 13, batizado em 6-2-1910 de Amazílio, *31-12-1909, sendo pais João Batista Zinzily e Maria Zinzili e padrinhos Martin Zinzizli e Theresa Zinzily, tudo sic.

==I.1.[1].2 – Elisabeth Hebling Hilsdorf – (*c.15-8-1881 – +?). O nome homenageia como de praxe a avó materna da bebê, Yzabel/Elizabeth. Recentemente, foi localizado o seu registro de batismo: em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos out de 1876 a julho de 1884, imagem 45-46, em 28-8-1881, batismo de Elisabet, de 13 dias, filha de Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf, sendo padrinhos Conrado Hebling e Elisabet [Hilsdorf] Hebling, ou seja, os avós maternos.

Chamada de Elisa, nome intercambiável com Elisabeth e Isabel, foi segundo a família casada em primeiras núpcias com Nestor Pires, sem filhos conhecidos. No entanto, esta pesquisa localizou não apenas o seu casamento como o registro de batismo de 2 filhos. Em Piracicaba, Livro de Matrimônios de jan de 1905 a out de 1907, imagem 105, temos o assento do casamente em 12-12-1906, sendo testemunhas Manoel da Costa Pedreira e Eduardo Bourtot, o casamento de Nestor Pires e Elisa Hilsdorf; ele de 22 anos, solteiro, filho de José Severino Pires e Brazília Emerenciana Pires, e ela de 23 anos, solteira, filha de Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf. Ele era natural de Campinas e ela de Santa Cruz da Conceição, sendo ambos fregueses desta paróquia [de Piracicaba]. Foram localizados os prováveis primeiro e segundo filhos do casal:

1) – em Piracicaba, Livro de Batismos de fev de 1907 a maio de 1908, imagem 147, em 12-1-1908 batizado de José Maria, *28-11-1907, filho de Ernesto?Enestor?Nestor? Pires e Eliza Hilsdorf Pires, sendo padrinhos João Batista Zinsly e Maria Margarida Zinsly, madrinha e mãe sendo irmãs. Esse registro corrobora o casal de pais e o filho, José Maria, dado até agora como inexistente. Localizamos também outro filho do casal Nestor Pires e Elisa/Elisabeth Hilsdorf!

2) – em Piracicaba, Livro de Batismos de fev de 1909 a jan de 1910, imagem 92, em 1-12-1909 batizado de Nelson, *29-9-1909, filho de Nestor Pires e Elisa Helisdolph sic, sendo padrinhos Martinho Helisdolph e Sophia Hebling [Helisdolph = Hilsdorf], avós maternos do bebê.

Casada em segundas núpcias com Antonio Veiga, com a filha: Bernardete H. Veiga.

==I.1.[1].3 – Josepha/Josephina Hebling Hilsdorf – (*c.21-12-1883 – + c.1964). A única informação familiar que temos diz que ela faleceu solteira, com 80 anos. Mas, recentemente, localizamos o registro de batismo de Josefina, que por hipótese é a mesma Josefa, e vai aqui transcrito, aguardando confirmação: em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos out de 1876 a julho de 1884, imagem 73, em 7-1-1884, batismo de Josephina, de 18 dias, filha de Martinho Hisdrolf e Sophia Hisdrolf, sendo padrinhos Jorge Hisdrolf e Magdalena Hisdrolf, ou seja, dois tios paternos, irmãos entre si. Evidentemente, Hisdrolf é corrupção de Hilsdorf.

==I.1.[1].4 – Luiz Bernardo Hebling Hilsdorf – (*c.1885? – ?). Casado com Adelaide Amaral. Tiveram 8 filhos:

1 – Jandira Hilsdorf, c/c José F. Soares. Tiveram 3 filhos: Dirceu Felicissimo Soares; Marlene Soares Massoni; Margareth Soares.

2 – Cynira do Carmo Hilsdorf, c/c Milton Carvalho Sales (divorciados). Tiveram 3 filhos: Lurdes Hilsdorf Sales; Cynira do Carmo Hilsdorf Sales; Milton de Carvalho Sales.

3 – Lyra Magnólia Hilsdorf, c/c Clélio Betz de Lima. Tiveram 2 filhos: Solange Hilsdorf de Lima; Sergio Hilsdorf de Lima.

4 – Dalberto Amaral Hilsdorf, solteiro.

5 – Alfredo Amaral Hilsdorf, solteiro.

6 – Orlando Amaral Hilsdorf (1924-1978), c/c Helena Silva. Tiveram 1 filho: Alexandre Wagner Silva Hilsdorf.

7 – José Maria Hilsdorf, teve a filha Márcia Hilsdorf.

8 – Luiz Alcides Hilsdorf, c/c Maria da C. Pires. Tiveram 2 filhos: Luiz Vitor P. Hilsdorf; Marcelo P. Hilsdorf.

==1.1.[1].5 – João Bonami Hebling Hilsdorf – (*c. 28-12-1887- ?). Casado com Olívia Della Costa segundo familiares. Não sabemos se João Bonami é este João localizado pelo registro de batismo em 1888, mas fica a anotação até melhores esclarecimentos, lembrando que SE CORRETA A SUGESTÃO, TEMOS A DATA DO SEU NASCIMENTO: em RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889 imagem 94, em 19-2-1888 batizado de João, de 1 mês e 23 dias, portanto nascido c. 28 ou 29-12-1887, filho de Martinho Hilsdrof e Sophia Hilsdrof sic, sendo padrinhos João Dhom e sua mulher Elisia sic Dhom, ou seja, irmã e  cunhado de Martinho, recém-casados na ocasião.

Pelo menos 2 filhos, nascidos em Santos:

1) – José Hilsdorf (*28-5-1926 -?); pela internet: DOESP de 24-4-1962, cassando título eleitoral inscrição 181.354, da 9ª. Seção de Vila Mazzei, em 2-7-1958, por pluralidade, de José Hilsdorf, filho de João Bonami Hilsdorf e Olívia Oliveira (SIC), nascido em Santos (*28-5-1926-?) [tudo sic da publicação via internet, com muitas falhas].

2) – Magnólia Hilsdorf (*1º.-2-1938 -?), com dados também tirados da internet: DOESP de 7/12/1957, proclamas de casamento no subdistrito de Santana (SP capital) de seus moradores …ilegível (*23-10-1934-?) filho de Aldes Duarte Lopes Luria e Theresa Conte Lopes Lhana; com Magnólia Hilsdorf, nascida em Santos (1º.-2-1938- ?) filha de João Bonami Hilsdorf e Olívia Delia Casa (SIC), de prendas domésticas.

3) – Thereza de Jesus: por pesquisa pontual foi localizado também este registro de uma outra criança para esse João que supomos ser o João Bonamy em pauta: em Registro Civil de Santos/SP, na fl. 29 do livro 257, temos o registro de nascimento em 6-6-1931 de Thereza de Jesus Hilsdorf, filha de João Hilsdorf e Celina/Olina/Olívia de Oliveira, sendo avós paternos Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf [que sabemos ser Hehling em solteira] e avós maternos Ricardo de Oliveira e Marcelina de Oliveira. Portanto, João Bonamy e sua mulher tiveram pelo menos 3 filhos: José (1926); Thereza de Jesus (1931); e Magnólia(1938).

==1.1.[1].6 – Augusto Hebling Hilsdorf – (*20-11-1889 – + 1956). Por informações familiares, casado com Maria de Lourdes Tobias de Aguiar (*? – + 1956) e pais de 2 filhos:

1 –  Cesar Augusto Hilsdorf; e

2 – Francisco Hilsdorf. Dados tirados da internet a propósito de processo de desapropriação de propriedade em S. Vicente mostram que Cesar foi casado com Eunice Costa, sendo pais dos netos José Renato C. Hilsdorf, José Roberto C. Hilsdorf e Claudia C. Hilsdorf Miguel Elias. Francisco foi casado com ? G. de Almeida, irmã de Thelesphoro G. de Almeida Filho.

Recentemente localizamos o que cremos ser o seu assento de batismo, com a data de nascimento: em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 68, em 15-12-1889, “Bento Belleti e sua mulher Maria Bolleti”, que lemos como Bento Vollet e sua mulher Maria [Frey Hilsdorf] Vollet [tendo em vista outros registros desse mesmo casal na mesma localidade, no mesmo período, enfim no mesmo contexto], são padrinhos do bebê Augusto, nascido em 20-11-1889, filho de Martinho Hilsdolf e Sophia Hilsdolf sic, “todos desta paróquia”. Vemos que o registro, como os anteriores, foi feito no livro da paróquia de Santa Cruz da Conceição, mas não sabemos se pais e padrinhos moravam na cidade-sede desse mesmo nome, ou em outros núcleos pertencentes a ela do ponto de vista da organização paroquial, como Pirassununga, Leme ou mesmo na zona rural. Uma versão familiar diz que os Hilsdorf já estavam em Leme; outra, que foram antes para Pirassununga. Sendo válida qualquer uma delas, parece que temos que incluir entre eles, Martinho, Sophia e sua família!

==1.1.[1].7 – Cecília Hebling Hilsdorf – (*28-11-1891 – +11-4-1953, em Piracicaba). Segundo informações familiares, casada com Juvenal Ferraz Costa. Tiveram ao menos a filha Clarice Hilsdorf Ferraz Costa, c/c ?? Angeli, que tiveram a filha Clara Angeli, moradora de Piracicaba.

Também recentemente localizamos seu assento de batismo, o que nos deu a DATA de seu nascimento: em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 131, em 26-12-1891, “na Capela da Estação do Leme, desta paróquia [de Santa Cruz da Conceição], batizei solenemente Cecília, nascida em 28-11-1891, filha de Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf, sendo padrinhos Valentim Hebling e Isabella Hebling, todos desta, menos os padrinhos que são da paróquia de Piracicaba”. Assinada pelo pró-pároco Cônego Angelo Alves d´Assunção. O nome da madrinha, Isabella não existe na família, mas Isabel, sim e nesse caso indica a avó materna da bebê, Isabel Hebling, também cunhada do padrinho Valentim. Finalmente fica explicitado que a cerimônia foi realizada em Leme, mas lançada no livro da paróquia correspondente [Santa da Cruz da Conceição], segundo a normativa eclesiástica, indiciando que pelo menos os pais estariam morando na região. Mas não sabemos onde, e com quem, ou seja, se outros familiares moravam nela também ou era uma iniciativa privada do casal!

==1.1.[1].8 – Natália Hebling Hilsdorf – (*18-12-1900, em ?, por informações familiares – +15-2-1941, em Pirassununga). Ao expandir a busca em Piracicaba, localizamos o seu registro de batismo em 31-12-1894, tendo *20-12-1894, filha de Martinho Hilsdolf e Sophia Hebling Hilsdolf e padrinhos os tios da bebê João Hebling e sua mulher Maria Hebling, ele irmão de Sophia (em Piracicaba, Livro de batismos de out de 1893 a abril de 1895, imagem 116-17).

Casada em ?? com Augusto Sundfeld (*29-5-1894 e +15-2-1976), de família imigrante alemã de Pirassununga, originária do porto de Hamburgo. Nathalia e sua sogra Escolástica Lebeis Sundfeld faleceram no mesmo ano de 1941, pois achei na internet: “Cemitério de Pirassununga: Escolástica Lebeis Sundfeld BF04L03, 22-12-1941; e Natália Hilsdorf Sundfeld BF20L16, 15-2-1941”. Viúvo, Augusto se casou pela segunda vez com Josefina Pontes. Ver abaixo foto de Festa do Divino em 1934, à frente da igreja matriz da cidade de Pirassununga, onde à direita aparece o casal Augusto Sundfeld e Natália Hillisdorf [sic].

Filho de Natália e Augusto foi SEBASTIÃO Alicio Sundfeld [prof. Sebas] (*5-7-1924 em Pirassununga – e +27-7-2015 em Tambaú), que fez carreira no magistério público oficial em Tambaú e foi casado com a também professora Ruth Sandoval Pereira (*7-8-1921 e +19-3-1990). Tiveram 4 filhos: 1) Maria Bernadete, c/c Décio Barbin, com 2 filhos: Alexandre; e Henrique; 2) Maria Cristina, c/c José Reinaldo Gindro, com 3 filhos: Eloy; Erich; e Elto; 3) Rita de Cássia, c/c Mozart Soiga Real, com 3 filhos: Ana Carolina; Rafael; e Daniel; 4) Sebastião Guilherme, c/c Andrea Ribeiro dos Santos, com 1 filha: Natália.

==I.1.0.9 – José Hebling Hilsdorf – (?-?). Casado com Isaura ?, segundo informações familiares. Há um JOSÉ HILSDORF de Louveira, SP, sócio contribuinte da Cooperativa Limitada dos Empregados da Cia Paulista de estrada de ferro (portanto, empregado na ferrovia), no Relatório da Diretoria de 25-6-1916 referente ao ano de 1915, sendo presidente Gustavo Storch. Dá a contribuição individual de cada associado e o quanto lhe rendeu no ano. Para confirmação, precisamos para começar, da sua data de nascimento e em seguida destacá-lo dos homônimos.

Localizamos o que parece ser o registro de óbito de sua mulher Isaura, tendo em vista a condição de único casal da geração com esses nomes/sobrenomes, mas reconheço que o argumento é frágil, visto que ela NÂO traz o sobrenome completo de casada, ou seja, o sobrenome do marido. Fica o registro aqui, até outra explicação mais segura: em RCL, Livro de Óbitos de junho 1907 a maio de 1917, imagem 129, aos 30-3-1916 faleceu ontem no município e hoje 31-3-1916 foi sepultada no CM de RCL, Izaura Hebling, encomendada na Capela do Carmo e [ou de?] Santa Cruz. Causa da morte [febre?] tifoide. Localizamos ainda o seguinte registro de óbito que parece pertencer ao mesmo núcleo familiar, atingido por uma epidemia de tifo (muito recorrente nas lembranças familiares do período), considerando a data, o local de nascimento e a causa mortis das personagens: em RCL, Livro de Óbitos de junho 1907 a maio de 1917, imagem 129, ao 1-4-1916 faleceu ontem no município e hoje 2-4-1916 foi sepultada no CM de RCL, Anna Ramos Hebling, brasileira??, encomendada na Capela do Carmo e [ou de?] Santa Cruz…..ilegível [febre?] tifoide. Registro com trechos ilegíveis que omitem dados que poderiam identificá-la melhor.

A única documentação segura é o registro de batismo desse José, localizado em Piracicaba, Livro de Batismos de junho de 1898 a out de 1899, imagem 180, em 23-8-1899 batizado de José, *6-8-1899, filho de Martinho Hellisdorff e Sophia Hebling Hellisdorff, sendo padrinhos José Hebling e Sophia Montera, ao parece ela prima e ele irmão da mãe do bebê, a quem deu o nome.

Apadrinhamentos do casal Martinho Hilsdorf e Sophia Hebling Hilsdorf (identificação embaraçosa, demandando confirmação, tendo em vista a existência de muitos homônimos, ficam portanto como hipóteses):

–em 25-10-1884, padrinhos de batismo da bebê Sophia (*11-10-1884), filha dos primos João Hilsdorf Witzel e Gervina Witsel, moradores de Rio Claro (RCL, Livro de Batismos de jan 1883 a julho 1886, imagem 101).

OUTRO:–em 13-6-1886 do sobrinho Antonio (*24-5-1886, em Rio Claro – +?), filho de Bento Volletti e Maria Volletti (sic), ou seja, a irmã Maria Hilsdorf Vollet, filha primogênita de João e Margarida Frey Hilsdorf, moradores em Rio Claro (RCL, Livro de Batismos de jan 1883 a julho 1886, imagem 207).

OUTRO:–em 1-1-1887 de Francisca (*14-10-1886, em Piracicaba – +?), filha de Francisco Brosscher ??? e Sophia ??? (ilegível), “sendo padrinhos Martinho Helesdolpho e Sophia Helesdolpho” (Piracicaba, Livro de Batismos de julho 1886 a fev de 1888, imagem 36), por hipótese a bebê sendo neta do casal Maria Magdalena Hilsdorf casada com Martinho Fischer, moradores em Piracicaba, Magdalena sendo tia paterno de Martinho e tia materna de Sophia.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 104, o casal Martinho Hilsdorf e [Da.] Sophia Hilsdorf batizou em 29-12-1890, o bebê Francisco, nascido em 9-11-1890, filho de pais brasileiros.

OUTRO:–no ano seguinte, foram sogro e nora, ou seja, João Hilsdorf e [Da.] Sophia Hilsdorf os padrinhos de João, nascido em 20-4-1891, filho de pais italianos, batizado em 28-5-1891, segundo Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 112 [replicada na imagem 113].

OUTRO:–localizamos um apadrinhamento de Martinho e sua mulher Sophia nos seguintes termos, felizmente corrigidos pelo próprio autor da escrita: em Piracicaba, Livro de Batismos de out de 1893 a abril de 1895, imagem 23-4, em 14-1-1894 batizado de Theodoro, *1-1-1894, “sendo pais Martinho Helisdolpho e Sophia [Hebling] Helisdolpho em tempo Vicente Monteiro e Sophia Montera mas os padrinhos são os primeiros, todos desta”.

OUTRO:–em Piracicaba, Livro de Batismos de out de 1893 a abril de 1895, imagem 38, em 2-4-1894 batizado de Rozalina, *19-3-1894, filha de Martinho e Maria Hebling, sendo padrinhos Martinho Helisdolpho e Sophia [Hebling] Helisdolpho, sendo o pai Martinho e a madrinha Sophia, irmãos.

OUTRO:–em Piracicaba, Livro de Batismos de abril a dez de 1895, imagem 35, em 28-7-1895 batizado de Augusto, *20-7-1895, filho de pais brasileiros de sobrenome Arruda, sendo padrinhos Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf.

OUTRO:–em Piracicaba, Livro de Batismos de junho de 1898 a dez de 1999, imagem 58, em 28-10-1898 batizado de José *24-10-1898, filho de Domingos Martins e Cândida C. de Campos, sendo padrinhos Martinho Hiltolz e Sophia Hiltolz, sic. OUTRO: –em Piracicaba, Livro de Batismos de junho de 1898 a dez de 1999, imagem 58, em 29-10-1898 batizado de José Alípio, *17-10-1898, filho de pais de sobrenome Feliciano, sendo padrinhos Martinho Hiltolz e Sophia Hiltolz, sic. O bebê era gêmeo de Maria da Conceição, que na mesma cerimônia foi batizada pelo casal João Hebling e Maria Hebling, ele irmão da madrinha Sophia, ambos registrados no mesmo livro e na mesma imagem 58. pais de sobrenome Feliciano.

OUTRO: –em Piracicaba, Livro de Batismos de junho de 1898 a dez de 1999, imagem 75, em 10-12-1898 batizado de Justino, *28-11-1898, filho de João Hebling e Maria Hebling, e padrinhos o casal Martinho e Sophia [Hebling] Hilsdorf, pais e padrinhos que haviam se encontrado menos de 2 meses antes no batizado da bebê Maria da Conceição Feliciano, acima; pais eram primos entre si, pai e madrinha eram irmãos e o nome do bebê homenageia Justino Hebling, avô ao mesmo tempo de Sophia, João e Maria Hebling.

OUTRO: –em Piracicaba, Livro de Batismos de agosto de 1905 a fev de 1907, imagem 162, em 1-10-1906 batizado de Lázara, *16-6-1906, filha de Amador Delgado e Emília Joaquina, sendo padrinhos Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf.

A leitura de todo essa documentação envolvendo Martinho e Sophia suscitou 2 reflexões. A primeira é que aprendemos que a referência à cidade de Santa Cruz da Conceição significa na verdade que os eventos religiosos, embora registrados nos livros dessa sede paroquial, ocorriam em espaços no âmbito de todo o perímetro paroquial, o qual no nosso caso em pauta acabou por ser identificado como a capela da “Estação do Leme”, um pequeno núcleo distante daquela c. 8 km. Por ser do tipo Capela Curada, era impedida pelas regras eclesiásticas de fazer os seus próprios assentos. Foi somente em 14-6-1896 que Leme passou a ter livros de registro para o seu uso, “ficando os livros de Santa Cruz apenas para os que forem nascidos e batizados na dita paróquia” (em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1893 a fev de 1908, imagem 78, ass. pároco Paschoal Nicastri). Não sabemos se o casal morava na zona rural do entorno, ou na pequena vila, mas a capela de Leme era procurada para os batizados e o registro da filha Cecília em 1891 já deixava claro: seu batismo foi realizado na “Capela da Estação do Leme” (e o assento no livro de Santa Cruz). Ora, este nome Leme sempre apareceu na família como o lugar onde os Hilsdorf “compraram terras e se estabeleceram”. Meus próprios avós, Jorge Hilsdorf e Christina Hümmel, depois de casados em 1888 também se mudaram de Rio Claro para Leme, não sei quando, mas eles batizaram os dois primeiros filhos em 1893 e 1895 no mesmo esquema de cerimônia em Leme e registro em Santa Cruz.

De qualquer modo, parece que Piracicaba e Rio Claro não eram mais o ponto de atração da família, que se movia agora para o norte ou noroeste da região. Martinho Hilsdorf e Sophia Hebling provavelmente saíram de Piracicaba após o casamento em 1878, pois o batizado da primogênita Maria Margarida em 1879 já foi lançado no livro de registros de Santa Cruz da Conceição. O mesmo aconteceu com os demais filhos, nas décadas de 1880 e 90. Mesmo pontuais, ad hoc, podemos usar ainda os apadrinhamentos documentados de Martinho e Sophia em favor dessa hipótese de uma trajetória, inédita para nós, deles indo de Piracicaba para Rio Claro, depois Leme, e Piracicaba de novo, onde ele é localizado posteriormente. O nosso segundo comentário manifesta-se, portanto, na forma de inevitáveis perguntas: esses eventos significam que os 2 casais Martinho-Sophia e Jorge-Christina estiveram juntos em Leme, ao longo daquelas duas décadas, numa mesma empreitada? Eram muito jovens, na faixa dos vinte-trinta anos, e como tocavam suas vidas: com trabalho independente, ou como “pontas de lança” ou “olheiros” da família por iniciativa do pai João Hilsdorf? E enfim, os “piracicabanos” Martinho e Sophia e os “rioclarenses” Jorge e Christina foram, na verdade, os pioneiros dentre os Hilsdorf “lemenses” ou havia outros familiares com eles?

Por gentileza de seu descendente, prof. Alexandre Wagner Silva Hilsdorf, fica a seguir a reprodução de uma foto guardada cuidadosamente pela sua família, do bisavô Martinho Hilsdorf, de quem tratamos neste tópico.

I.1.1. Filho JOÃO (FREY) HILSDORF (batizado em 6-3-1854 e +7-6-1854). Temos em Limeira, Livro de batismos, de dez 1851 a maio/na verdade jan de 1856, imagem 85, em 6-3-1854, registro do batizado na matriz de Limeira de JOÃO [não diz de quantos dias] filho de João Hilsdorf e Margarida Freÿ, sendo padrinhos João Freÿ e Christina Hilsdorf; “ambos colonos do senador Vergueiro”. Ass. pároco João José de Almeida. Os padrinhos João e Christina são respectivamente avô materno (que lhe deu o nome) e avó paterna, como era praxe para os primogênitos. Deve ter falecido cedo, pois há outro filho com esse nome, e há ainda um terceiro. Christina Hilsdorf, que sabemos agora ser Hümmel de solteira, é registrada como avó, o sendo a veras, ou por cortesia na condição de madrasta do pai João, ou “para descomplicar o registro” (ainda a esclarecer a situação), como já comentamos ao fazer a identificação deste último, acima.

Localizei o registro de óbito desse primeiro bebê João em 7-6-1854 aos 3 meses de idade, filho de João Hsdorph (Sic), alemão católico, sendo sepultado no cemitério local, assinado pelo vigário padre José Gomes Ped. da Silva? ou Almeida? (em Piracicaba, livro de óbitos de dez de 1851 a abril 1859, imagem 3). Nossa hipótese: o bebê em pauta foi batizado em 1854 em Limeira, talvez em deferência aos avós-padrinhos, ambos colonos do Senador Vergueiro, ou seja, de Ibicaba, e 3 meses depois sepultado em Piracicaba, onde os pais residiam; ou os pais se mudaram entre o batizado em Limeira e a morte em Piracicaba.

I.1.2. Filha MARIA (FREY) HILSDORF (*c. 25-6-1857, em Rio Claro – + entre 1916 e 1918): filha primogênita de João Hilsdorf e Margarida Frey, casada em RCL, em 1875 com Bento Vollet (*c.1-10-1851 – ainda vivia em 1918), filho de João Vollet e Isabel Bock ou Borg.

Temos o registro de batizado de Maria e de Bento, e também o do casamento deles. O Livro de Batismos de RCL, abril 1857 a maio 1865 imagem 7, diz que em 5-7-1857 na Matriz RCL foi batizada MARIA “de dés (10) dias”, filha de João Hilsdorf e de Margarida Fernandes ou Fernando (sic, mas de fato Freÿ), sendo padrinhos Conrado Hilsdolf/Hisdolf/Bischof (realmente incompreensível, mas que depois conseguimos identificar como Conrado Witzel) e Maria Fernandes (sic, mas seguramente Freÿ), fregueses da paróquia, ass. padre Ant. Leonardo d’ Andrade? Bischof e Fernandes são sobrenomes “inventados”. Os padrinhos são dois tios da bebê, um do lado paterno e outro do materno: Conrado Witzel, casado com Catharina Hilsdorf, irmã de João Hilsdorf e portanto tia do bebê; e uma possível tia ou mesmo avó materna, “Maria Fernandes”, confusão com Freÿ.

Casada em RCL em 2-10-1875 (aos 18 anos, portanto) com BENTO VOLLET, natural de Limeira, ou seja, provavelmente nascido em Ibicaba, filho dos PIONEIROS de IBICABA João Vollet e Isabel Borg Vollet. Sabemos um pouco dele pois temos seu assento de batismo: em Limeira, Livro de Batismos out 1843 a nov/dez 1851, imagem 174, em 12-10-1851 registro do batismo de BENTO de 12 dias, filho de João Follet e Izabel Follet, sendo padrinho o tio Bento Follet (irmão de João), todos alemães católicos e desta vila de Limeira [esse tio paterno Bento Vollet é o casado com Margarida Diehl em Piracicaba, que nos anos 1858-60 pede licença para abrir comércio nessa cidade; não confundir com Bento Vollet filho de Wendel Vollet e Ana Maria Sonek, talvez um primo do mesmo nome, pois tanto João Vollet quanto Wendel Vollet eram originários de Fürfeld, no Hessen-Renânia].

No registro do casamento deles Maria é apresentada como filha de João Hilsdorf e Margarida Hilsdorf e natural de Rio Claro, sendo testemunhas do ato Valentim Hebling e Felippe Vollet (RCL, Livro de Matrimônios nov 1872 a maio 1876, imagem 84), Valentim sendo o tio de Maria casado com Konegundes Hilsdorf, uma das irmãs do seu pai, e Felippe Vollet o tio de Bento e um dos irmãos do pai dele, João Vollet. 

O Bento casado com Maria Frey Hilsdorf é referido pela família como fazendeiro de café, ponto em comum com o sogro. Em um livro de autoria de Vicente de Carvalho (pertencente à Brasiliana-USP-Mindlin), que discute a crise do café, aparecem na lista dos cafeicultores de Rio Claro que pedem soluções, entre outros, os nomes de Bento Vollet, Luiz Vollet e João Vollet Filho: seria o Bento casado com a Maria Hilsdorf, que assina ao lado de 2 outros irmãos? Sim, hipótese confirmada: o pai deles é o mesmo João Wollet/Vollet natural de Fürfeld, antigo colono de parceria na fazenda “São Lourenço” em Piracicaba, onde foi documentado trabalhando entre 1852 e 1867 com a mulher Isabel/Elizabeth e as filhas Gertrudes, Catharina, Maria e Barbara, e que vamos reencontrar como fazendeiro de café e lavrador de algodão em RCL em 1872-73, no “Almanaque do Molina para 1873”, ou seja, 2 ou 3 anos antes de seu filho Bento se casar com a filha de outro fazendeiro de café local, João Hilsdorf. Um comentário sobre a informação acerca da família Vollet na “São Lourenço”: os filhos homens não são mencionados, e a relação das filhas está confusa, pois outros dados localizados mostram que João e Isabel tiveram as filhas Maria e Catharina, mas Bárbara, Christina e Gertrudes foram irmãs dele! Deixo aqui a informação para que possa ser corroborada ou refutada!

Bento Vollet e Maria (Frey) Hilsdorf estão enterrados em Rio Claro no cemitério municipal (A VER), cidade à qual eles e sua família sempre foram associados, mas não podemos esquecer Santa cruz da Conceição!! 

Os filhos do casal Maria Hilsdorf e Bento Vollet localizados: Segundo os Vollet, na figura de seu descendente prof. Valdemar Tadeu Vollet, o casal teve 7 filhos, um deles sendo Elisa (tia Lisica), que se casou com um Hilsdorf, de modo que era Hilsdorf Vollet pelos pais e novamente Hilsdorf pelo casamento. Elisa e seu marido também tiveram 7 filhos: Maria (Mariquinha), Joaquim, José, João, Francisco, Beatriz (Beata) e Antonio. Localizamos outros nomes que alteram e completam essa lista, e vamos apresentá-los a seguir:

1.–José [Hilsdorf] Vollet (*c. 10-12-1876 -+?): em RCL, Livro de Batismos de out 1877 a set 1881, imagem 10, registro em 6-1-1877, do batizado de José, de 27 dias, filho de Bento Vollet e Maria Vollet, sendo padrinhos como era praxe, João Vollet e sua mulher Elisabeth [também chamada Isabel] Vollet, ou seja, avós paternos do bebê. Aliás, não é uma datação ruim para um primogênito desconhecido da família, considerando que o casamento dos pais ocorreu em fins de 1875.

Não se fala desse José, mas temos alguns dados sobre ele. Achamos o registro do seu segundo casamento em 1918, nos seguintes termos: em RCL, Livro de Matrimônios de maio 1916 a out 1919, imagem 99-100, em 8-6-1918, sendo testemunhas José Gomes Gerais e José Pereira Callado, casamento de José Vollet e Maria José Dias, ele de 41 anos, filho de Bento Vollet e de Maria Helisdorf Vollet (+), e viúvo de Elisa Adriana Vollet; ela com 30 anos, solteira, portuguesa, filha de José Dias Cardoso e Maria Pereira Dias. Localizamos ainda o registro de batismo de um filho do novo casal José e Maria José, nos seguintes termos: em 16-11-1919 ocorreu o batizado de Vicente de Paula  *11-10-1919, filho de José Voleth sic e Maria José Dias, sendo padrinhos José Dias e Maria Coelho Dias, provavelmente os avós maternos, por invocação de São José e Nossa Senhora Apparecida (em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 201).

Esse registro permitiu a identificação das figuras que aparecem em RCl, Livro de Óbitos de junho 1907 a maio de 1917, imagem 46, aos 16-2-1911, faleceu ontem e foi sepultada hoje no CM de Rio Claro, Maria de Lourdes Volette, com 60 dias, filha de José e Eliza Volette, causa mortis: intestino. Tudo sic em um livro difícil, com páginas queimadas por iluminação excessiva, mas possivelmente trata-se do óbito de uma filha do primeiro casamento de José com Elisa, da qual não sabemos o sobrenome de solteira; a esse evento teria se sucedido por hipótese o óbito da mãe e em seguida o casamento com Maria José. Pelo registro, o pai de José, Bento, ainda vivia em 1918. Enfim, José Gomes Gerais, um dos padrinhos do casamento de José e Maria José, era casado desde 1904 com Margarida Hilsdorf, uma das tias maternas do noivo, ou seja, irmã da Maria Hilsdorf Vollet, a mãe já falecida desse José Vollet em pauta.

Recentemente localizado, este registro de apadrinhamento pode bem se referir a esse José [Hilsdorf] Vollet e sua primeira esposa, fazendo um pequeno exercício de imaginação: em RCL, Livro de Batismos de jan 1909 a fev 1910, imagem 24, em 9-5-1909 foi batizado José, de 3 meses, filho de Christiano Kener e Anna Hener sic, sendo padrinhos José Wollet sic e Elisa Edwirgens Wollet, nome mais provável da esposa do que o anacrônico Adriana. Corroborado pela localização em RCL, Livro de Batismos de fev 1909 a jan de 1910, imgem 64, do batizado em 2-10-1909 de Luzía Maria, *24-9-1909, filha de José Vollet e Elízia Edwirges Vollet, sendo padrinhos Jorge Helisdorf e Maria Helisdorf Baumgartem, tios distantes da bebê (na verdade Jorge sendo irmão do avô paterno João Hilsdorf de José Hilsdorf Vollet). E finalmente, a localização (em junho de 2021), do assento de nascimento daquela filha Maria de Lourdes: em RCL, Livro de Batismos de maio de 1910 a maio a 1911, imagem 105, em 25-12-1910 batizado de Maria de Lourdes, de 10 dias, filha de José Wollet e Elísia Edwirges Wollet sic, sendo padrinhos os avós paternos Bento Vollet e Maria [Hilsdorf] Vollet.

E por último localizamos na pesquisa o primeiro casamento de José e temos agora a identificação da sua noiva Elisa Edwirges, que nos surpreendeu com o sobrenome Hilsdorf: em 31-10-1908, sendo testemunhas Geraldo Rufalo e Jorge Hilsdorf, casamento de José Wollet e Eliza Edwirges Hilsdorf, ele de 31 anos, filho primogêmito de Bento Vollete e Maria [Hilsdorf]Vollet, natural de Rio Claro, mas não morador da cidade, e ela de 22 anos, filha de Jorge Hilsdorf e Maria [Baungartner] Hilsdorf, natural e residente em Rio Claro, registro em RCL, Livro de Matrimônios de jan 1908 a jan 1910, imagem 39. Isso significa que os 3 primeiros filhos do casal Bento Vollet e Maria Hilsdorf Vollet (José, Margarida e Elisa) tinham se casado com 3 filhos do casal Jorge Hilsdorf e Maria Baungartner Hilsdorf (Eliza Edwirges, José e Valentim), primos segundos, pois Maria era sobrinha de Jorge.

Resumindo rapidamente a cronologia de José [Hilsdorf] Vollet: nascido em 1877, batizado em 1878, casado em 1908 com Elisa Edwirges Hilsdorf, padrinho de batismo com Elisa em 1909, pais das filhas Luzia Maria (*1909) e Maria de Lourdes (*c.1910-+1911), e segundo casamento com Maria José Dias em 1918, com quem teve o filho Vicente de Paula em 1919.

2.–Margarida [Hilsdorf] Vollet (*c.27-6-1878 – +?): Margarida tem o mesmo nome da avó materna, Margarida Frey Hilsdorf, mãe de sua mãe Maria [Frey Hilsdorf] Vollet. Seu assento de batismo foi revelado recentemente, em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de out de 1876 a julho de 1884, imagem 13: batismo em 21-7-1878, de Margarida, de 25 dias, filha de Bento Folet/Jolet e Maria Folet/Jolet, mas sabemos que = Vollet, sendo padrinhos João Cristtoll e Margarida Cristoll, mas sabemos que = Hilsdorf, estes, avós maternos da bebê. O texto termina com a expressão “todos desta paróquia”, indicando como dito acima, que a cerimônia pode ter ocorrido no lugar de residência dos pais, no caso Leme, onde os Hilsdorf estavam circulando. No caso: o padre “simplificou” o registro ou temos que entender ao pé da letra que João e Margarida Hilsdorf e a filha Maria e seu marido Bento Vollet estavam morando na pequena vila e a eles logo se juntaram Martinho e sua mulher Sophia, vindos de Piracicaba?

Achei de Margarida o que presumo seja um apadrinhamento quando ainda solteira, como era praxe entre os pioneiros de Ibicaba e seus descendentes, acompanhando o pai: batizado em 6-2-1897 (pelo RCL, Livro de batismos de março de 1897 a junho 1899, imagem 8), de Lucia, *13-12-1896, filha de Fortunato Ventura e Clemencia da Conceição, sendo padrinhos Bento Vollet e Margarida Maria Vollet.

Casada em 1898 com José [Baungartner] Hilsdorf, um primo da sua mãe [Maria Frey Hilsdorf], filho de Jorge Hilsdorf, o ferreiro e Maria Baungartner, este irmão de João Hilsdorf, pai de Maria. Margarida era assim, Frey Hilsdorf pela mãe Maria, Vollet pelo pai Bento, e novamente Hilsdorf pelo casamento com José: em RCL, Livro de matrimônios de junho 1892 a maio 1900, imagem 145, em 8-10-1898, casamento de Margarida Maria Vollet, solteira, filha de Bento Vollet e Maria Hellisdorfe Vollet com José Hellisdorf, solteiro, filho de Jorge Hellisdorfe e Maria [sabemos que é Baungartner] Helisdorf, sendo testemunhas Joaquim Hellisdorf e Martinho Hummel. Mais endogâmico impossível: Margarida Maria era neta e seu noivo José sobrinho de João Hilsdorf; provavelmente Joaquim era um tio, irmão da mãe dela Maria, e Martinho, sogro de outro tio dela, Jorge Hilsdorf, primo de José e de Margarida. Casada em 1898 com José [Baungartner] Hilsdorf, um primo de sua mãe [Maria Frey Hilsdorf] filho de Jorge Hilsdorf, o ferreiro e Maria Baungartner, ele irmão do pai de Maria. Margarida era Frey Hilsdorf pela mãe Maria, Vollet pelo pai Bento, e novamente Hilsdorf pelo casamento com José.

José e Margarida tiveram 9 filhos:

Maria Alzira (*26-8-1899 – ??): localizei o registro de batismo desta filha Maria Alzira, como segue: em RCL, Livro de Batismos de junho 1899 a abril 1901, imagem 30, batizado na matriz da cidade em 3-9-1899 de Maria Alzira, *26-8-1899, filha de José Hellisdorf e Margarida Hellisdorf (sic), sendo padrinhos Bento Vollette e sua mulher Maria Vollette, ou seja, os pais de Margarida e avós maternos da bebê, todos desta paróquia. A data de nascimento faz dela a primogênita dos filhos sobreviventes de José e Margarida.

José Hilsdorf Filho (*c, 4-2-1901 – +?): temos registro de seu batismo, em RCL, Livro de Batismos de junho de 1899 a abril 1901, imagem 190, em 12-2-10901, de José, de 9 dias, fiho de José Hilsdorf e Margarida Wollet, sendo padrinhos [os mesmos] Jorge Helisdorf e Maria Baungartner, ou seja, os avo paternos do bebê;

Geraldo (*3-5-1902 – ??): bem recentemente encontramos o registro de batismo deste filho, em 10-5-1902, Geraldo, *3-5-1902, sendo pais José Helisdorf e Margarida Helisdorf, sendo padrinhos Valentim Hilsdorf e Elisa Volet (sic), provavelmente representantes ele da família da avó materna (Maria Hilsdorf) e ela idem do avô materno do bebê (Bento Vollet);

Sebastiana V. Hilsdorf (*30-3-1907 – ??): localizado o registro de batismo em RCL Livro de Batismos de agosto 1906 a maio de 1907, imagem 99), com batizado em 31-3-1907, de Sebastiana, filha de José Helisdorf e D. Margarida Helesdorf, sendo padrinhos Rodolfo Marzeake sic e D. Catharina Marziake que sabemos são o cunhado e sua mulher, irmã de Margarida, mãe da bebê. Rodolfo e Catharina se casaram em 1903, e também tiveram uma filha Sebastiana, em 1906, da qual José e Margarida foram justamente os padrinhos de batismo: em RCL, Livro de Batismos de nov 1905 a agosto 1906, imagem 78, José e Margarida Hilsdorf foram padrinhos do batismo em 11-3-1906 da sobrinha Sebastiana *19-1-1906, filha de Rodolpho Marsliak sic e Maria Catharina, uma das irmãs de Margarida;

Narcisa;

Hilário;

Sylvio (*c.22-4-1911): registro do batismo em 13-5-1911 de Sylvio, de 22 dias, filho de José Helisdolf e Margarida Helisdorf, sendo padrinhos Francisco e Sophia Lubenche sic, mas sabemos que são Francisco e Sophia Launbstein, cunhado e irmã de Margarida (em RCL, Livro de Batismos de maio de 1910 a maio de 1911, imagem 162-63), padrinhos os quais, no mesmo dia e provavelmente na mesma cerimônia, tiveram a filha Luíza de 2 meses, batizada pelo casal José e Margarida como padrinhos e assim estão registrados na imagem 163, contígua;

Celso V. Hilsdorf (*5-7-1914): registro do batismo em 6-7-1914 de Celso *nascido ontem, portanto 5-7-1914, filho de José Helesdolf e Margarida Helesdolf, residentes nesta, sendo padrinhos Joaquim Jorge Vollete e Elisa Helisdolf (em RCL, Livro de Batismos de junho 1914 a junho 1916, imagem 9);

Lucindo;

Geraldina Aparecida (*c. 1911 – +1986, em Piracicaba, já viúva), casada com o primo Ermo Fischer, com quem teve 2 filhos: Geraldo Ermo Fischer (*21-12-1.947), casado em 12-10-1.968 com Ivone Sperandio (*3-8-1949), que tiveram 1 filha: Fabiana Cristina (*8-8-1972); e Sebastião B. Fischer. Geraldina faleceu em +1986, com 75 anos, em Piracicaba, onde residia à rua Rafael Aloise (parente do Ronaldo Aloise Pilli, meu cunhado), no. 726 (dados tirados de necrológio em recorte de jornal, s.i.).

Margarida e José foram padrinhos de uma irmã mais nova dela: em RCL, Livro de batismos de junho de 1899 a abril de 1900, imagem 97, batizado em 18-3-1900 de Itelvina Eulália, de 18 dias, sendo pais Bento Vollette e dona Maria Vollette e padrinhos José Hilsdorf e sua mulher dona Margarida Helsdorf, todos desta, tudo sic. Esta posição de madrinha combina com a posição dela de uma das crianças mais velhas de Bento e Maria.

OUTRO:– em RC, Livro de Batismos de nov 1905 a agosto 1906, imagem 78, José e Margarida Hilsdorf foram padrinhos de batismos em 11-3-1906 da sobrinha Sebastiana, *19-1-1906, filha de Rodolpho Marsliak sic e Maria Catharina, irmã de Margarida.

OUTRO:–Margarida e José foram também (em RCL, Livro de batismos de maio 1907 a fev 1909, imagem 128) padrinhos de batismo em 6-9-1908, do sobrinho Octávio, nascido em 18-8-1908, filho de Valentim Helisdorff e Eliza Helisdorf, sic irmã de Margarida.

OUTRO:–registro do batismo em 13-5-1911 de Sylvio, de 22 dias, filho de José Helisdolf e Margarida Helisdorf, sendo padrinhos Francisco e Sophia Lubenche sic, mas sabemos que são Francisco e Sophia Launbstein, cunhado e irmã de Margarida (em RCL, Livro de Batismos de maio de 1910 a maio de 1911, imagem 162-63), padrinhos os quais, no mesmo dia e provavelmente na mesma cerimônia, tiveram a filha Luíza de 2 meses, batizada pelo casal José e Margarida Hilsdorf como padrinhos, e assim estão registrados na imagem 163, contígua. 

3.–Elisa (*c. 1881 ou 82 – ??): localizada pelo seu registro de casamento em RCL, Livro de Matrimônios de maio 1900 a janeiro 1908, imagem 69: em 4-2-1903 os irmãos José e João Hilsdorf testemunharam o casamento de [outro irmão] Valentim Hilsdorf, de 29 anos, natural e morador da paróquia, filho de Jorge Hilsdorf e Maria Beaumechemer (sic, mas sabemos que é Baungartner), com Elisa [Hilsdorf] Vollet, de 21 anos, natural e moradora da paróquia, filha de Bento Vollet e Maria Hilsdorf Vollet. Houve “dispensa de impedimento de 3º. Grau de sanguinidade” (sic, o correto é consanguinidade), visto que o pai de Valentim era tio paterno da mãe da noiva, ou seja, o pai de Valentim e o avô de sua noiva eram irmãos. O que o registro não diz é que o irmão e testemunha José [Hilsdorf] Baungartner já era casado com Margarida, uma irmã da noiva Elisa. Esse casal Margarida e José foi apresentado acima. As duas noivas Margarida e Elisa eram assim Hilsdorf Vollet pelos pais e novamente Baungartner Hilsdorf pelo casamento!

Complementando então o histórico familiar do descendente do casal, Prof. Valdemar Vollet, já citado: Elisa (de apelido tia Lisica) e Valentim Hilsdorfnome desconhecido deles, tiveram os filhos: Maria (Mariquinha); Joaquim; José; João; Francisco; Beatriz (ou Beata); e Antonio (*1886-?), casado com ?, pais por sua vez de Antonio Vollet Filho e Antenor Vollet (de quem o prof. Valdemar Tadeu Vollet é filho), dos quais ainda não localizamos documentação para eles, e Octávio, nome não conhecido da família, que identificamos a seguir:

Filhos documentados de Elisa e Valentim: 

–em RCL, Livro de Batismos de março de 1903 a março de 1905, imagem 89, temos em 2-2-1904 o batizado de Maria, *4-1-1904, filha de Valentim Hilsdorf e Elisa Vollet Hilsdorf, sendo padrinhos Bento Vollet e Maria Hilsdorf, ou seja, os avós maternos, a madrinha dando seu nome à primogênita do novo casal;

–em RCL, Livro de batismos de maio 1907 a fev 1909, imagem 128, temos registro de batismo em 6-9-1908, de Octávio, *18-8-1908, filho de Valentim Helisdorff e Eliza Helisdorf, sendo padrinhos José e Margarida Helisdorf, tios maternos do bebê.

Elisa e seu marido Valentim sendo padrinhos:

–em RCL, Livro de Batismos de março de 1903 a março de 1905, imagem 7: em 27-3-1903 batismo de Braulio José, filho de pais brasileiros, sem indicação de idade, sendo padrinhos Valentim Hilsdorf e Eliza Vollet, já casados.

OUTRO:–em RCL, Livro de batismos de março de 1903 a março de 1905, imagem 67, em 21-11-1903 temos o batismo de Carolina, *26-9-1903, filha de pais brasileiros de sobrenome Lima, sendo madrinha possível e provável Elisa Helisdolf acompanhada de Felício Caran/Carvan;

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de março de 1903 a março de 1905, imagem 124, temos em 12-6-1904 o batismo de João de 32 dias, sendo os pais um casal de brasileiros e padrinhos Valemtin Helisdolf e Eliza Helisdolf, tudo sic;

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de março de 1903 a março de 1905, imagem 144, temos em 20-8-1904, o batizado de Luiz de 10 dias, filho de Marcos Mackei e Maria Ferreira da Silva, e padrinhos Valentim Hilsdorf e Eliza Vollet;

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1906 a maio 1907, imagem 141-42: em 12-7-1907 temos registro de batismo de Sílvio, *10-6-1907, filho de Rodorpho Marzalialto e Catharina Marzelia, sendo padrinhos Valentim Helisdorhrf e Eliza Helisdorhrf sic, mas sabemos que se trata de Rodolfo cunhado e Maria Catharina, irmã de Elisa. A ligação das irmãs era próxima, pois Valentim foi testemunha do casamento de Catharina e Rodolfo, em 1903. A identificação de Catharina abaixo revela que ela e Rodolfo tiveram outra filha, Sebastiana.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1906 a maio 1907, imagem 141-42, em 13-7-1907 temos registro de batismo de Sílvio, *10-6-1907, filho de pais italianos, sendo padrinhos Valentim Helisdohf e Eliza Helisdohf sic. Não sei se este registro é coincidência ou cópia por erro do anterior!

Elisa seria a mesma Maria localizada muito recentemente no seguinte assento de batismo? O ano de nascimento funde as duas crianças numa possível Maria Elisa; outro argumento é que essa família gosta de nomes duplos. Assim, o documento vai transcrito, pois a filha é real, mas ainda sem numeração, para evitar a duplicidade, até prova em contrário: em Santa Cruz da Conceição, Livro de batismos de out de 1876 a julho de 1884, imagem 46, em 28-8-1881 deu-se o batizado de Maria, de 20 dias, filha de Bento Vollet e Maria Vollet, sendo padrinhos o casal João Guiger e Catharina Guiger. Esta era uma das irmãs de Bento Vollet, ambos filhos de João Vollet e Isabel Borg, companheiros dos Hilsdorf desde os tempos Pioneiros de Ibicaba, como já dissemos acima; seu marido, na ocasião do casamento em 1877 foi identificado como João Ginger, “freguês de Pìrassununga”. E onde morava o casal agora, em 1881? E os demais? Teriam vindo de Rio Claro apenas para o batizado, ou pais e padrinhos também tinham virado “lemenses”?

E uma última observação: certamente como agradecimento pelo batismo da filha Maria, Bento e Maria Vollet também apadrinharam na mesma data, talvez na mesma cerimônia, o batismo de Lidia, filha natural de Rita, com 10 dias (em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de out 1876 a julho de 1884, imagem 46).

Recentemente, tivemos acesso ao seguinte registro de óbito que pensamos ser desse Valentim em pauta: em RCL, Livro de Óbitos de junho 1907 a maio de 1917, imagem 19, “aos 5-2-1909 faleceu ontem e foi sepultado hoje no CM de Rio Claro, Valentim Helisdorf, casado”, sem registro da causa mortis. O texto lacunar não ajuda muito, mas por dedução pensamos que tendo se casado aos 29 anos em 1903, Valentim teria nascido c. 1873, como diz o registro de batismo (estaria próximo de fazer 30 anos), e falecido prematuramente, aos c. 35-36 anos. O argumento para essa atribuição vem do fato que não encontramos mais documentação para Valentim após esse ano de 1909, seja na condição de pai, seja na de padrinho. Vimos que o casal Elisa e Valentim teve apenas 2 filhos documentados, nascidos em 1904 e 1908, sendo que a descendência relatada pelos familiares, na verdade, parece corresponder a irmãos/primos de Elisa! Aguardando melhores explicações.

4.–Sophia [Hilsdorf] Vollet (*c.15-6-1883 – +??): temos o registo de batizado em 9-7-1883, de Sophia, com 25 dias, filha de Bento Vollet e Maria [Hilsdorf] Vollet, sendo padrinhos Jorge Isdolf e Sophia Hilsdolf, provavelmente os irmãos da mãe Maria e tios maternos da bebê (em RCL, Livro de Batismos de jan 1883 a julho de 1886, imagem 35). Por hipótese, parece ser desta Sophia o registro de batismo de um filho: em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1906 a maio de 1907, imagem 41, batismo em 1-11-1906 de José Francisco, de 35 dias, filho de Francisco José Lebsnaset e sua mulher D. Sophia Vollet Lubaneheta sic, “sendo padrinhos Bento Vollet e D. Maria H. Vollet”. Este registro merece comentários: à época, na sua maior parte, os nomes femininos registrados são precedidos de Dona e muitos são acompanhados do sobrenome familiar, ainda que como aqui, timidamente, anunciado só pela inicial; evidentemente o sobrenome dos pais é “inventado”, o correto parecendo ser Laubstein, muito conhecido na cidade; e enfim, os padrinhos Bento Vollet e Maria Hilsdorf Vollet dão sentido ao batizando como um neto, por meio da filha Sophia, mãe aos c. 23 anos. Localizamos outro filho para o casal, na verdade uma filha: Luíza, de 2 meses, batizada em 13-5-1911 pelos tios José e Margarida Hilsdorf, os quais na mesma ocasião tiveram o filho Sylvio, de 22 dias, batizado pela irmã Sophia e o cunhado Francisco Launbstein (em RCL, Livro de Batismos de maio de 1910 a maio de 1911, imagem 162 e 163).

5.–Maria Catharina [Hilsdorf] Vollet (*c. 1883 – +?): identificada pelo seu registro de casamento (em RCL, Livro de matrimônios de maio 1900 a janeiro 1908, imagem 77), em 27-6-1903, sendo testemunhas Valentim Hilsdorf e Luiz Felício de Souza, casamento de Rodolfo José Margliak sic, de 24 anos, austríaco, filho de José e Catharina Margliak com Maria Catharina Vollet, de 20 anos, filha de Bento Vollet e Maria [Hilsdorf] Vollet. Margliak é grafado de muitas maneiras, de modo que não temos segurança da versão correta; mas vamos manter esta quando usarmos a voz de narrador. 

Localizamos também filhos do casal:

–1) o filho primogênito, em RCL, Livro de Batismos de março de 1903 a março de 1905, imagem 144, de nome José, de 7 dias, batizado em 10-8-1904, sendo “pais Rodolfo Marzhiak e Maria Catharina, ele austríaco e ela brasileira”, sendo padrinhos Bento Vollet e Maria [Hilsdorf] Vollet, avós maternos, como era praxe para os primogênitos.

–2) uma filha em RC, Livro de Batismos de nov 1905 a agosto 1906, imagem 78, temos registro do batismo em 11-3-1906 de Sebastiana *19-1-1906, filha de Rodolpho Marsliak sic, e Maria Catharina, sendo padrinhos José Hilsdorf e Margarida Hilsdorf ou seja, a irmã mais velha Margarida Hilsdorf Vollet, casada com o primo José Hilsdorf, como vimos acima.

–3) em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1906 a maio 1907, imagem 141-42, temos em 12-7-1907 o registro de batismo de Sílvio, *10-6-1907, filho de Rodorpho Marzalialto e Catharina Marzelia, sendo padrinhos Valentim Helisdorhrf e Eliza Helisdorhrf, tudo sic, mas sabemos que se trata de Rodolfo Margliak, de Maria Catharina Vollet, da irmã desta Elisa Vollet e de seu marido Valentim Hilsdorf.

–4) em RCL, Livro de Batismos de junho a dez 1913, imagem 26, temos em 17-8-1913 o registro de batismo de Álvaro, *17-7-1913, filho de Rodolpho José Marsiglaçado???? e Maria Catharina, sendo padrinhos José Volete e Eliza Volete, tudo sic. Os padrinhos são provavelmente o irmão mais velho de Catharina, José Vollet e sua primeira esposa Elisa Edwirges, casal que já identificamos acima; se nossa hipótese está correta, este apadrinhamento que realizaram permite deslocar o falecimento desta para o período entre os anos 1913-1918.

–5) em RCL, Livro de batismos de fev 1909 a jan 1910, imagem 100, a filha Maria Apparecida, batizada em 17-1-1910, aos 3 de idade sic, filha de Rodolpho José e Catharina Wollete sic, sendo padrinhos Francisco José e Sophia Wollet,num registro só para iniciados, pois o escrivão (ou o pároco) só registrou o sobrenome conhecido Vollet, ignorando os demais estrangeiros: o pai era Rodolpho Margliak e o padrinho Francisco Laubstein, casado com a madrinha Sophia, outra das irmãs de Catharina.

–6) em RCL, Livro de batismos de dez 1917 a nov de 1920, imagem 52, batizado em 5-5-1918 de Aurea, *25-3-1918, filha de Rodolpho José Marsliack e Maria Catharina [Vollet] Marsliack, sic, sendo padrinhos Antonio Vollet e [Maria] Amélia de Souza Vollet, o irmão mais novo de Catharina, e sua mulher.

–7) em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 233, batizado em 17-2-1920 de Rodolpho, *2-1-1920, filho de Rodolpho Marziliak e Catharina Volette Marzliak sic, sendo padrinhos Joaquim Volette e Beatriz Volette, irmãos da mãe Catharina.

Encontramos apenas um apadrinhamento do casal Rodolpho e Maria Catharina: em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 223, batizado em 9-1-1920 de José [Ozório], *4-10-1919, filho de Sebastião Rigo e Delmira da Conceição, sendo padrinhos Rodolpho Marzhiak e Maria Catharina Volette.

Não sabemos se Maria Catharina era gêmea ou não da irmã acima, Sophia, mas, por hipótese, SIM, considerando as datas estimadas de nascimento de ambas: meados de junho de 1883. Vou deixar assim, aguardando a localização do seu assento de batismo.

[Na verdade, a data de batismo de Maria Catharina precisa de confirmação, mas há outros aspectos de sua vida para os quais encontramos documentação!! O contexto deles envolve a relação dos Vollet com os Souza. Pudemos perceber que o padrinho de casamento de Maria Catharina e Rodolfo, de nome Luiz Felício de Souza, orbitava ao redor da família Vollet desde 1892 quando, em Santa Cruz da Conceição, Bento Wollet e Maria Wollet foram padrinhos em 12-3-1892, do batizado de Luís, nascido em 31-1-1892, filho de Luiz Felício de Sousa e Catharina Wollet de Sousa (em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 137); e 1895, quando ele batizara (em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1893 a abril de 1895, imagem 93) em 16-2-1895, outra Catharina Vollet, *22-1-1895, esta filha de Luís Follet e Anna/Mariana Wolf, Luís sendo irmão mais novo do Bento Vollet. Como era tradição, o nome da bebê era homenagem à madrinha, de nome… Catharina Vollet, a qual ainda não conseguimos identificar melhor, mas presumida como esposa de Luiz Felício. Depois, duplamente em 1900, quando participou de 2 evento dos Vollet-Souza. Em 21-7-1900 foi testemunha de casamento de Jorge Vollet, outro irmão de Bento Vollet e Luis Vollet, em RCL, Livro de Matrimônios de maio 1900 a janeiro 1908, imagem 13, sendo testemunhas Luís Felix [Felício] de Sousa e Júlio Stein, num caso de cultus disparitas: casamento de Jorge Vollet, de 30 anos, portanto *c. 1870, filho de João Vollet e Isabel Vollet; com Catharina Paulina Barthmann, de 24 anos, protestante, filha de Luís Frederico Barthamnn (+) e Paulina Augusta Barthmann; ambos naturais e fregueses desta paróquia. E em 31-10-1900, quando ele e Catharina batizaram a própria filha Thereza, aos 25 dias, sendo padrinhos os mesmos Luiz Wolet e Anna [Wolf] Wolet (em RCL, Livro de batismo de junho 1899 a abril 1901, imagem 164). Corroboramos que Catharina Vollet era sua mulher, mas não sabemos ainda quem é ela na famíia Vollet. Em 1903 Luiz Felício foi testemunha do casamento de Maria Catharina e Rodolfo, como já dissemos. Outra vez, em 1907, quando Luiz Felício de Souza e Catharina Vollet casam sua outra filha Maria Elisa Vollet de Souza (em RCL, Livro de Matrimônios de maio 1900 a janeiro 1908, imagem 173): em 20-4-1907, casamento de Maria Elisa Vollet de Souza, aos 17-18 anos, *c.1889-90, com João Brümiller??, de 25 anos, ambos naturais da paróquia de RCL, sendo testemunhas João Portz e Luís Loletto, sic, mas certamente o amigo Luís Vollet! Em 1908, temos (em RCL, Livro de Batismos de maio 1907 a fev 1909, imagem 81) o batizado em 28-5-1908 da possível primogênita de João Brunelli sic e Maria Eliza de Souza, a bebê Maria Amélia [sem data de nascimento], sendo padrinhos justamente os avós maternos Luiz Felício de Souza e Catharina Vollet de Souza. Nesse mesmo ano os Vollet e os Souza voltam a se cruzar com o casal Luís Vollette e Mariana [Wolf] Volletts sic apadrinhando em 9-2-1908 o bebê Mário, *1-2-1908, filho de José Eloÿ de Souza e Luíza de Souza (em RCL, Livro de Batismos de maio 1907 a fev 1909, imagem 43). É interessante perceber que este casal também era Vollet-Souza, o que fica claro no registro de batismo em 8-1-1910, de outro filho, João, de 21 dias, sendo padrinhos um casal brasileiro de sobrenome Arruda Camargo, e pais explicitados como José Eloÿ de Souza e Luíza Vollet de Souza (em RCL, Livro de Batismos de fev 1909 a jan 1910, imagem 97). Todos esses personagens se encontram no casamento de outra Wolf-Vollet com um Souza: em RCL, Livro de Matrimônios de jan de 1910 a fev 1912, imagem 93-94, temos em 25-11-1911, na matriz local, sendo testemunhas do ato João Wolf Filho e Eloÿ de Souza, representantes das duas famílias dos contraentes, o casamento de José Feliciano de Souza Sobrinho e Maria Gilberta? Silvestre? [este segundo nome indecifrável], ele de 22 anos, filho de Luiz Feliciano de Souza (+) e Catharina Vollet de Souza, e ela também de 22 anos, filha de Luiz Vollet e Marianna Volf Vollet. Nossa hipótese é que a Luíza Vollet acima também era filha de Luiz e Marianna Vollet e irmã de Maria Gilberta? Silvestre? Em RCL, Livro de Batismos de maio a nov 1912, imagem 84, em 5-10-1912 foi localizado o batismo de Jorge Eloÿ *14-9-1912, filho de pais brasileiros, sendo padrinhos o já citado Eloÿ de Souza e Olÿmpia Maria de Souza].

6.–Antonio [Hilsdorf] Vollet (*24-5-1886 – +?): pelo registro de batizado em 13-6-1886, de Antonio (nasc a 24-5-1886), filho de Bento Volletti e Maria [Hilsdorf] Volletti (sic, mas é Vollet), sendo padrinhos Martinho Hilsdorf e sua mulher Sophia, irmão e cunhada da mãe Maria (em RCL, Livro de Batismos de jan 1883 a julho de 1886, imagem 207). Os padrinhos estavam morando em Rio Claro, ou continuavam em Leme, tendo viajado apenas para o batizado? Esse Antonio se casou em 1913 e localizamos o respectivo registro: em RCL, Livro de Matrimônios de fev 1912 a fev 1914, imagem 65, temos o casamento em 19-4-1913 de Antonio Vollet e Maria de Souza, ele filho de Bento Vollet e Maria Hilsdorf Vollet, natural de Rio Claro, com 26 anos de idade, e ela filha de Luiz Felicio de Souza e Catharina Vollet de Souza, natural de Rio Claro, com 19 anos. As testemunhas foram José Felício de Souza Sobrinho, irmão da noiva, e Roberto Marghist sic, o cunhado de Antonio, casado com a irmã deste Maria Catharina Vollet. De todos eles falamos acima. A noiva é uma outra filha do casal Luiz e Catharina, inédita, nascida em 1894, em mais um evento que mostra que os laços entre Vollet e Souza se mantiveram através das décadas! Pois não é que encontramos também o registro de batismo do primogênito do casal Antonio e Maria de Souza??

1) – Em RCL, Livro de Batismos de junho de 1914 a junho de 1916, imagem 4, temos em 13-6-1914, dia comemorativo de Santo Antonio de Pádua, o batismo de Antonio, *14-4-1914, filho de Antonio Vollet e de Maria de Souza, sendo padrinhos os avós maternos Luiz Felício de Souza e Catharina [Vollet] de Souza. Se Maria de Souza tem um segundo nome, Amélia, é desse casal Antonio e Maria Amélia o registro de batismo de outro filho:

2) – localizado em RCL, Livro de Batismos de junho 1916 a dez de 1917, imagem 5, batismo em 24-6-1916 de Antenor, *5-5-1916, filho de Antonio Wolete e Amelia de Souza Wolette, sendo padrinhos os avós paternos, nossos conhecidos Bento Wollete e Maria Helisdorfe Wollet, tudo sic, mas sabemos que os sobrenomes corretos são Vollet e Hilsdorf. Antonio e Antenor são, respectivamente, pai e tio do prof. Vollet, já mencionado neste Anexo.

[Enfim, atualizando a apresentação acima da família Souza temos Luiz Felício de Souza casado em ?? com Catharina Vollet e pais pelo menos dos filhos Luís (1892), José Sobrinho (1889), Maria Elisa (1889 ou 90), José Eloÿ (c.1889), Maria Amélia (c.1894) e Thereza (1900), conectados fortemente portanto aos Vollet por casamento (as esposas de José Sobrinho e José Eloy sendo inclusive irmãs Wolf-Vollet e o marido de Maria Amélia, primo delas), e por intermédio destes aos Hilsdorf e aos Wolf].

7.–Joaquim [Hilsdorf] Vollet (*c. 24-3-1888 – +?): pelo registro de batismo em 31-5-1888, de Joaquim de 68 dias, filho de Bento Vollet e Maria [Hilsdorf] Vollet, lavradores, sendo padrinhos Joaquim Hilsdof (sic, e só ele apesar do plural), que era provavelmente outro irmão de Maria nascido em 14-6-1867, em RCL, ambos filhos de João Hilsdorf e Margarida Frey (em RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889 imagem 117). Não encontramos outros registros deste Joaquim de 1888 exceto este que apresentamos a seguir: por hipótese, é Magdalena Baumgartner Hilsdorf, filha de Jorge Hilsdorf e Maria Baumgartner, designada novamente como Helena Hisltorf sic que em companhia do primo Joaquim Vollet, o filho de Bento Vollet e Maria Hilsdorf Vollet de quem falamos, que batizam em …dia ilegível, talvez 13-8-1905, o bebê Benedicto/a, * 28-5-1905, filho/a de Pedro e Benedicta de Oliveira, “sendo padrinhos Joaquim Vollet e Helena Hisltorf” (em RCL, Livro de Batismos de nov 1905 a agosto 1906, imagem 23-24).

8.–João Eufrosino [Hilsdorf] Vollet (*20-9-1890 – +?): localizado em RCL, Livro de Batizados de fev de 1890 a maio 1891, imagem 107, batizado em 2-11-1890, de João Eufrosino, nascido em 20-9-1890, filho de Bento Vollet e Maria [Hilsdorf] Vollet, sendo padrinhos João Hilsdorf e Helena Hilsdorf, ou seja, o avô e uma tia do lado materno do bebê. Localizamos também o seu casamento, em 1-9-1920, na matriz local: de João Eufrosino Vollet, com 29 anos, natural de RCL, filho de Bento Vollet da falecida Maria Helisdorf Vollet, com Christina Mass, de 26 anos, natural de Leme, filha de Roberto e Emília Mass, sendo testemunhas José Gomes Gerais e Francisco Lubanck? (em RCL, Livro de Matrimônios de out 1919 a janeiro de 1921, imagem 35). José Gerais era casado com Margarida, uma irmã mais nova da mãe de João Eufrosino (Maria Hilsdorf Vollet), portanto, tio indireto deste. Francisco parece ser o marido da irmã de João E., Sophia. Como vimos acontecer em outros casos semelhantes, Christina Mass se batizou na religião católica pouco antes do seu casamento: o evento (gratuito) ocorreu na casa paroquial de Rio Claro, em 23-8-1920, com o batismo de Christina Mass de 26 ano de idade, filha de Roberto Mass e Emília Mass, sendo padrinhos o cônego Francisco Botti e Sophia Volleti, a cunhada cujo marido será uma das testemunhas do casamento (em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 282).

João Eufrosino deve ter mantido contactos próximos com os parentes maternos Hilsdorf, de Leme, pois são os familiares desse núcleo que são associados ao seu nome, além do que ele se casou com uma garota de família lemense, como podemos ver acima.

Apadrinhamentos:

–como era praxe no seu grupo cultural, ele tomou um afilhado antes do casamento, e a madrinha que o acompanhou era provavelmente outra de suas irmãs, Elísia Vollet, já viúva do marido Valentim Hilsdorf, como vimos acima: em RCL, Livro de Batismos de junho de 1914 a junho de 1916, imagem 229, em 23-4-1916 temos batizado de José, *26-2-1916, filho de pais de sobrenome Vizinnhani, sendo padrinhos João E.[ufrosino] Vollete e Elísia Heslisdorf, tudo sic.

OUTRO:–os irmãos voltam a se unir para o apadrinhamento do filho de uma prima mais distante, do ramo Fischer: em RCL, Livro de Batismos de junho de 1916 a dez 1917, imagem 65-66, em 3-12-1916 batizado de Alcides, *10-9-1916, filho de Ignácio Mergulhão e Anna [Fischer] Mergulhão, sendo padrinhos João E.[ufrosino] Volete e Elízia V.[ollet] Helisdorf, tudo sic.

OUTRO:e também estão juntos em: RCL, Livro de Batismos de junho de 1916 a dez de 1917, imagem 139-140, em 20-5-1917, batizado de Hozório *20-2-1917, filho de Sebastião Rigo e Delminda da Conceição Rigo, sendo padrinhos João E. [ufrosino] Vollete e Elisa V.[ollete) Helisdorf, tudo sic.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de junho de 1916 a dez de 1917, imagem 164, batizado de Clarisse, *10-4-1917, filha de José Gomes Geraes e Margarida Helesdorf Geraes batizada em 29-7-1917, sendo padrinhos João Eufrosino Volette e Helena Helesdorf, onde Volette = Vollet e Helesdorf = Hilsdorf. Margarida era uma das irmãs mais novas de Maria Hilsdorf Vollet, mãe do padrinho Eufrosino, e provavelmente, mas ainda sem corroboração, Helena era outra irmã de Maria e Margarida. Enfim, os irmãos Hilsdorf eram todos tios paternos de meu pai, Mario Hilsdorf.

9.–Pedro [Hilsdorf] Vollet (*30-11-1893 – +?): localizado em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batizados de jan de 1893 a fev de 1898, imagem 28, batizado em 4-12-1893, de Pedro, nascido em 30-11-1893, filho de Bento Wollet e Maria [Hilsdorf] Wollet sic, sendo padrinhos João Hilsdorf e d. Elisa Dohm, ou seja, o avô materno e sua filha, tia do bebê, casada com João Dohm.

10.–Francisco [Hilsdorf] Vollet (bat. 11-3-1895 – +?): localizado em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batizados de jan de 1893 a fev de 1898, imagem 62: batizado em 11-3-1895, “na capela do Leme, filial desta paróqui…,” de Francisco, sem indicação de idade, filho de Bento Vollet e Maria Hilsoldef ou Hilsoldorf sic, sendo padrinhos Valentim Hilsoldorf e Anna Hilsoldorf sic, nomes quase ilegíveis, mas ainda identificáveis como irmãos mais novos de Maria, nascidos, respectivamente, em 1870 e 1872, e portanto tios do bebê. Temos apenas um apadrinhamento de Francisco, aos c. 17 ou 18 anos de idade: Francisco Kretele sic e João Calau Filho são testemunhas em 20-7-1912, do casamento de Antonio Bueno de Oliveira e Verônica Schinette, ambos de 22 anos, ele filho de Luís B. de Oliveira e Gertrudes Leopoldina da Conceição e ela filha de Henrique Schinetti e Christina Brüscke (em RCL, Livro de Matrimônios de fev de 1912 a fev de 1914, imagem 25). O sobrenome de Verônica foi escrito italianizado, mas não tenho certeza disso, pelo contrário pode ser o alemão Schmidt. Aguardando provas.

11.–Itelvina Eulália (*c. 1-3-1900 – +10-11-1907). Localizada em RCL, Livro de batismos de junho de 1899 a abril de 1900, imagem 97, batizado em 18-3-1900 de Itelvina Eulália, de 18 dias, sendo pais Bento Vollette e dona Maria Vollette e padrinhos José Hilsdorf e sua mulher dona Margarida Helsdorf, todos desta, Margarida sendo a irmã mais velha da bebê e José, seu marido. Por hipótese: Lolla seria o apelido de Itelvina Eulália? Temos ainda o seu registro de óbito/sepultamento: em RCL, Livro de Óbitos de junho 1907 a maio de 1917, imagem 7, “aos 10-11-1907 faleceu hoje e foi sepultada no CM de Rio Claro, Ethelvina, filha de Bento Vollet e Maria H.[ilsdorf] Vollet” [causa da morte: em branco ou bronco, não consegui entender]. Livro de leitura difícil, digitalização precária, não temos segurança de muitas datas e termos.

12.--Beatriz (*c.10-8-1905 – +?). Localizada com a entrada Beatriz Volete em RCL, Livro de batismos de nov 1905 a agosto 1906, imagem 35: batismo na Matriz de Rio Claro em 10-9-1905 de Beatriz, com 30 dias, sendo pais Bento Volette e D. Maria Volete e padrinhos Valentim Hilsderosf e Eliza Hesderersf, tudo sic, ele cunhado e ela sua mulher e irmã mais velha da bebê. Beatriz teria por apelido Beata, segundo a família.

Bento e Maria sendo padrinhos: –pelo RCL, Livro de Batismos abril 1873 a out 1876, imagem 52-53, aos c. de 17 anos, MARIA inicia talvez suas obrigações sociais sendo madrinha ao lado do pai João Hilsdorf, do batizado em 17-3-1874, na Matriz local, da bebê Maria de 10 dias de idade, filha do casal João e Magdalena Chelbli, sendo que a bebê leva o nome da madrinha. OUTRO: –pelo RCL, Livro de Batismos de jan 1883 a julho de 1886, imagem 98, em 4-10-1884, Bento Vollet e sua mulher Maria [Frey Hilsdorf] Vollet são padrinhos do bebê brasileiro Bento (nasc em 11-9-1884).

–pelo RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889, imagem 19, em 31-10-1886, Bento Vollet e Maria Vollet são padrinhos do batizado de Manoel de 7 meses, filho de lavradores brasileiros.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 68, em 15-12-1889, “Bento Belleti e sua mulher Maria Bolleti”, que lemos como Bento Vollet e sua mulher Maria [Frey Hilsdorf] Vollet, considerando o contexto, são padrinhos do bebê Augusto (nasc em 20-11-1889), filho de Martinho Hilsdorf e Sophia Hilsdorf, portanto, um sobrinho. A fórmula final, “todos desta paróquia”, era uma simplificação da situação familiar, ou incluía o casal Bento e Maria, fosse porque residissem em Leme fosse porque tivessem suas fazendas de café na região de Santa Cruz?

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 129: “Frei Mansueto sob minha licença batizou solenemente em 1-11-1891, Maria Christina, nascida aos 4-10-1891, filha de João Dhom e Elisa Dhom, sendo padrinhos Bento e Maria Wollets”, tudo sic, mas sabemos que Dhom = Dohm e Wollets = Vollet. Mãe e madrinha da bebê eram irmãs, ambas Hilsdorf em solteiras. O vigário que deu a autorização era o padre Pedro Alves Vaz Pinto.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 137, temos em 12-3-1892, o batizado de Luís, nascido em 31-1-1892, filho de Luiz Felício de Sousa e Catharina Wollet de Sousa, sendo padrinhos Bento Wollet e Maria Wollet. Ainda não conseguimos definir a situação familiar dos pais.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 101, temos em 13-8-1892, o batizado de Catharina, nascida em 22-7-1892, filha de pais brasileiros, sendo padrinhos Bento e Maria Wollets, que sabemos são Bento Vollet e sua mulher Maria Hilsdorf Vollet.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de junho a dez de 1913, imagem 32, em 1-9-1913 ocorre o batismo de Maria [do Carmo], de 52 dias, filha de João Helesdolpho e Maria Brochado Helesdolpho, sendo padrinhos os tios Bento Volet e Maria Helesdolpho Wolet, cerimônia que uniu portanto a filha mais velha de João Hilsdorf e Margarida Frëy (Maria Hilsdorf Vollet) e o filho mais novo (João Hilsdorf)!

I.1.3. Filha ELIZA HILSDORF (*c. 1859 ou 1860 – ?). Comprovada em 1876: RCL, Livro de Batismos abril 1873 a out 1876, imagem 173, diz que aos 28-3-1876, na Matriz de RCL, João Hilsdorf e SUA FILHA ELISA Hilsdorf foram padrinhos de batismo da filha de um casal de brasileiros (Margarida, de 25 dias). Se em 1876, Elisa tinha idade para assumir as responsabilidades de madrinha de batismo, a sua data de nascimento precisa ser antecipada para a década de 1860 ou até antes, para o final da década de 1850, e sua posição na ordem dos filhos de João e Margarida também precisa ser alterada para um dos primeiros lugares. Ainda não temos nenhuma comprovação a respeito, mas uma dedução foi feita a partir da idade anotada no registro do seu casamento, abaixo: 27/28 anos em 1887, o que daria *c.1859-60, sendo bem posicionada entre a irmã Maria, de *1857, e o irmão Jorge, abaixo, de *1861!

Casada com JOÃO DHOM pelo relato familiar, comprovado pela localização (em RCL, Livro de matrimônios de maio 1885 a fev 1888, imagem 95), em 26-11-1887, c. 5 horas da tarde, na matriz local, do casamento de João Dohon (sic) e Eliza Hilsdorf, ele solteiro, de vinte e ?? (ilegível), alemão, filho de Urbano Dohon e Gertrude ???; ela solteira, natural de RCL, de  27 ou 28 (ilegível) anos (o que daria *c. 1860/1859, conforme apresentamos na hipótese acima!), filha de João Hilisdorf e Margarida Frey. Foram testemunhas Conrado Hebling e João Vollete (sic), aquele familiar próximo, provavelmente um tio, e este sogro da irmã Maria Hilsdorf Vollet, como vimos, alternativamente um cunhado: João Vollet Jr.

Também pelo relato familiar tiveram duas crianças. Uma delas foi confirmada quando pela internet achei documentação a respeito dos Dhom no “Almanaque Laemmert para 1908”: João Dhom e Filho tinham em 1907/8 estabelecimento comercial à Rua Senador Euzébio, 67, no Rio de Janeiro, sendo que a respectiva fábrica estava instalada em Rodeio (na EF Central do Brasil). Outro documento esclarece mais sobre esse filho: registro do seu casamento em 24-9-1910 no RJ (11º. Circunscrição), em nome de Francisco Dhom, de 23 anos (*c. 1887/88- +?), solteiro, filho legítimo de João Dhom e Eliza Dhom [não diz se ainda vivos ou falecidos] empregado no comércio, natural do interior do Estado de S.P, morador na Rua Teixeira Pinto no. 94 no RJ, com Lucélia da Silva Costa, de 16 anos (*c. 1894-??), solteira, filha legítima de Domingos da Costa e Silva e Maria Clara Domas, natural do RJ; pelo regime de comunhão de bens. Sendo testemunhas (que assinam o registro) Joaquim Maria Moreira Guimarães, casado, brasileiro com 37? anos, cirurgião-dentista, e Carlos Kirch, alemão, com 24 anos, solteiro, residente à Rua Frei Caneca, no. 229, todos no RJ. Reafirmado: se o filho tem 23 anos em 1910, seria nascido em c.1887/88 e a mãe em c. 1860 o que condiz com a sua condição de madrinha em 1876 e noiva em 1887 aos 27 ou 28 anos…

Encontrei pela internet outra Eliza Dhom (*23-7-1912 e +2-3-1990), mas dificilmente seria filha de João e Eliza, pois neste caso seria nascida 25 anos após o irmão. É mais provável que seja a neta, filha do casal Lucélia Costa e Silva e Francisco Dhom, casados em 1910, levando o nome da avó paterna (Eliza Hilsdorf Dhom). A neta Elisa se casou com João Augusto Bernardes (*4-2-1892, em PT – e +falecido em Conselheiro Lafayette, MG em ??), e foram pais de 8 filhos: Herondina; Helenita c/c ?? Prates; Lourdes c/c ?? Espada; Enedina c/c ?? Nascimento; João Augusto Bernardes Júnior; ? c/c ?? da Silveira; Renato; e Elizabeth (1943-2007).

Encontrei, porém, outros filhos para Eliza Hilsdorf e João Dhom além do primogênito:

I.1.3.1-Francisco [Hilsdorf] Dhom (*2-12-1888-+?), confirmado, pois, recentemente foi localizado o registro de batismo do filho Francisco (em RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889 imagem 171) em 9-12-1888, portanto data dentro do proposto acima, batizado de Francisco, de 7 dias, filho de João Dhom e Elisa [Hilsdorf] Dhom, alemães, sendo padrinhos Joaquim Hilsdorf e Suphia (sic) Hilsdorf, certamente os irmãos de Elisa: Joaquim, nasc. em 1867, e Sophia, nasc. em 1863. Casado em 1910 com Lucelia da Silva Costa, foram pais de:

I.1.3.1.1-Eliza Dhom c/c. João Augusto Bernardes (*4-2-1892, em PT – e +falecido em Conselheiro Lafayette, MG em ??), e foram pais de 8 filhos: Herondina; Helenita c/c ?? Prates; Lourdes c/c ?? Espada; Enedina c/c ?? Nascimento; João Augusto Bernardes Júnior; ? c/c ?? da Silveira; Renato; e Elizabeth (1943-2007).

I.1.3.2-João Batista [Hilsdorf] Dohm (*23-2-1890-+?), confirmado recentemente com a localização de seu registro de batismo em 23-3-1890 (em RCL, Livro de batismos de fev 1890 a maio 1891, imagem 22), nascido em 23-2-1890, filho de João Dohm e Elisa Helisdorf Dohm, sendo padrinhos João Helsdorf e Margarida Helisdorf, ou seja, os avós maternos.

I.1.3.3-Maria Christina [Hilsdorf] Dohm (*4-10-1891-+?), confirmada pelo seu registro de batismo em 1-11-1891 (em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dez de 1892, imagem 129): “Frei Mansueto sob minha licença batizou solenemente Maria Christina, nascida aos 4-10-1891, filha de João Dhom e Elisa Dhom, sendo padrinhos Bento e Maria [Hilsdorf] Wollets”, tudo sic, mas sabemos que Dhom = Dohm e Wollets = Vollet. A madrinha Maria era irmã mais velha de Elisa. O vigário que deu a autorização era o padre Pedro Alves Vaz Pinto.

I.1.3.4-Jorge [Hilsdorf] Dohm (*27-9-1893-+?), confirmada pelo seu registro de batismo em 22-10-1893 (em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1893 a fev de 1898, imagem 26): Jorge, nascido aos 27-9-1893, filho de João Dhom e d. Elisa Dhom, sendo padrinhsos Jorge Hoch e d. Margarida [Freÿ/Frei] Hilsdorf, avó materna do bebê.

João Dhom e Eliza Hilsdorf padrinhos:

–No início de 1888, pouco após o casamento em novembro de 1887, Elisa Hilsdorf e João Dhom apadrinharam o batismo de um filho do casal Martinho Hilsdorf e Sophia H. Hebling Hilsdorf (em RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889 imagem 94): registro em 19-2-1888 do batizado de João, de 1 mês e 23 dias, filho de Martinho Hilsdrof e Sophia Hilsdrof sic, sendo padrinhos João Dhom e sua mulher Elisia sic Dhom, sendo que ele dá seu nome ao afilhado, também sobrinho. Na genealogia dos pais do bebê, este aparece como João Bonamy.

OUTRO:–Localizamos (em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dezembro de 1892, imagem 151), em 1-5-1889, o batizado na matriz local, de João, nascido aos 17-4-1889, sendo filho de Júlio Bohom e Sophia Bohom, “sendo padrinhos João Dohm e sua mulher Elisa Dohm”. Documento que sugere um erro de grafia no nome do pai do bebê, que corrigido, torna o pai e padrinho, parentes.

OUTRO:–Em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1887 a dezembro de 1892, imagem 154, em 2-11-1892, batizado na matriz local, de Alfredo, nascido aos 16-10-1892, filho de pais italianos, sendo padrinhos João Dhom e sua mulher d. Elisa Dohm sic.

OUTRO:–Em Santa Cruz da Conceição, Livro de Batismos de jan de 1893 a fev de 1898, imagem 10, em 7-4-1893, batizado na matriz local, de Elisa, nascida aos 19-2-1893, filha de Guilherme Carlsen e Felisbina Frei, “sendo padrinhos Jon Dhom e sua mulher dona Elisa Dhm, desta paróquia.”. Sabemos que esta também era Freÿ, na ascendência da linha materna: teriam parentesco? A madrinha Elisa dá seu nome á afilhada Elisa.

I.1.4. Filho JORGE (FREY) HILSDORF (*c. 24-5-1861, em RCL e + 13-7-1934, em Leme), meu avô paterno, filho de João Hilsdorf e Margarida Freÿ, Pioneiros de Ibicaba. Pelos relatos familiares Jorge seria o 9o. filho do casal, mas isso não se sustenta, pois o Livro de Batismos de RCL, abril de 1857 a maio de 1865, imagem 95, diz que [foi] em 2-6-1861 na Matriz RCL o batizado de JORGE “de dés dias” (10 dias), filho de João Hilsdorf e Margarida Freÿ, sendo padrinhos Jorge Hilsdorf e Helena ??. sobrenome ilegível, acabei optando por Hilsdorf. Jorge, nascido em 1861, deve ser inserido portanto, na ordem cronológica dos nascimentos entre as irmãs Maria (1857), Elisa (1859-1860), e Sophia (1863). Jorge, o padrinho, é certamente o tio paterno (*c.1844 – +1921), conhecido como “Jorge/Jorginho, o ferrador”, que deu o nome ao sobrinho-afilhado, e Helena, a madrinha, poderia ser a Elena arrolada na genealogia de Martin Hilsdorf como uma de suas filhas, irmã de Jorge e portanto, também tia-madrinha do bebê. A grafia do registro não ajuda, mas optamos finalmente por essa hipótese.

Dados replicados no seu AO (Cartório de Leme, registrado no Livro de Óbitos no. C-12, folhas 163, termo no. 1132), onde se diz que Jorge Hilsdorf faleceu em 13-7-1934, c. uma hora, na casa da rua Dr. Luiz Piza, sem número, branco, lavrador, proprietário, casado, com 75 anos, natural de Rio Claro, filho de João Hilsdorf e Margarida Hilsdorf, naturais da Alemanha, já falecidos. O atestado médico foi assinado pelo Dr. René Albers. Causa da morte: Epithelioma da face, E.L.Cachexia E. O declarante foi José Garcia Simões, que assina também como testemunha, juntamente com Nicola Tavanieli, João Klein e o escrivão Frederico Hildebrand.

Enfim, há divergência entre o que os relatos familiares e os documentais propõem como as balizas cronológicas de Jorge: *1859 e +14-7-1934 segundo os familiares e *1861 e +13-7-1934 no segundo caso. Informações de que nosso avô Jorge Hilsdorf em 1873 (com 12 anos!) era fundidor em RCL, em 1897 era ferreiro e em 1895 era membro da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, também são equivocadas, devendo ser atribuídas ao tio dele, Jorge, casado com Maria Baumgartner, que apresentamos em genealogia própria. A qualificação profissional deste foi confirmada no “Almanaque do T.A. Molina” (ed.1872), que diz que existia em Rio Claro um Jorge Hilsdorf funileiro, instalado na rua Formosa [e um João Helsdorf [Hilsdorf] fazendeiro de café, seu irmão], e não pode ser aplicada ao nosso avô, jovem demais para integrar uma lista de “profissionais proprietários”.

O AO não esclarece, mas Jorge era casado desde 1888, em RCL com CHRISTINA HÜMMEL (*20-10-1869 em RCL, SP e +1-12-1963 em Leme, SP), batizada em Rio Claro em 31-10-1869, filha de Martinho Hümmel (Filho) e Maria Madalena Hümmel, sabemos que Wolf de solteira. Fiz um Anexo próprio para esta família Wolf.

Mais recentemente, localizamos o registro de casamento de Jorge e Christina (em RCL, Livro de matrimônios de fev 1888 a junho de 1892, imagem 59-60), feito pelo vigário colado Elisiário Paulino Bueno, dizendo que: em 27-10-1888, na matriz local, às 18:00 horas, sendo testemunhas Jorge Hebling e Jacob Germann, ocorreu o casamento de Jorge Helisdorf, de 28 anos, filho legítimo de João Helisdorf e Margarida Helisdorf; com Christina Hümmel, de 19 anos, filha legítima de Martinho Hummel e Magdalena Hummel; ambos naturais e fregueses da paróquia. O registro grafa Helisdorf para Hilsdorf e Hummel para Hümmel. A data de 27-10 foi bastante concorrida, pois na matriz se realizaram outros casamentos, um às 9:00 horas, e 5 outros às 11 hs da manhã. À noite, c. de 20:00, mais outro aconteceu na Igreja da Santa Casa de Misericórdia da cidade. Fiquei surpresa com os padrinhos: representam as respectivas famílias de origem do casal, mas de forma indireta, ainda que de convivência próxima. Jacob Germann refere provavelmente o marido de uma irmã da mãe da noiva, a tia e madrinha Christina Wolf, que lhe deu o nome no batizado, como vimos acima. Sabemos que Jacob e Christina se casaram em 1873, ocasião em que o pai de Christina Hümmel – Martinho Hümmel Filho – foi uma das testemunhas. Jorge Hebling, por sua vez, pode indicar o cunhado de uma tia do noivo, ou seja, o irmão mais novo de Conrado Hebling, casado desde 1862 com Yzabel Hilsdorf, irmã de João Hilsdorf, seu pai. Todos os citados eram moradores de Rio Claro, com exceção do casal Yzabel e Conrado, que viviam em Piracicaba. Sabemos que Adão Hebling, o irmão mais velho de Conrado Hebling e Jorge Hebling, também morador de RCL, tinha um filho nascido em 1867, com o nome do tio, Jorge Hebling, portanto seria um padrinho possível, porque mais próximo geracionalmente do noivo Jorge Hilsdorf, mas nossa hipótese vai para os padrinhos mais velhos, sendo escolhas não dos noivos, mas dos pais.

O retrato abaixo é conservado pela família como comemorativo do primeiro aniversário de casamento deles. A pose, tímida e carinhosa não é usual nos retratos de casais da época. Ela parece séria e confiante, com um olhar muito direto, apesar dos seus 20 anos. A foto seguinte, quando dos seus 80 anos, mostra a mesma disposição de ânimo!

O filho caçula (o vô Mário) confirmava essas datas e relatava que recém-casados foram de imediato para Leme, ainda um distrito de Pirassununga, onde fixaram residência, abrindo uma “Padaria e Confeitaria Alemã”. Nada sabemos desse período, mas ficou na família a fama de ótimas doceiras da mãe Christina e suas filhas Olívia e Margarida – que eu ainda pude comprovar como uma realidade! Depois de outros empreendimentos, finalizaram a compra de um sítio nas bordas da cidade de Leme, sede das reuniões da família durante quatro gerações. Suas lembranças foram transformadas num pequeno artigo publicado no jornal local (“O Município”, 4-4-1976), contando um pouco da história da chácara que Jorge e Christina acabaram por adquirir em Leme, e como a propriedade foi utilizada não só para a subsistência da família, mas também, para beneficiar o desenvolvimento da própria cidade, com a cessão de terras para a abertura de lotes e vias de trânsito etc.

Hoje em dia, vejo esse padrão de vida como uma tentativa de prolongamento na 3ª. geração (o neto Jorge Hilsdorf) daquele modelo das vilas alemãs que parece ter estado no horizonte dos pioneiros de Ibicaba, vindos ao Brasil cerca de 50 anos antes (Martin e seu filho João Hilsdorf): o civis/cidadão urbano proprietário de um certo saber-fazer que também era um negócio (padeiro, coureiro, dono de restaurante), e ao mesmo tempo pequeno agricultor, chacareiro…. Já as gerações posteriores viveram/vivem esse ideal apenas como nostalgia.

E quanto ao (neto) Martinho e sua mulher, Sophia, que recuperamos também morando e trabalhando em Leme: estavam ligados à mesma propriedade, ao mesmo modo de vida? Deles nada sabemos….

Jorge e Christina tiveram em Leme os seus 13 filhos:

==I.1.3.1-MARTINHO HUMMEL HILSDORF casado com Emilia Castilho Rivera

==I.1.3.2-MARGARIDA (MATIA) HILSDORF casada com João Dagnone

==I.1.3.3-GUILHERMINA (MINA) HILSDORF casada com Conrado Hebling

==I.1.3.4-OLÍVIA HILSDORF, solteira

==I.1.3.5-JOSÉ HUMMEL HILSDORF, casado com Olga Fadul

==I.1.3.6-AUGUSTO HILSDORF, casado com Ana Paulina Hubner

==I.1.3.7-MARIA HILSDORF, casada com Salvador Muoio

==I.1.3.8-WALDOMIRO HILSDORF, casado com Maria Rosa Lustri

==I.1.3.9-SYLVIO HILSDORF, casado com Emília Dagnone

==I.1.3.10-ANTONIO HILSDORF, casado com Lúcia Moraes

==I.1.3.11-PEDRO HILSDORF, casado com Eliza Beta Lustri

==I.1.3.12-JORGE HILSDORF JUNIOR, casado com Maria Coelho

==I.1.3.13-MÁRIO HILSDORF, casado com Nair Spedo.

Vemos que o mais velho leva o nome do avô materno (Martin Hümmel) e a primeira filha o nome da avó paterna (Margarida Freÿ), e diferentemente do acontecido com os demais, ambos foram registrados no Livro de batismo da matriz de Santa Cruz da Conceição. Já explicamos acima a razão: talvez o casal estivesse olhando as terras da região e permaneceu nessa cidade até finalizar o negócio, mas, provavelmente, foi porque a igreja de Leme, onde moravam, na condição de Capela Curada, podia fazer suas cerimônias, mas não tinha autonomia para registrá-los em livros próprios. Assim, até meados de 1896, quando Leme teve matriz, estes eram lançados nos livros da sede paroquial, Santa Cruz. 

A descendencia detalhada de Jorge e Cristina é apresentada em arquivo próprio, ao final deste texto, que apenas pretende situar o casal como filho e nora de João Hilsdorf e Margarida Freÿ.

Seja em Leme seja em Santa Cruz, encontramos registros de batizados nos quais Jorge Hilsdorf e Christina Hümmel foram padrinhos:

–em Santa Cruz da Conceição, Livro de batismos de jan de 1893 a fev de 1898, imagem 58, batizado em 23-1-1894 de Maria, nascida em 22-11-1893, filha de pais italianos, sendo padrinhos Jorge e D. Christina Hilsdorf.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de batismos de jan de 1893 a fev de 1898, imagem 46, batizado em 25-8-1894 de Maria, nascida em 2-3-1894, filha de pais italianos, sendo padrinhos Jorge e d. Christina Hilsdorf.

OUTRO:–em Leme, Livro de Batismos out 1895 a julho 1904, imagem 74, batizado na Matriz em 14-10-1899 de Januário, nascido em 19-9-1899, filho de Eduardo Keller e Izabel ? ilegível (Vastl? Vasth?), sendo padrinhos Jorge Helisdorf e dona Christina Helisdorf. Este apadrinhamento merece um destaque, pois o sobrenome da mãe, incompreensível, foi finalmente lido como Vitzel/Witsel, o que auxiliou a própria identificação dos pais [e vice-versa, claro!]: casados em 1874 (ela filha de Conrado Witzel e Catharina Hilsdorf Witzel), foram pais pelo menos desse filho Januário em 1899 e da Maria em 1892 (com ouros padrinhos). Mas, extrapolando, entendemos que o batizado foi também uma demonstração de amizade entre primos, pois o padrinho Jorge Hilsdorf era filho de João Hilsdorf, irmão de Catharina Hilsdorf Witzel, mãe de Isabel. Ou seja, a mãe do bebê e o padrinho dele eram primos diretos e da mesma geração, ele nascido em 1861 e ela um pouco antes, em 1856, e devem ter convivido bastante quando jovens em Rio Claro, onde as famílias moravam e mantinham laços estreitos, que eram renovados agora, como adultos e chefes de família.

OUTRO:–em Leme, Livro de Batismos out 1895 a julho 1904, imagem 122, batizado na Matriz, em 26-6-1901, de Austragésila, nascida em 20-5-1901, filha de Bernardino Pinto da Silva e Maria Cecília das Mercês, “sendo padrinhos Jorge Helisdorf e sua senhora dona Christina Helisdorf, todos desta paróquia”.

OUTRO:–em Leme, Livro de Batismos out 1895 a julho 1904, imagem 126, batizado na Matriz em 15-9-1901 de Maria, nascida em 1-9-1901, filha de Sebastião Teixeira Pinto e Anna Pinto, sendo padrinhos Jorge Helesdorf e Christina Helisdorf sic.

OUTRO:–em Leme, Livro de Batismos out 1895 a julho 1904, imagem 196, temos dois registros para o mesmo dia, não sei se na mesma hora: batizado na Matriz, em 6-3-1904 de Narcizo, nascido em 28-1-1904, filho de Américo Lupisano?? e Ermínia Monte, sendo padrinhos Jorge Helisdorf e dona Christina Helisdorf; e idem, batizado na Matriz, em 6-3-1904 de Sebastiana, nascida em 24-2-1904, filha de Arthur Walter e Maria Leme Walter, sendo padrinhos Jorge Helisdorf e dona Christina Helisdorf.

OUTRO: –em Leme, Livro de Batismos de agosto 1912 a out 1913, imagem 79, temos o registro em 21-6-1913, do batismo do sobrinho Mauro, na igreja Matriz de Leme, nascido em 9-5-1913, filho de Adão Caprets (sic, mas o correto é Kapretz) e Maria Hummel Caprets, residentes nesta paróquia de Leme, pelo vigário Padre Francisco Bartholomeu, sendo padrinhos Jorge Hilsdorf e Christina Hilsdorf. Pais e padrinhos são cunhados, sendo Cristina irmã de Maria Hümmel Kapretz. Jorge e Cristina moravam em Leme, mas não estou segura se Adão e Maria também. Talvez o padre quisesse simplificar o registro… Quem escreveu era péssimo, grafou os sobrenomes sem perguntar, começou Maria Humhel e escreveu por cima Hummel, e escreveu Kapretz como Caprets. Só acertou o sobrenome Hilsdorf!. Na coluna Obs. do próprio registro de batismo, na margem do livro, está escrito: “Aos 12-2-1980 com c. de 67 anos de idade, casou na Igreja matriz de S. João Batista de RCL, com Ezelinda Pinhatti Bortolin, de 53 anos, filha de Antonio Bortolin e Luíza Pinhatti, sendo testemunhas Anselmo Luíz Caprets e Dimas Bortolin”.

OUTRO: –em Leme, Livro de Batismos junho 1918 a dez de 1920, imagem 4, batizado na Matriz, em 9-11-1918, de Frederico, nascido em 26-6 ou 20-5-1918 ilegível, filho de Frederico Kock e de Ida Gunther Kock, pelo vigário Padre Bartholomeu Julião, sendo padrinhos Jorge Hilisdorf e Christina Hilisdorf Hümmel sic.

OUTRO: –em Leme, Livro de Batismos de junho 1918 a dezembro 1920, imagem 71, em 20-9-1919 registra-se o batismo de José, na igreja Matriz de Leme, nascido aos 8-8-1919, filho de João Danone (sic, o correto é Dagnone) e Margarida Ilsdorf ou Hisdorf (muito confuso) Danone, pelo vigário Padre B. Julião. Foram padrinhos Jorge e Christina Hisdorf sic, pais de Margarida Hilsdorf Dagnone (conhecida como Matia) e avós de José, primeiro filho do novo casal.

I.1.5. Filha SOFIA HILSDORF (*c. 1-7-1863 – +?). Pelo RCL, Livro de Batismos abril 1857 a maio 1865, imagem 154, ficou registrado o batizado em 10-7-1863, de uma Sofia, com 10 dias, portanto nascida a 1º.-7-1863, filha de João Hilstorf e Margarida Frei, sendo padrinhos Jorge Hilstorf e Sophia Hilstorf, sempre sic, todos desta paróquia. Ou seja, todos moravam em RCl ou nas redondezas da zona rural. Assinado pelo pároco João de Santa Cândida. Não temos outras informações sobre a bebê a não ser que recebeu o nome da tia-madrinha, Sophia. [Esta foi identificada na genealogia do Pioneiro Martin Hilsdorf como uma de suas filhas, casada em 30-4-1864 na Matriz de Santo Antonio em Piracicaba, com Felippe Hebling, filho de Justino Hebling e Anna Maria Kunz. Além de noivo, Felippe era também cunhado de Sophia, pois era irmão de dois outros irmãos Hebling casados com duas das outras irmãs de Sophia: Konrad Hebling, casado com Yzabel Hilsdorf e Valentim Hebling, casado com Konegundes Hilsdorf. Há relatos familiares de que ele faleceu prematuramente, em 1871, deixando Sophia com 2 filhas pequenas: Maria e Isabel. Talvez 3, se Elisa, localizada posteriormente, não for apelido de Isabel. A Sophia madrinha era ainda solteira na ocasião do batizado.]

Da bebê nascida em 1863 não restava nenhum traço até que recentemente, localizamos sua participação em 2 apadrinhamentos:

–1) no batizado de um sobrinho, Francisco Dhom (*c. 2-12-1888 – +?), o qual pelo registro de batismo (em RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889 imagem 171) ocorreu em 9-12-1888, sendo Francisco, de 7 dias, filho de João Dhom e Elisa [Hilsdorf] Dhom, alemães, com os padrinhos Joaquim Hilsdorf e Suphia (sic) Hilsdorf, certamente os irmãos de Elisa: Joaquim, nasc. em 1867, e Sophia, a nossa bebê nasc. em 1863;

OUTRO:–2) muitos anos depois, por hipótese, em outro batizado, acompanhada do irmão Joaquim: em RCL, Livro de Batismos de junho de 1914 a junho de 1916, imagem 29, em 11-10-1914 batizado de Amélia, de 2 meses de idade, filha de Jacob Baungartener e Catharina Hummel Baungartner, sendo padrinhos Joaquim Helisdorfe e Sophia Helisdorfe.

I.1.6. Filha MAGDALENA HILSDORF (*c. 9 ou 10-8-1865 – +?). Pelo RCL, Livro de Batismos de junho de 1865 a jan 1869, imagem 10, temos batizado em 20-8-1865 de Magdalena, de 11 dias, filha de “João Hilisdorf, digo Hilsdorf e Margarida Frei/Frai” (sic), sendo padrinhos Martinho Hilsdorf e Maria Magdalena Witsel, uma inédita manifestação do avô paterno Martin Hilsdorf, Pioneiro de Ibicaba, e sua neta Magdalena, filha primogênita da filha Catharina Hilsdorf, casada com Conrado Witzel e moradores em RCL, e irmã/cunhada de João/Margarida. Magdalena [Hilsdorf] Witzel, com c. de 15 anos de idade, dá assim o nome à prima-afilhada Magadalena [Frey] Hilsdorf (mas a própria madrinha Magdalena Witzel assim fora nomeada em homenagem a uma tia, irmã de sua mãe Catharina: Maria Magdalena Hilsdorf, casada com Martinho Fischer em 1851). Assinado pelo vigário João de Santa Cândida.

DUAS OBSERVAÇÕES: o sobrenome Hilisdorf está rasurado e corrigido no registro para Hilsdorf, e tenho certeza que a iniciativa foi de João, pois percebi marca semelhante em vários outros registros onde o seu nome aparece grafado (errado); por sua vez, em reprodução do assento de batismo veiculada na internet (Wikipedia), os nomes da mãe Margarida e da filha Magdalena aparecem como Margarida Tesi e Magdalena Tesi Hilsdorf, com Tesi no lugar de Frai/Freÿ, o que só serviu para confundir e travar a pesquisa. Enfim, outro caso em que sabemos mais da madrinha [Magdalena Witzel] que da afilhada [Magdalena Hilsdorf].

UMA HIPÓTESE: Essa Magdalena em pauta pode ter sido conhecida como Helena, o que explica a existência de uma Helena, mas não de uma Magdalena, nas listas de filhos que circulam na família! A verificar.

I.1.7. Filho JOAQUIM HILSDORF (*c. 14-6-1867 – ?, ainda vivia em 1914). Em RCL, Livro de Batismos de junho de 1865 a jan 1869, imagem 116, temos o batizado em 22-7-1867 de Joaquim, de 39 dias, filho de João Hilisdorf (sic) e Margarida Frai (sic), sendo padrinhos um casal de brasileiros, Joaquim Teixeira das Neves e sua mulher dona Carolina Braga das Neves. Solteiro, pelos relatos familiares.

Temos registro de seus apadrinhamentos:

–Aos 21 anos, esse Joaquim foi provavelmente o padrinho de batismo em 31-5-1888 do sobrinho Joaquim Vollet, com 68 dias (portanto nascido c. 24-3-1888), filho da irmã Maria [Frey Hilsdorf] Vollet e do cunhado Bento Vollet, pelo registro em RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889, imagem 117.

OUTRO:–Nesse mesmo ano foi padrinho do sobrinho Francisco Dhom, de 7 dias (em RCL, Livro de Batizados de junho de 1886 a abril 1889 imagem 171), batizado em 9-12-1888, filho de João Dhom e Elisa [Hilsdorf] Dhom alemães, sendo padrinhos Joaquim Hilsdorf e Suphia (sic) Hilsdorf, certamente os irmãos de Elisa: Joaquim, nasc. em 1867, este em pauta, e Sophia, nasc. em 1863.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de batismos de jan 1887 a dez de 1892, imagem 129, ocorre o batizado aos 8-12-1891, de Emílio, nascido a 8-9-1891, filho de Pedro de Oliveira e Benedicta da Conceição, “sendo padrinhos Joaquim Hilsdorf e [sua mãe] Margarida Hilsdorf, liberta”. Distração do escrivão, apesar da escrita muito limpa. Talvez a mãe seja a liberta, ou seja, ex-escrava Benedita, que já foi citada aqui em outras passagens associadas à família (ao próprio João Hilsdorf e ao filho Jorge, acima). Mais uma situação em que todos eram moradores da Estação do Leme, mas os atos eclesiásticos eram lançados nos livros paroquiais da cidade titular do livro.

OUTRO:–em Santa Cruz da Conceição, Livro de batismos de jan 1893 a fev de 1898, imagem 25, está registrado o batizado em 2-7-1893, de Maria, nascida aos 12-8-1893, filha de João e Josefina Sabbadini, sendo padrinhos Joaquim Hilsdorf e D. Magdalena Hilsdorf, provavelmente a irmã acima.

OUTRO:–poucos meses depois, a dupla de irmãos faz outro apadrinhamento: em 12-11-1893, de João, nascido em 2-10-1893, filho de Salvador e Joaquina Martins, sendo padrinhos Joaquim Hilsdorf e Maria Magdalena Hilsdorf (em Santa Cruz da Conceição, Livro de batismos de jan 1893 a fev de 1898, imagem 23), Este assento e o anterior confirmam a filha Magdalena/Maria Magdalena como real, a despeito da questão do nome.

OUTRO:–em 30-12-1900, juntamente com Elisa da Rocha apadrinham o batismo de Horminda, nascida em 2-12-1900, filha de Antonio de Campos Camargo e Lídia de Campos Camargo, todos paroquianos locais (em Leme, Livro de Batismos out 1895 a julho 1904, imagem 109). Não sabemos qual a relação de Joaquim com os pais e a madrinha.

OUTRO:–RCL, Livro de Batismos de junho 1914 a junho 1916, imagem 14, em 6-8-1914 batismo de Deolinda, com 40 e poucos dias, filha de Mario?? e Margarida Martins Duarte, sendo padrinhos Joaquim Helisdolf e sua irmã Sophia Helisdolf, sic.

OUTRO:–por hipótese é deste Joaquim acompanhado da irmã Sophia, o seguinte apadrinhamento, aos c. de 47 anos de idade: em RCL, Livro de Batismos de junho de 1914 a junho de 1916, imagem 29, em 11-10-1914 batizado de Amélia, de 2 meses de idade, filha de Jacob Baungartener e Catharina Hummel Baungartner, sendo padrinhos Joaquim Helisdorfe e Sophia Helisdorfe, familiares ao mesmo tempo de ambos os pais.

I.1.8. Filho JOÃO HILSDORF (*c. 12-4-1869 – +8-9-1869, sempre em RCL), RCL, Livro de Batismos, jan 1869 a março 1873, imagem 9, registra o batizado em 23-4-1869 de outro João, de 11 dias, nascido portanto em c. 12-4-1869, filho de João Halsdolf (sic) e Margarida Frais (sic), sendo padrinho Martinho Halsdolf (sic) por meio de seus procuradores Jorge Halsdolf e Elisa Halsdolf (sic). Na condição de avô do bebê e impossibilitado de comparecer, não sabemos a razão, Martin deu procuração aos filhos Jorge e Elisa, tios do bebê, ambos já casados moradores de Rio Claro, para representá-lo na cerimônia. O bebê não sobreviveu: pelo RCL, Livro de Óbitos, 1869 a 1875, imagem 4, João filho de João Hilisdolpho e Margarida Hilisdolpho (sic), faleceu em 8-9-1869, com 4 meses de idade, sendo sepultado no cemitério público local.

I.1.9. Filho VALENTIM HILSDORF (*c. 18-5-1870, em RCL -+?, ainda vivia em 1901). Em RCL, Livro de Batismos de jan 1869 a março de 1873, imagem 55, o padre Flamínio de Vasconcelos? registra o batizado na Matriz de RCL, em 24-6-1870, de um filho de João Hilsdolf sic e Margarida de Frei sic de nome VALENTIM, de 38 dias, portanto nascido c. 18-5-1870, sendo padrinhos Joana de Barros Penteado e Valentim Hopling/Hepling (sic), que leio como Hebling e não como Höfling ou outro similar, pois um Valentim Hebling era cunhado do pai do bebê, João Hilsdorf. Só conhecemos algo de Valentim pelos seus apadrinhamentos:

–em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1893 a abril de 1895, imagem 92-93, Valentim Hilsdorf, na ocasião do evento com c. 25 anos, acompanhado da irmã Maria Magdalena Hilsdorf, apadrinham em 14-2-1895 o bebê Anastácio, de 14 dias, filho de João Witzel e Gervina Witzel com quem teriam laços próximos, pois percebemos que o pai dos padrinhos (João Hilsdorf) era bastante companheiro dos avós do bebê (Catharina Hilsdorf Witzel e Conrado Wizel).

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de abril de 1901 a março 1903, imagem 28, em 29-6-1901, batizado de Guilhermina, de 28 dias, filha de Vicente e Ida Bauchaten [talvez Baungartner, pois o escrivão grafava o que ouvia], sendo padrinhos Valentim Helisdorf e Magdalena Helisdorfi, sua irmã.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de abril de 1901 a março 1903, imagem 28, em 8-12-1901, na matriz de Leme, no batizado do seu sobrinho Augusto Hilsdorf (*25-11-1.901 – +8-1-1927, sempre em Leme), um dos filhos de seu irmão Jorge Hilsdorf e a cunhada Christina Hümmel. A cerimônia teve como madrinha uma tia do lado materno do bebê, Maria Elisa Humel (sic), que nascida em 1875, portanto com c. 26 anos de idade, estava apta para ser madrinha em um batizado, mas não estamos seguros quanto ao nome, alternativamente, poderia ser Elisa Hilsdorf, tia paterna do bebê. Esse Valentim Hilsdorf está vivo em 1901, pois o reconhecemos aos 31 anos de idade (segundo Leme, Livro de Batismos out 1895 a julho 1904, imagem 134), como padrinho daqueles 2 eventos desse ano.

I.1.10. Filha ANNA BÁRBARA HILSDORF (*c.8-8-1872 – +?, ainda vivia em 1914). Em RCL, Livro de Batismos janeiro 1869 a março 1873, imagem 164, em 8-9-1872 na matriz de RCL registra-se batizado de Ana Bárbara, com 32 dias de idade, nascida portanto c. 8-8-1872, filha de João Ilisdorf (sic) e Margarida Frai (sic), sendo padrinhos Jorge Helisdorf e sua mulher Maria Helisdorf (sic). Assinado pelo Vigário Flamínio das N??. O padrinho Jorge (1844-1921) é tio paterno da bebê, já casado com Maria Baungarten segundo relatos familiares. Na internet localizei uma Margarida Fray casada com João Hydorf (sic), com filha Anna Barbosa (sic), batizada em Rio Claro em 8-9-1872: os nomes foram grafados incorretamente, mas sem dúvida é um resumo dos dados de Ana Bárbara Hilsdorf. Casada com Mário Galvão. Parece que tiveram só um filho, falecido cedo, não nomeado. Corroborado o casamento de Anna [sem o Bárbara do batismo] em Rio Claro, Livro de Matrimônios de jan de 1910 a fev de 1912, imagem 29, na igreja matriz local, em 16-7-1910, casamento de Mário Galvão e Anna Helisdorf, ele de 26 anos, filho de Antonio Moreira Galvão de Lima (+), e Benedicta Galvão de Lima, natural e residente em RCL, e ela também de 26 anos, filha de João Helisdorf (+) e Margarida Fraÿ Helisdorf, sendo testemunhas Henrique Reis e José Antonio Coelho Callado [se as datas estiveram certas, ela tinha 38 anos de idade e não como consta, mas não temos condições de explicar a grande discrepância, evidente mesmo com revisões].

Corroborado também o nascimento de uma criança: na verdade de uma filha, de nome Maria Josepha, *27-3-1913, batizada em Rio Claro em 11-5-1913, filha de Mário Galvão e Anna Haladolf, ou seja, Hilsdorf, moradores de Rio Claro, sendo padrinhos José Gomes Gerais e Margarida Halasdolfa, irmã e cunhado da mãe da bebê (em RCL, Livro de batismos de maio a junho de 1913, imagem 6).

Apadrinhamentos: Pouco antes do seu casamento, Anna pode ter cumprido a tradição de assumir um afilhado, na verdade dois, no seu caso. Somos autorizados a apresentar esta hipótese levando em conta as datas desses eventos, respectivamente 25-4-1910 e 5-6-1910 (apadrinhamentos) e 16-7-1910 (casamento). Na primeira cerimônia pode ter tido a companhia do irmão mais novo João, nascido em 1877, ou seja, com c. de 30 anos: em RCL, Livro de batismos de jan a maio de 1910, imagem 34, batismo em 25-4-1910 de Irnadir *19-2-1910, filha de Sebastião Alves de Godoy e Joanna Maria de Jesus, sendo padrinhos João Helesdorf e Anna Helesdorf sic; na segunda, a companhia do futuro marido: em RCL, Livro de Batismos de maio de 1910 a maio de 1911, imagem 12, batismo em 5-6-1910 de Antonio, *1-4-1910, filho de Conrado e Silvina Rosa Galvão, sendo padrinhos Mário Galvão e Anna Helisdorph sic.

OUTRO:–Anna Bárbara, aos c. 42 anos de idade, e seu marido Mário Galvão, estão registrados (em Leme, Livro de Batismos out 1913 a set 1915, imagem 23), como padrinhos de batismo do sobrinho paterno MARIO HILSDORF (o vô Mário), em 3-5-1914, na igreja Matriz de Leme, onde residiam o recém-nascido de 2 meses de idade (*4-3-1914), seus pais Jorge Hilsdorf e Cristina Hümmel Hilsdorf e demais filhos, seus irmãos. Não sei onde moravam na ocasião, Anna e seu marido, que deu seu nome ao afilhado, o último dos filhos do casal Jorge Hilsdorf e Cristina Hümmel, e que é meu pai.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 5, em 16-12-1917 batizado de Sebastião, *27-10-1917, filho de João Hilisdorf e Maria Brochado Helisdorf, sendo padrinhos Anna Helisdorf Galvão e seu marido Mário Galvão, o pai e a madrinha sendo irmãos.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 7, em 23-12-1917 batizado de Elízio, *28-10-1917, filho de Vicente Marolla e Antonia Marolli, sendo padrinhos Anna Helisdorf Galvão e Mário Galvão. A proximidade dos eventos sugere que os padrinhos não moravam na cidade de Rio Claro, mas vieram para os batizados.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de dez 1917 a nov 1920, imagem 98, em 19-10-1918 batizado de Mário, *12-10-1918, filho de Gaudência e Mária, mas os sobrenomes não foram reconhecidos, provavelmente italianos, sendo padrinhos Mário Galvão e Anna Helisdorf Galvão.

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de dez 1917 a nov 1920, imagem 100, em 27-10-1918 batizado de Maria da Conceição, *5-9-1918, filha de Santo Franco e Francesca Cotone, sendo padrinhos Mário Galvão e Anna Helisdorf Galvão.

I.1.11. Filha MARGARIDA HILSDORF (*c.15-1-1875, em Rio Claro – +?). Temos confirmação da data de seu nascimento pelo registro de batismo (em RCL, Livro de Batismos abril 1873 a out 1876, imagem 106), onde se diz que aos 20-2-1875, na Matriz de RCL, foi batizada Margarida, de 37 dias, filha de João Hilsdorf e Margarida Frayer (sic), sendo padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Helena Helisdorf (sic). Mais uma vez o escrevente/padre se enganou, ouvindo Helena no lugar de Maria Magdalena Hilsdorf, irmã, isso sim, de João Hilsdorf, e portanto, tia-madrinha da bebê, casada com Martinho Fischer desde o ano de 1851. Nesse ano de 1875, os pais da recém-nascida Margarida casaram a filha mais velha Maria, com Bento Vollet.

Outra informação documentada por esta pesquisa é o registro do seu casamento, localizado em RCL, Livro de Matrimônios de maio 1900 a janeiro 1908, imagem 110, sendo testemunhas o antigo amigo da família desde os tempos de IBICABA, José Adolpho Jonas, e Pedro da Silva Júnior: casamento em 29-10-1904 de José Gomes Gerais, de 21 anos, filho de Serafim Gomes Gerais e Maria Christina de Souza; com Margarida Hellisdorff (sic), de 25 anos, filha de João Hellisdorff e Margarida Freÿ Hellisdorff; ambos naturais e fregueses desta paróquia. Se as datas estão corretas, ela teria 29 anos, e não 25 como diz o registro de casamento.

Apadrinhamentos do casal: Em 16-1-1910 (em Leme, Livro de Batismos jan-1909 a fev 1910, imagem 37), Margarida e seu marido José Gomes Gerais seriam por sua vez, padrinhos de batismo de um sobrinho paterno, Pedro (*24-10-1909 – + 8-9-1968), filho do irmão Jorge Hilsdorf e sua mulher Christina Hümmel Hilsdorf, moradores de Leme.

OUTRO:–Idem da sobrinha Maria Josepha, *27-3-1913, batizada em Rio Claro em 11-5-1913, filha de Mario Galvão e Anna Haladolf, ou seja, Hilsdorf, moradores de Rio Claro, sendo padrinhos José Gomes Gerais e Margarida Halasdolfa, irmã e cunhado da mãe da bebê (em RCL, Livro de batismos de maio a junho de 1913, imagem 6).

OUTRO:–Em 8-12-1919 (em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov 1920, imagem 208), Margarida Helisdorf e seu marido José Gomes Gerais seriam por sua vez, padrinhos de batismo de Nelson, *23-11-1919, filho de Joaquim e Maria das Dores Mendes, todos desta paróquia (= Rio Claro).

Tenho foto da Margarida, muito parecida com suas sobrinhas Olívia e Margarida [Matia], filhas do irmão Jorge (meu avô paterno), das quais me recordo muito bem.

Pela narrativa familiar, Margarida Hilsdorf Gomes Gerais e José Gomes Gerais tiveram 3 filhos, mas as informações são muito confusas; na verdade, localizamos 5 nomes, todos documentados:

==I.1.10.1. ANTONIO (*21-5-1907 -?): localizamos o seu registro de batismo em 13-6-1907, sendo “filho de José Gomes Gerais e sua mulher D. Margarida Hilsdorf” nascido em 21-5-1907, sendo padrinhos Joaquim Anordi?? SIC, e Da. Nam?? Helisdorf, não identificados; em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1906 a maio de 1907, imagem 130). No estado atual da pesquisa penso que o padrinho é de fato Joaquim Arnold, que compartilhou outros eventos com o pai José Gomes Geraes, mas a madrinha ainda não foi identificada.

Poderia ser o citado pelos familiares ANTONIO CLARET, c/c Alzira ?, pais de 3 filhos não nomeados?

==I.1.10.2. ALICE (*16-5-1908 -?): localizamos seu registro de batismo em 6-6-1908 (em RCL, Livro de batismos de maio 1907 a fev 1909, imagem 83), filha de José Gomes Gerais e Margarida Helisdorf, sendo padrinhos Jorge Helisdorf Filho e Elizia Helisdorf, tudo sic, ao que parece estes primos de Margarida, filhos do tio paterno Jorge Hilsdorf, apelidado “o ferrador”, mas Eliza é de difícil identificação, por causa de homônimas.

==I.1.10.3. ALZIRA (*c.16-4-1910 – +2007), que dizem ter sido casada com Carlos Zoéga, da tradicional padaria Zoéga, de Rio Claro e mãe de 2 filhos. De fato, conheci nos anos 1950 e 1960 uma Alzira Zoéga, muito magrinha, silenciosa e discreta no atendimento, também muito parecida com a mãe Margarida da foto. Localizamos seu registro de batismo em 17-7-1910, em RCL, Livro de Batismos de maio 1910 a maio 1911, imagem 31, de Alzira, de 3 meses, filha de José Gomes Geraes e Margarida Helisdorf, sendo padrinhos o Cônego Francisco Botti, vigário da paróquia. e Sophia Helisdorf, provavelmente irmã de Margarida.

Uma nota sobre os parentes Zoéga: Guilherme Zoéga (*Suécia 14-10-1858 – +RC 18-5-1908, filho de Luís Zoega e Margaretha? Zoéga) emigrou em 1871 com o pai mais os irmãos Emílio e Carlos. Eram todos padeiros/confeiteiros de profissão. Guilherme teve com a primeira esposa Catharina Diehl Vollet um filho rioclarense com o mesmo nome do irmão, Carlos Zoéga. Um deles, o tio sueco ou o sobrinho rioclarense, mais provavelmente este, foi o proprietário da Padaria Zoéga de Rio Claro, com parentesco com os Hilsdorf por meio do casamento com Alzira Hilsdorf Gomes Gerais, uma filha ou neta de Margarida Hilsdorf Gomes Gerais, irmã de Jorge Hilsdorf, meu avô. Sobre o tio Carlos Zoéga, há um dado interessante (em RCL, Livro de Matrimônios, nov de 1872 a maio 1876, imagem 88): o seu casamento aos 27-6 ou 7-1876, na sacristia da Matriz de RCL, pois era protestante (filho de Christiano Luiz Zoéga e Margarida ilegível (Aexshuf/Aekshif???), com a católica Ricarda Molina de Barros Penteado, de Mogi-Mirim, filha de Maria José ??, sendo testemunhas Guilherme Plott ou Pott e Candido José de Souza Soares. Essa identificação fortalece a hipótese de que o sobrinho de mesmo nome, Carlos Zoéga, é que tenha mesmo se casado com Alzira Hilsdorf Gomes Gerais!

==I.1.10.4. CLARICE (*20-11-1911, em RCL – +?), pelo registro de seu batismo em 13-5-1912, de Clarice * 20-11-1911, filha de José Gomes Geraes e Margarida Helisdolfe Geraes sic, sendo padrinhos o irmão mais velho e a cunhada de Margarida: Jorge Helisdolf e Christina [Hummel] Helisdolf. Não deve ter sobrevivido, pois há outra filha desse nome, nascida em 1917.

==I.1.10.5. CLARISSE (*10-4-1917, em RCL – +14-9-2002, em Santos), pelo registro de seu batismo em RCL, Livro de Batismos de junho de 1916 a dez de 1917, imagem 164, batizado de Clarisse, *10-4-1917, filha de José Gomes Geraes e Margarida Helesdorf Geraes, batizada em 29-7-1917, sendo padrinhos João Eufrosino Volette e Helena Helesdorf, onde Volette = Vollet e Helesdorf = Hilsdorf. Margarida era uma das irmãs mais novas de Maria Hilsdorf Vollet, mãe do padrinho Eufrosino, e provavelmente, mas ainda sem corroboração, Helena era outra irmã de Maria e Margarida. Enfim, os irmãos Hilsdorf eram todos tios paternos de meu pai, Mario Hilsdorf. Merece reparo a data de nascimento da mãe Margarida: se estiver correta (1875), ela teria tido esta Clarisse aos 42 anos de idade.

I.1.12. Filho JOÃO HILSDORF (*c. 4-6-1877 – +?). O terceiro filho desse nome sobreviveu. O dado documental que temos a respeito dele é o seu registro de batismo: em 24-6-1877 (dia onomástico de São João), batizado de João, de 20 dias, filho de João Hellesdolf e Margarida Fray (SIC), sendo padrinhos João Conrado Hebling e sua mulher Izabel Hebling (em RCL, Livro de Batismos de out 1876 a set 1881, imagem 21). Ou seja, os padrinhos foram a irmã do pai, Izabel Hilsdorf e seu marido Konrado Hebling (o nome duplo João Conrado é confusão do escrivão da paróquia?), moradores em Piracicaba. No mesmo dia 24-6-1877, nasceu em RCL o primo Jorge Júnior, filho dos tios paternos Jorge Hilsdorf e sua mulher Maria Baungartner Hilsdorf.

Pelos relatos familiares, foi casado com Maria Augusta Brochado Penteado e tiveram 8 filhos, na seguinte ordem:

==I.1.11.1. – Antonio [B.Penteado] Hilsdorf (1904): documentado com a localização em RCL, Livro de batismos de março 1903 a março de 1905, imagem 137, de seu registro de batismo em 6-7-1904, com 45 dias, portanto nascido c. fins de maio de 1904, filho de João Helisdorf e Maria Brochado Helisdorf, sic, e sendo padrinhos José de Oliveira Brochado e Delfina de Freitas Brochado, da família materna. C/c Emília ? segundo familiares.

==I.1.11.2 – Pedro [B.Penteado] Hilsdorf (1905): documentado, pois localizamos o registro de seu batismo em RCL, Livro de Batismos de nov 1905 a agosto de 1906, imagem 46, batizado em 22-12-1905 na capela de Santa Cruz do Passa-cinco, de Pedro *7-12-1905, filho de João Heldorf e Maria Brocha ou Rocha Heldorf, sendo padrinhos Joaquim Heldolf e Margarida Hed… tudo sic, estes provavelmente o irmão Joaquim Hilsdorf e a mãe Margarida Fray Hilsdorf de João, pai do bebê Pedro, mas não sabemos se nesse bairro rural ficava a propriedade da viúva Hilsdorf e seus filhos.

==I.1.11.3 – José [B.Penteado] Hilsdorf (1908): c/c Carminha Mazziotti (*? – +21/11/1990, em RC). Seriam pais de Maria Angela Maziotti Hilsdorf c/c José Carlos de Almeida Moreno, pais de Thiago, Thais e Bruno Almeida Moreno. Maria Angela depois c/c Joaquim Carlos Ferreira. Há um JOSÉ HILSDORF de Louveira, SP, sócio contribuinte da Cooperativa Limitada dos Empregados da Cia Paulista de estrada de ferro (portanto, empregado), no Relatório da Diretoria de 25-6-1916 referente ao ano de 1915, sendo presidente Gustavo Storch. Dá a contribuição individual de cada associado e o quanto lhe rendeu no ano. Para confirmação de que se trata deste José Hilsdorf, precisamos para começar, da sua data de nascimento, não localizada e em seguida distingui-lo dos homônimos. O assento de batismo foi localizado em RCL, Livro de Batismos de maio 1907 a fev 1909, imagem 78, dizendo que em 20-5-1908 foi registrado o batismo de José, com 3 dias, filho de João Helisdorff e Maria Machado Helisdorf, tudo sic, mas sabemos que o sobrenome da mãe é Brochado e não como consta; sem menção a padrinhos, e assim podemos dizer que o ferroviário acima não é este José!

==I.1.11.4 – Francisca [B.Penteado] Hilsdorf (?)

==I.1.11.5 – Maria do Carmo [B. Penteado] Hilsdorf (1913): conhecida como Carminha, segundo familiares suas balizas são (*c.1913-+20/11/2003 em RC, com 90 anos), c/c Gumercindo de Oliveira em RC. Seria seu filho Milton Luís Hilsdorf de Oliveira, vice-prefeito de Santa Gertrudes, SP em 1/3/1991? Corroborada pelo registro de batismo: em RCL, Livro de Batismos de junho a dez de 1913, imagem 32, em 1-9-1913 ocorre o batismo de Maria, de 52 dias, filha de João Helesdolpho e Maria Brochado Helesdolpho, sendo padrinhos os tios Bento Volet e Maria Helesdolpho Wolet, esta a irmã mais velha de João, pai da bebê.

==I.1.11.6 – Paulina [B.Penteado] Hilsdorf (1915): Localizada pelo registro de batismo em 4-10-1915, de Paulina, *18-7-1915, filha de João Helisdorf e Maria Brochado Helisdorf, sendo padrinhos familiares da mãe (em RCL, Livro de Batismos de junho de 1914 a junho de 1916, imagem 155).

==I.1.11.7 – Sebastião [B.Penteado] Hilsdorf (1917): –em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 5, foi localizado o seu registro de batismo, em 16-12-1917, *27-10-1917, filho de João Helisdorf e Maria Brochado Helisdorf, sendo padrinhos Anna Helisdorf Galvão e seu marido Mário Galvão, o pai e a madrinha sendo irmãos.

==I.1.11.8 – Alvaro [B.Penteado] Hilsdorf (1923): conhecido como “Álvaro do violão tenor” (*10-8-1923 e +25-12-1997). Músico popular famoso, compositor, violonista, dono da gravadora “Prestígio”. Amigo de Garoto. Morou um tempo em S. Carlos. Casado com Maria Arthur (*7-10-1923 e +27-1-2019, em São Carlos, aos 95 anos, segundo necrológio na internet). Tiveram 3 filhos:

-I.1.11.8.1. Lupércio Arthur Hilsdorf, c/c Katia Regina Maria Angelini. Tiveram 1 filho: Gustavo Angelini Hilsdorf.

-I.1.11.8.2. Ligia Maria Arthur Hilsdorf, c/c José Vanderlei Bernardi. Tiveram 2 filhos: Jivago José Hilsdorf Bernardi e Larissa Ma. Hilsdorf Bernardi.

-I.1.11.8.3. Carlos Eduardo Arthur Hilsdorf (*12/1/1968). Economista, palestrante, autor de “Atitudes Vencedoras”, formado em Economia na FFLC-Unesp-Araraquara. Mágico profissional.

Recentemente, localizamos o registro do casamento de João e Maria, que confirma a versão familiar e revela que ela era muito jovem: em RCL, Livro de Matrimônios de maio 1900 a janeiro 1908, imagem 26, em 4-5-1901 sendo testemunhas Jorge Hilsdorf e um brasileiro, deu-se o casamento de João Hilsdorf, de 23 anos, “filho de João Hilsdorf e Margarida Frai naturais da Alemanha”, com Maria de Oliveira Brochardo, de 16 anos, filha de Francisco Leite Brochardo e Bemvinda de Oliveira Brochardo; ambos os nubentes freguezes da paróquia. Todos os nomes e sobrenomes sic, mas vemos que a família grafa Penteado Brochado. O Jorge Hilsdorf citado como testemunha é com certeza o tio paterno de João, apelidado Jorginho, o ferreiro, e muito próximo de seus parentes moradores de Rio Claro, sempre presente nos atos da família.

João e Maria Brochado aparecem em alguns apadrinhamentos localizados até o momento (2021), um deles de um sobrinho: –batizado na matriz de Leme aos 21-3-1906, de Sílvio, nascido em 27-1-1906, filho de Jorge Helisdorf e Christina Hummer Helisdorf (sic), sendo padrinhos João Helisdorf e Maria Broxado ou Brocado Helisdorf (em Leme, Livro de Batismos, julho 1904 a dez 1908, imagem 60). Os padrinhos são tios paternos do bebê, filho do irmão mais velho de João, Jorge, e de sua mulher Christina.

OUTRO:–no ano seguinte, em 28-6-1907, ocorre o batismo de Joanna, * 24-6-1907, filha de pais brasileiros, sendo padrinhos João Helisdolf e Maria Brochado Helisdolf (em RCL, Livro de Batismos de agosto de 1906 a maio de 1907, imagem 136).

OUTRO:–em 18-8-1912 ocorre o batismo de Adelaid sic, filha de Munare Martins, os demais dados incompreensíveis, sendo padrinhos João Helisdolf e Maria Brochado Helisdolf (em RCL, Livro de Batismos de maio a nov 1912, imagem 60);

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de junho de 1914 a junho e 1916, imagem 233, em 30-4-1916 batizado de Amália, *12-3-1916, filha de Jacob Baumgartener e Catharina Baungartener, tudo sic, sendo padrinhos João Hilsdorf e Maria Brochado Hilsdorf, este familiar do pai do bebê;

OUTRO:–em RCL, Livro de Batismos de dez de 1917 a nov de 1920, imagem 228, em 26-1-1920 batizado de Adair, *30-12-1919, filha de Benjamin Galvão e Sophia Teixeira Galvão, sendo padrinhos João Helisdorf e Maria Brochado Helisdorf.

Como nesse momento da genealogia atingimos a terceira geração, podemos perceber como – compreensivelmente, à medida que acontecia a inserção social – as alianças matrimoniais dos primeiros tempos, profundamente endógenas, ou seja, essencialmente familiares ou no máximo dirigidas aos companheiros e seus descendentes das primeiras levas de colonos, foram sendo modificadas para incorporar as famílias locais e nos anos 1880 os imigrantes italianos. As relações sociais também, pois avós e tios que se repetiam exaustivamente dentro das famílias como padrinhos e testemunhas foram se abrindo para sobrenomes estranhos aos primitivos núcleos familiais ou aos antigos companheiros de imigração.